domingo, 2 de outubro de 2016

- EU, POR MIM MESMO -

Posso falar que sou alguém capaz de muitas coisas:
Posso fazer amigos;
Posso ajudar pessoas;
Posso repassar conhecimento;
Posso chorar sem medo das minhas lagrimas;
Posso simplesmente sorrir sem ofender;
Posso demonstrar meus sentimentos sem medo de ser feliz;
Posso amar sem ser amado;
Posso fazer muitas coisas...
Posso entender muitas pessoas;
Posso dar a volta no mundo só em pensamento;
Posso te fazer girar o mundo só com um beijo;
Posso ser louco, muito louco, mas posso também te levar a loucura, e nem tente me desafiar, porque você se arrepender.

É assim que sou:

Amo muito;
Como muito;
Me ferro muito;
Caio muito;
Me machuco muito por dentro e às vezes por fora:
Grito às vezes para que o mundo possa tentar me entender;
Tenho muito sono, pois durmo tarde e acordo cedo
Leio livros que me interessam:
Porem jamais temerei a vida:

Não tenho medo de morrer;
Não tenho medo de envelhecer;
nem tenho problemas com isso.

Não tenho medo do futuro;
Não tenho mais medo de escuro;
Não durmo sem sono;
Não durmo sem música;
Não durmo sem travesseiro;
Perco a voz facilmente;

Conquisto as pessoas facilmente e também sou muito fácil de ser conquistado, basta saber...

Meu destino não me pertence;
Meu nariz é feio? Eu não acho...
Meu mundo é louco, minha casa é o meu refúgio!!!!
Meu esposo, uma comédia (sem comentários).
Meu pai é uma cara que um dia eu ainda vou entende-lô, minha é aquela rema conforme a maré caminha para o seu lado.
Minha irmã é uma peça rara, mesmo ausente
Meu irmão é um super companheiro, quando ele quer e convém a ele.
Micareta, carnaval e praia se tornaram o meu mundo!
Meu óculos escuro jamais esqueço dele e muito menos de quem o me presenteou.

Sou moreno claro, 1,70m, olhos castanhos, nem bonito e nem feio, sou normal.
Sou doido, mas não ao ponto de ser internado...
Sou sensível, até de mais...
Desconfiado??? Nossa desconfio até da minha própria sombra.
Sou muito tolerante, mas quando eu explodo, é pior do que a explosão do universo;
Sou muito agitado;
Sou muito carente;
Sou muito babaca em relação ao amor e a amizade, digo isso pois sempre me entrego de mais e sempre acabam me machucando em relação a isso, mas um dia eu ainda aprendo com o caminhar da minha vida.
Sou muito palhaço, adoro falar bobagem, enfim sempre com o astral pra cima!
Sou muito tímido, embora não pareça.
Sou muito espontâneo...

Amo meus amigos, mas amo de verdade, ao ponto de sofre e chorar por eles

Amo me divertir;
Amo estar junto de quem eu gosto;
Amo viajar;
Amo sair:
Amo conversar;
Amo música;
Amo balada;
Amo descobrir coisas novas;
Amo rir, dar gargalhadas daquelas de perder o fôlego e a barriga doer...
Amo tirar férias;
Amo beijar e ser beijado;
Amo festas;
Amo computador e tecnologia;
Amo minhas fotos e as dos meus amigos;
Amo fazer novos amigos;
Amo animais de estimações;
Amo banho de mar;
Amo Coca Cola;
Amo filmes;
Amo cinema;
Amo ler algo interessante;
Amo aprender línguas novas principal a dos beijos;
Amo estudar o que eu gosto;
Amo professores que inspiram;
Amo o calor;
Amo o Brasil, embora ele esteja mega doente, mas o amor é na saúde e na doença;
Amo tênis, bermuda, camiseta e boné;
Amo passar o dia ao lado de quem eu amo;
Amo ir pra show;
Amo micareta;
Amo correr atrás do trio de Ivete;
Amo ir pro bar;
Amo ir pra casa de amigos;
Amo ir pra praia;
Amo fazer coisas escondidas;
Amo fazer coisas proibidas;
Amo surpresas;
Amo novidades;
Amo alegrias;
Amo axé music;
Amo diversão;
Amo aventura;
Amo liberdade;
Amo namorar;
Amo a mim mesmo;


O que eu não gosto?

