segunda-feira, 12 de abril de 2010

SOBRE AXÉ, AMIGOS E SAUDADES

No dia nove de abril, sexta feira o final de semana se aproximava, e junto dele muita coisa boa acontecendo. Digo acontecendo porque um dia antes, havia desembarcado em BH diretamente de Orlando/EUA, Duda, uma menina que simplesmente faz parte da minha vida.
Na quinta viramos a noite juntos eu, Duda e nossa galera na Casa de Shows Alambique Cachaçaria após um jantar no Galeto Itália.
A sexta amanheceu com um ar diferente pra mim, embora cansado da noite passada onde me joguei na pista de dança com Duda e meus amigos, eu estava muito feliz. O universo parecia conspirar para que tudo desse certo no tão esperado Axé Brasil 2010 que aconteceria horas mais tarde.
Não tenho tanta coisa pra falar sobre o evento em si, porque eu já tinha certeza que seria do jeito que foi: Shows perfeitos e inesquecíveis, as bandas e cantores(ras) com animação total, todas se sentindo em casa e o Mineirão com mais de 70.000 pessoas por dia, público nunca visto antes. Os repertórios show de bola (tirando o Parangolé que só tocava Rebolation...), participações especiais, uma decoração surpreendente dos camarotes e palco.
Com foi visto, foi um Axé diferente de todos os outros. Não é normal Ivete se jogar no meio de público com fez, Tomate cair em lágrimas como chorou, e Durval Lelis do Asa mergulhar na galera como foi feito. Claro que teve os vacilos como o de Manno Góes do Jammil que falou da Rede Record de Televisão enquanto a Rede Globo fazia toda cobertura do evento. Uma comédia, a cara dos funcionários da Globo nesse momento com a transmissão ao vivo pelo site e pela Globo Minas hehehe... Bastava cada banda entrar no palco pra galera ir ao delírio, entrar em êxtase.
Enfim a festa na sexta rolou até as duas da matina e no sábado até uma da manhã.

Mas nada, nada mesmo foi mais especial que as presenças ilustres aqui em BH no final de semana. Vieram amigos de Sampa, Rio, Brasília e Orlando como já citei aqui (Duda). Formamos quatro estados diferentes com misturas de sotaques e manias. Algumas visitas programadas com antecedência e outras que vieram de última hora. Além dessas visitas de amigos, tiveram os meus amigos aqui de BH que contribuíram muito para que tudo desse certo.
E foi mágico, inesquecível, especial! Não só poder curti o Axé com eles (amigos), mas cada barzinho, cada shopping, cada restaurante, cada dois quarteirões andados, cada escadinha subida, cada rodoviária, cada ida ao aeroporto, cada sorvete, cada foto tirada, cada nova amizade feita, cada beijo na boca, cada pedaço de bolo, cada latinha de cerveja e refrigerante, cada água de coco, cada passeio nos carros lotados, cada grito no restaurante, cada beijo no rosto, cada lágrima, cada sorriso, cada olhar compromisssor, cada emoção, lual na madrugada na Praça do Papa...
Olhar pra todas as fotos tiradas, e lembrar de tudo que passou, mistura muito os sentimentos. Me dá uma alegria enorme saber que tenho amigos como esses. Me sinto muito bem em saber que não somos amigos só pra baladinhas ou festinhas, mas pra horas difíceis também. Me sinto bem em saber que todos esses quilômetros que nos separam, não impede que a gente se goste, se respeite, se ajude. Mas é inevitável lembrar desses quilômetros e não ficar triste. Querendo ou não, cada um está em sua cidade agora, em sua casa ou em seu trabalho. Cada um voltou pra sua rotina, seus estudos, trabalhos. E não tenho dúvida de que cada um está compartilhando do mesmo sentimento de saudade que eu.
Estou certo que a vontade de todos era ainda de estar juntos, mas nem tudo é do jeito que a gente quer.
Acredito 'muitão que nossas lágrimas a cada vez que um embarcava pra sua cidade, não foram só de tristeza não. Eram lágrimas com sabor de dever cumprido, lágrimas de carinho e saudade, lágrimas que se tivesse boca, certamente diriam: "qualquer dia amigo, a gente vai se encontrar". O mesmo que a lágrima que tomou conta dos meus olhos enquanto digitava esse texto, diria.
Amanda, Aurélio, Biel, Bruno, Duda, Dudu, Elisa, Felipe, Flavia, Geraldo, Gilberto, Gutinho, Iara, João, Léo (mesmo com a nossa indiferença atual), Lessandra, Lívia, Luiz, Mara, Naty, Nayara, Serginho e Sérgio. Obrigado por terem contribuído para que tudo fosse especial. Foi tudo inesquecível e a culpa é de vocês...

Doug
Nada Como Viver!!!
12 de Abril de 2010