Não gosto de perder amigos;
Não gosto de perder coisas;
Não gosto de perder tempo;
Não gosto de me perder;
Não gosto de me afastar de quem eu gosto;
Não gosto que afastem de mim;
Não gosto de ficar na mão!!!
Não gosto de não ter com quem conversar;
Não gosto de ver meus amigos chorando;
Não gosto de não poder ajudar;
Não gosto de esquecer do que aconteceu;
Não gosto de esquecer o que eu fiz;
Não gosto de esquecer as coisas;
Não gosto de achar que sou inútil;
Não gosto de achar que ninguém gosta de mim;
Não gosto de ficar mal;
Não gosto de agir mal;
Não gosto de ver que eu errei com quem não devia nem sonhar em errar;
Não gosto de assumir que errei e perdi tempo com isso...
Não gosto de dizer que o "começo é bem melhor do que o final"
Não gosto que gritem comigo;
Não gosto que briguem comigo;
Não gosto que meu pai não me entenda;
Não gosto que não me entendam;
Não gosto que decidam minha vida;
Não gosto que me controlem;
Não gosto que falem de mim pelas costas;
Não gosto de ficar em dúvida;
Não gosto de não me achar no futuro às vezes;
Não gosto de decepção e ter decepções com as pessoas que eu amo;
Não gosto de desilusão;
Não gosto de angustia;
Não gosto de insônia;
Não gosto de carência;
Não gosto de ser cobrado;
Não gosto de falsidade;
Não gosto de mentira;
Não gosto de sentir falta, saudade às vezes é bom, ruim é não ter saudade...
Ciúmes é bacana, mas eu não gosto de ciúmes doentio;
Não gosto de despedidas;
Não gosto de estar longe

E sabe o que aprendi com isso tudo?

Aprendi que...

Não sei quase nada;
Que sempre precisarei aprender;
Que a vida é muito curta e que não há tempo a perder.

Aprendi que tenho que dar mais valor a mim mesmo.....

Que se eu não me valorizar, quem irá fazer isso por mim?

Percebi que...

Nem tudo é possível;
Que querer muitas vezes não é poder;
Que o bom da vida é querer, e não ter;
Que às vezes é difícil sorrir, mas se fizermos uma forcinha, esse sorriso pode acontecer e algo pode mudar;
Que a vida faz jogo duro, mas que eu não vou desistir dela.
Percebi que a dor pode ser inevitável, mas o sofrimento é opcional.

Entendi que...

Quando sofro, eu aprendo;
Que a dor me ensina a viver;
Que a vida é um lindo caminho ao qual iremos crescer.

Descobri que...

Não é fácil viver;
Que o destino nos reserva dor, mas que a alegria é algo garantido;
Que a tristeza uma hora termina, onde começará o amor.

A personalidade tem o poder de abrir as portas, mas é o caráter que as mantém abertas.

Penso sempre assim e é assim que tento levar a minha vida.

Doug
Nada Como Viver!!!
02 de Outubro de 2016

sábado, 10 de setembro de 2016

- VAMOS FALAR DE XIXI -


Você provavelmente faz xixi enquanto toma seu banho, mas nem imagina que esse pode ser um gesto que pode ajudar a salvar o planeta.

Vamos pensar sobre isso por um momento, matematicamente falando.
Toda vez que você faz xixi, você tem que puxar a descarga. Considerando que é preciso uma quantidade considerável de água para enviar toda a urina para o submundo aquático misterioso abaixo, há um enorme desperdício.

Uma descarga comum atual usa 6 litros de água, e um adulto comum faz xixi cerca de 7 vezes a cada 24 horas. Isso significa que cada dia ele usa em torno de 42 litros de água da descarga para tal propósito. Supondo que as pessoas urinam da mesma forma todos os dias, isso significa que em apenas um ano, uma pessoa usa em média 15.330 litros de água da descarga.

Considerando apenas os EUA, há 319 milhões de pessoas – supondo que todas façam a mesma quantidade de xixi por dia, elas gastam 4,9 trilhões de litros de água em nome de urina a cada 365 dias. Para efeito de comparação, é como encher 1.970.000 piscinas olímpicas por ano.

Agora, se você fez xixi no chuveiro, você reduz maciçamente esta figura. Você faria xixi seis vezes, não sete, por dia. Isto significa que em apenas um ano, você iria economizar 2.190 litros de água do banheiro. Extrapolando este valor para toda a população dos Estados Unidos, temos 699 bilhões de litros de água salvos.

Em parte graças às mudanças climáticas, e em parte graças ao uso ineficiente dos recursos hídricos, o abastecimento de água ao redor do mundo está incrivelmente baixo. Então vá em frente, faça um favor ao planeta – urine no chuveiro!


Doug
Nada Como Viver!!!
10 de Setembro de 2016

domingo, 28 de agosto de 2016

- SORTE OU ESFORÇO? OPORTUNIDADE OU DEDICAÇÃO? -

Por que com ele e não comigo?

Você conhece Wendell Lira? Ou, já tinha ouvido falar nele antes de janeiro de 2016?
Pois, esse ilustríssimo senhor desconhecido para muitos é o brasileiro que ganhou o prêmio Puskas da FIFA pelo gol mais bonito de 2015, concorrendo com mais nove feras do futebol mundial, estando na mesma lista de finalistas, Messi e Tevez entre outros.

Esse atacante de 27 anos jogava, na ocasião, pelo Goianésia, time da série D, participando de um campeonato estadual. Ele, como a maioria, já enfrentou dificuldades comuns a qualquer profissional do esporte: lesões, desemprego, técnicos sem preparo, adversários truculentos entre outras.

Porém, um golaço de meia bicicleta, marcou a vida desse jogador para sempre. Sorte? Oportunidade? Quantos milhares de jogadores no mundo inteiro deve ter pensado; “porque ele e não eu?

Essa situação se repete todos os dias no ambiente profissional, apenas não é divulgado na imprensa. Alguém que se destaca pelo resultado, ultrapassando muitos outros que estavam na sua frente seja por experiência seja por tempo de casa. Novamente podemos pensar: Sorte? Oportunidade?

Para refletir sobre essas situações, vamos ver o que significam essas duas palavras:

Os sinônimos de Sorte, segundo o Aurélio, são: acaso, fortuna ou fatalidade. Ou, circunstâncias ou acontecimento por acaso que dá certo, e ainda, evento aparentemente fora do nosso controle que influencia nossas vidas. Será que esses significados se aplicam a um jogador ou a um profissional que se capacita, que corre atrás de seus objetivos dentro do seu ambiente de trabalho?

Vejamos agora, os sinônimos de Oportunidade: chance, conveniência, ocasião favorável a que algo aconteça ou, por fim, situação nova que traga benefícios. Ora, qualquer jogo é favorável a que algo aconteça, ou podemos pensar em um jogo de futebol como uma situação nova para um jogador?

Quero mostrar que é mais fácil falar em sorte e oportunidade do que em esforço, foco, preparação, dedicação, entusiasmo, empenho, interesse, proatividade, autoconfiança, luta e outras iniciativas ou atitudes que são de responsabilidades de cada um.

Se um profissional pensa que seu resultado profissional depende de sorte ou de oportunidade, então o que ele deve fazer é esperar que uma delas caia na sua mão. Torcer para não demorar muito e se colocar como vítima quando ela não acontecer!

Por que Wendell Lira? Porque ele fez por onde. Ou você acha que qualquer jogador conseguiria no meio de um jogo dar uma volta com o corpo e fazer um gol de bicicleta? Ele, como muitos outros profissionais em áreas diversas, se prepara continuamente para fazer acontecer. Sorte ou esforço? Oportunidade ou dedicação?


Doug
Nada Como Viver!!!
28 de Agosto de 2016

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

- 10 COISAS QUE OS HÉTEROS DEVERIAM SABER SOBRE OS GAYS -

Por muito tempo ser gay era algo que as pessoas escondiam, negavam, queriam longe, mas felizmente esta realidade está mudando e que cada vez mais estamos saindo dos guetos e construindo laços que vão além das baladas e lugares destinados apenas para o público LGBT.
Para muitos ter um amigo gay hoje é motivo de orgulho, seja por eles serem mais afetuosos e sinceros.

Mas será que os héteros que já abraçaram a causa LGBT estão por dentro do que se passa na cabeça dos gays?

Com bom humor cio aqui 10 coisas que acredito que os héteros deveriam saber sobre os gays:

1- Os gays não estão em extinção, logo não existe razão para querer acasalar o seu amigo gay com o primeiro gay que aparecer na sua frente. Sabe aquela frase: "Preciso te apresentar um gay que eu conheci no supermercado"? Então...

2 - Um gay chamar outro gay de viado, bicha ou até mesmo no feminino é aceitável quando se trata de uma brincadeira entre gays. Um hétero que ousa fazer o mesmo pode ser considerado desrespeito. Na dúvida: não faça, a menos que você tenha uma intimidade nível "melhores amigos".

3- "Você é lindo, nossa que desperdício!" Saiba que se um dia você disser esta frase, apenas esta desperdiçando a oportunidade de ficar quieto. Isso nunca vai soar como um elogio para um gay.

4 - Não confunda orientação sexual com identidade de gênero, um gay não deixa de ser homem só porque é gay. Aliás, é preciso ser muito homem para se assumir gay.

5 - Procure evitar reunir no mesmo ambiente gays fãs de Madonna, Lady Gaga, Britney Spears, Beyonce e Taylor Swift, as chances de uma discussão surgir e desencadear uma terceira guerra mundial são grandes.

6 - Você não entra no vale dos homossexuais falando TOP ou Sextei. Essas expressões costumam incomodar mais o ouvido dos gays que o barulho de uma unha riscando a lousa.

7 -Se você quer fazer a íntima e usar os memês e bordões gays, seja ao menos uma pessoa atualizada, siga no instagram perfis de pessoas como Inês Brasil, Gretchen, Narcisa, Susana Vieira. Nada de fazer o hétero que se acha descolado e usa expressões como "mona" que não se usa mais desde os anos 90.

8 - "Quem é o ativo e quem é o passivo?” Se você não vai participar, não tem porquê perguntar. Seria tão constrangedor quanto se um gay lhe perguntasse se você e seu(sua) namorado(a) fazem sexo anal, usam vibrador e afins. Isso é intimidade, só diz respeito ao casal. E se essa pergunta já é ruim, a variação "Quem é o homem e quem é mulher?" é algo inconcebível.

9 - VMA, Grammy, Rupaul Drag Race são a Copa do mundo dos gays e isso não quer dizer que não existam gays que gostem de futebol. (Meu esposo mesmo é fanático com esporte e em especial futebol).

10 -Não somos bichinos de estimação pra vocês falarem: "sempre quis ter um amigo gay", da mesma forma que diriam "sempre quis ter um labrador". Gay não quer ser gay ostentação de hétero, quer alguém que possa contar de verdade.

- Itens bônus -

11 - Nem todo gay é afeminado, nem todo gay é emotivo, nem todo gay é antenado em moda, nem todo gay tem diva pop, nem todo gay fala "inhaiiiiiiiii", nem todo gay é um stand up ambulante e fala gritando como o Paulo Gustavo. A verdade é que orientação sexual não define caráter e dentro da palavra gay existe uma infinidade de tipos que vão muito além dos esteriótipos, mas no fim, o que todos querem é a mesma coisa: respeito e o direito de poderem ser aquilo que são independente de sua orientação sexual.

12 - Lembre-se, gays não precisam de ajuda, gays precisam de RESPEITO!

Doug
Nada Como Viver!
04 de Agosto de 2016

terça-feira, 19 de julho de 2016

- SOBRE A MORTE, SÓ QUE NÃO -

Se a palavra MORTE fosse abolida de todas as linguagens do mundo e substituída pela palavra PASSAGEM, muito do sofrimento, do medo, da tristeza e da ignorância do homem em relação a esse assunto seria abolido. O ser humano viveria melhor, seria melhor e praticaria o AMOR incondicional. Aconteceria isso pois ele saberia que ninguém morre. Que todos nós PASSAMOS por um/por vários processo/processos, como sair de uma sala e entrar em outra, e SEGUIMOS existindo eternamente sendo assim responsabilizados por cada coisa que fazemos em qualquer ponto do espaço-tempo.
Já é sabido por muitos mas é sempre bom falar:

1. Não somos um corpo, estamos num corpo.
2. Não existe "o espírito DE fulano". Existe "o espírito fulano".
3. Não morremos, somos eternos.
4. Quem "morre" é o corpo que usamos. E nem "morre", se transforma. Ele apodrece, se decompõe e se transforma em outros matérias, e entre estes, outros corpos. Nós, espíritos/alma/energia/vibração, seguimos!
5. Não somos vários. Somos todos UM.

Quem foi à informação e entende realmente essas coisas SABE que O QUE IMPORTA é o que somos E NÃO o que OS OUTROS pensam ou falam sobre o que somos.
O conhecimento do que somos de fato nos torna pessoas melhores, pessoas amorosas e positivas.
O que nos dá o conhecimento é a informação. Quem não vai constantemente à informação, fica ou passa a ser um ignorante sobre si e sobre o Universo pois a informação é viva e evolui constantemente se expandindo sempre, independente do que um dia foi estudado. O conhecimento não é fixo. Ele é vivo, móvel, crescente e mutante.

Li recentemente essas frases seguintes, gostei e me identifiquei: "Falo o que penso não para mudar o outro. Falo o que penso para mostrar àqueles que pensam igual a mim que eles não estão sozinhos".
Importa pra mim o que EU penso. O que O OUTRO pensa, é problema DO OUTRO. Cada um vive num processo de evolução particular e carrega SOZINHO os bônus e os ônus do seu próprio processo evolutivo.
É o meu entendimento. AMOR, AMOR, AMOR e AMOR para todos.

Doug
Nada Como Viver!!!
19 de Julho de 2016

sexta-feira, 15 de julho de 2016

- A GENTE CAI PRA LEVANTAR MAIS FORTE -

Ninguém sai de casa dizendo: “Hoje eu vou errar!”
Acredito que nem o presidente da república sai de casa com esse pensamento.
Você pode acertar dez vezes, mas se errar uma, esse será o único ato a ser enxergado e crucificado.
Qual o ser humano que vai progredir se ele não recebe estimulo? Como crescer se ele só recebe cacetada do seu superior?

Isso me faz lembrar a piada do homem que morava numa vila de casas, que era engenheiro eletrônico, falava Inglês, Francês, Alemão, era Arquiteto, era Musico, tocava todos os instrumentos, e ninguém o conhecia pelas suas qualidades. Mas quando perguntava pelo careca, todo mundo sabia quem era.
Quer dizer, qualidades do careca, ninguém sabia, só sabia que ele era careca.

Nunca pensei em passar pelo que passei dentro de uma empresa que trabalhei.
Ser humilhado, mal tratado, rebaixado, tratado com indiferença por uma pessoa que eu recebi de braços abertos, ensinei com toda paciência do mundo todos os procedimentos da empresa, pra no final me pisotear até me esmagar.
Quantas vezes chorei sozinho no banheiro da empresa ou vindo embora pra casa...
Cheguei a pedir pra sair duas vezes ao dono da empresa me disse que não aceitaria minha demissão.
Mas o final de tudo chegou!
Sai da empresa de cabeça erguida!

Ontem estive lá e todos vieram me abraçar, conversaram comigo, almocei com alguns e até escutar a pergunta de quando vou voltar lá novamente, eu escutei.
Isso me faz perceber que eu além de ser um bom profissional (porque essa certeza eu tenho dos donos dessa empresa) eu vi que eu sou uma boa pessoa.

Mas a vida dá voltas.
Aprendi que pra eu ter meu time trabalhando junto comigo, tenho que ser o oposto dela.

Então hoje eu quero agradecê-la, porque se não fosse ela, talvez não estaria com um salário maior que o dela e com conquistas alcançada por mérito meu e não de irmão ou parente como é a vida dela.
Vida nova!
Vida que segue!!!

Doug
Nada como viver!!!
15 de Julho de 2016

terça-feira, 5 de julho de 2016

- MAIS OU MENOS -

Você já viu o tanto que cresce no nosso meio um tipo de pessoas que podemos classificar assim: MAIS OU MENOS?
Você pergunta pro rapaz, assim: “e ai, como vai a vida?” e ele responde: “mais ou menos
Olha pra menina e pergunta: “E ai, como que vai o rapazinho ai?” e ela responde: "mais ou menos” – “Como é que vai esse namoro?” ~ “Mais ou menos”.

É, e quem namora mais ou menos, se conhece mais ou menos, casa mais ou menos, depois vive mais ou menos, larga mais ou menos e assim segue...
A gente vai multiplicando o mais ou menos na nossa vida.

Como vai o seu marido?” – “Mais ou menos” (mais pra menos... rsrs)
Como vai a sua esposa?” – “É... mais ou menos

É muito triste a gente ser mais ou menos!

E não são poucos os momentos da vida em que a gente se percebe na condição de mais ou menos.
A gente aprende inglês mais ou menos, (the book on the table. E acabou!)
Você faz um cursinho mais ou menos.
Você faz uma faculdade mais ou menos.
Ai depois você vai mais ou menos doente, e o médico é mais ou menos também e vai fazer uma cirurgia mais ou menos em você... e ai a gente vai vendo as complicações do mundo “mais ou menos” a partir do momento em que você precisa de alguém competente.

Precisa-se de um advogado competente, mas infelizmente ele fez uma faculdade mais ou menos, ele estudou mais ou menos, ele se tornou um advogado mais ou menos e ele vai te ajudar mais ou menos.

Ai quando você precisa do marido... ah, ele também foi amado mais ou menos dentro de casa, ele vai ser um namorado mais ou menos, vais ser um pai mais ou menos e ai você vai ter filhos mais ou menos.

Não tem nada mais triste!

Ser gente mais ou menos no mundo de hoje, e quando a gente quase faz, a gente quase acredita.
Ser católico mais ou menos, ser evangélico mais ou menos, ser espírita mais ou menos... é uma tristeza!

Sou seu amigo, mais ou menos... (esses eu dispenso por completo a amizade)

Não minha gente, não podemos ser mais ou menos, não podemos nos acostumar com mais ou menos, porque mais ou menos é lugar de gente preguiçosa, e não podemos nos permitir isso.

Pessoas que querem fazer a diferença no mundo, não pode se contentar com situações mais ou menos ou de qualquer jeito.
Lembre-se, quem chega de qualquer jeito, de qualquer jeito vai embora!

Quer uma dica? Não deixe ninguém entrar de qualquer jeito na sua vida, porque você não foi feito de qualquer jeito. Você é precioso(a).

Anos atrás eu regravei uma música “Casinha Branca” em meu CD Solo (Doug – Novos Tempos Acústico), e se você prestar atenção na letra da música, o autor a fez a partir de um personagem mais ou menos triste, mas esperançoso.
Veja se existe a possibilidade de cantar sorrindo essa parte dela que diz assim:

Eu tenho andado tão sozinho ultimamente, (beiçudo, mal humorado, nada pra ele ta bom)
Que nem vejo em minha frente nada que me dê prazer.
Eu vejo cada vez mais longe a felicidade, vendo em minha mocidade tanto sonho perecer" (que tristeza..)
Eu penso que essa parte da música, deveria ser cantada chorando.

Mas ai, o bacana dessa música, é que de repente, quando você menos espera, vem um refrão todo cheio de esperança:

Eu queria ter na vida simplesmente, um lugar de mato verde pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela, só pra ver o sol nascer.


Olha que maravilha!

E o bonito sabe o que é?
É que a solução do problema mais ou menos, ela não esta nas grandes coisas.
Pode observar que o sonho do personagem na música citada acima, é um sonho pequeno, não é grandes coisas.
Eu nunca vi uma pessoa chorar porque não tem um Iate, mas eu já vi muita gente chorar, inclusive eu já chorei muito, porque não tem ou não teve um pai direito, ou porque não existe pais dentro de casa, ou porque não existe satisfação de entrar dentro de casa, ou porque enxerga o tempo todo no pai e na mãe uma infelicidade sem fim.

Na época em que eu tocava em banda gospel e que eu ministrava louvores em grupos de jovens, vários desses jovens já chegaram chorando perto de mim reclamando das situações acima, mas nunca chorando porque não tinha um carro novo, uma casa luxuosa... tinha uns que até reclamava, mas não chegava a chorar por isso.

Agora quando se precisa de amor e não temos, a gente chora! E eu sou prova disso, quando eu saí de casa pra morar com meu esposo, que toda a minha família me deixou de lado, eu chorava todos os dias. Não porque a casa que hoje eu moro com meu esposo é menor e menos luxuosa que a casa que eu morava com meus pais, mas sim pela falta do amor que eu sentia deles.

Você que está lendo isso, já deve ter chorado muito na sua vida também sentindo falta daquilo que não se compra, não é mesmo? Amor, amigos, companheirismo... Enfim...
Você já deve ter chorado muito quando o seu pai foi mais ou menos, quando ele não amou você do jeito que você precisava, quando você foi olhado de um jeito mais ou menos.

Oh minha gente, o maior crime que podemos cometer com alguém é quando olhamos de qualquer jeito
para uma pessoa. Inclusive pais e mães quando olham seus filhos. Mesmo porque, a única coisa que faz quebrar a condição de ser pai mais ou menos ou mãe mais ou menos, não é o que você fala, é o que você olha.
Às vezes os filhos são olhados com tanta pressa, que sem perceber, acabou-se a intimidade entre pais e filhos.
Só é pai na certidão de nascimento, mas na vida, já virou parente há muito tempo... só parente.
E parente é defeitozinho sério que podemos ter na vida, dependendo da situação.
Não queira ser só parente. Às vezes somos irmão dos irmãos e só! Não temos nenhuma intimidade. Se alguém perguntar como é o relacionamento de você com seu irmão, você responderá, mais ou menos. E é muito triste isso!
Pai que perdeu a intimidade com o filho porque não é capaz de olhar nos olhos, de aprofundar a intimidade, a presença.
Às vezes somos capazes de pegar um avião no Sul e parar lá em Belém do Pará, mas não somos capazes de atravessar a mesa com os nossos olhos e atingir uma pessoa que está do outro lado numa distância tão pequena.
Às vezes somos capazes de pegar um carro em São Paulo e parar lá em Maceió rapidinho, mas não somos capazes de entrar, passar pelo corredor, bater na porta do quarto do nosso irmão e perguntar se precisa de alguma coisa. Que coisa triste, e isso acontece, porque fomos ficando mais ou menos. A gente olhou mais ou menos, fomos irmãos mais ou menos, fomos pais mais ou menos... e casa que se transforma em lugar de gente mais ou menos, não é lar, pode ser até uma mansão, mas se lá dentro não existe felicidade, não tem herança a ser deixada.
A herança mais bonita que podemos deixar para os nossos filhos, não são as casas que construímos, mas sim, o que colocamos de abstrato dentro delas e dentro dos nossos filhos .

Você pode ser muito competente como homem e mulher que ganha dinheiro nessa vida, mas se você não for competente o suficiente pra deixar um sorriso em seus filhos de nada valerá o que você construiu na sua história.

E ai vem o sonho da casinha branca, que é o que a gente precisa.
Se você for sincero com você mesmo, o que mais lhe faz falta, não são as grandes coisas, são as pequenas, pequenininhas, tão pequenas que a gente tem vergonha de pedir.
Oh pai, segura na minha mão, porque hoje eu estou precisando da sua presença
“Oh me pai, me olha sem gritos, ainda que seja uma vez na vida, me olha sem acusações, me olhe acreditando no que eu sou, me olha acreditando que eu posso ser melhor
São coisas tão pequenas, são coisas tão miúdas, detalhes tão pequeno de nós dois...

Por isso que você, se quiser sair da condição de mais ou menos e se quiser ajudar a sua casa a sair da condição de mais ou menos, você vai precisar de pequenos esforço, mas todo os dias.

Pedido de perdão, um sorriso ao invés do mal humor, uma palavra de carinho ao invés da acusação.
Você que está tão acostumado a colocar defeito nos outros, começa a inverter isso.
Pra quê dizer o que ele já sabe?
Conte pra ele o que você viu de bonito e que você nunca teve coragem de falar!
Pense que ele pode morrer sem saber que você achava aquilo bonito nele, porque você nunca contou. E se você fala daquilo acha isso bonito no outro, talvez o outro volte a repetir mais vezes, porque ele vai ficar feliz em saber que existe coisas bonitas dentro dele e que até então não era colocado pra fora.

E é assim que podemos fazer a diferença no mundo, deixando de ser mais ou menos.

Doug
Nada Como Viver!!!
05 de Julho de 2016

quarta-feira, 8 de junho de 2016

- POR AMOR -

De fato o amor transforma muita gente!
E eu sou prova disso.

Recebi hoje de um grande amigo meu lá de Recife / PE, um link de uma reportagem onde falava do cantor Sergynho, ex-vocalista da Banda Pimenta N'ativa, sobre o seu afastamento da música para cuidar da esposa que teve um grave problema de saúde.

Sergynho comandou por muitos anos a banda Pimenta N'ativa, no qual gravou 14 CD's e foi consagrado um dos melhores puxadores de trio no final da década de 90.

Conheceu sua esposa, Fabia Tafarelo em um Carnaval, no qual ele puxava um dos blocos e foi amor a primeira vista.
Pra quem quiser conhecer a história, segue o link. E já adianto, vale a pena, é muito linda!



http://noticias.r7.com/reporter-em-acao/videos/por-amor-cantor-abandona-carreira-para-cuidar-da-mulher-que-sofreu-de-cancer-15102015



Eu, como também ex-vocalista de banda, já fui D.J., produtor de banda, teatro, enfim, já fui completamente ligado a arte, também abri mão de tudo para viver a minha historia de amor.

Quando conheci meu esposo, a 6 anos atrás, eu estava no auge da carreira com a Banda Frutos, CD da banda recém lançado, estava com o projeto de gravação do meu CD solo (um trabalho que eu desenvolvi paralelo a banda) assinado e aprovado pela gravadora e patrocinadores, e assim que comecei a me envolver na relação de namoro com ele, percebi que eu estava completamente sem tempo pra me dedicar à aquilo que estava me fazendo bem, porque a música estava me consumindo por todos os finais de semana.

Foi onde eu tomei a decisão de parar de vez com a música e tudo que se ligava a ela.

Como disse Sergynho nessa reportagem do link acima, não foi uma escolha difícil de ser tomada, porque eu queria viver a vida ao lado dele como namorado, me dedicando da melhor forma possível.

Quando a gente ama, quando conhecemos aquela pessoa que você nota que chegou pra ficar, abrir mão de certas coisas, certos projetos, seja profissionais ou não se torna algo fácil de fazer, porque quando se ama, esse amor preenche esses espaços.

Não me arrependo jamais de ter deixado a música pra viver hoje o meu casamento, pra ter os finais de semana ao lado dele, e também não passa em minha cabeça em retornar algum dia.

Estou muito bem e feliz com a vida que eu levo hoje.

Sobre a música, é claro que ela faz parte e sempre fará da minha vida, mas hoje só mesmo pra escutar e curtir.

Doug
Nada Como Viver!!!
08 de Junho de 2016

terça-feira, 31 de maio de 2016

- É PRECISO SE AFASTAR DE ALGUMAS PESSOAS PARA SER FELIZ -

Perdi muito tempo até aqui, eu sei.
Perdi tempo me preocupando com quem não merecia, confiando em quem eu não deveria.
Eu errei, mas aprendi. Aprendi que algumas pessoas são tão egoístas que não conseguem se colocar no lugar do outro.
Aprendi que nem todo mundo sabe o que é respeito e consideração.
Aprendi a ir embora, porque se você precisa insistir muito em alguém é porque esta pessoa não reconhece o seu valor – e você não precisa de quem não te valoriza. E foi aí que eu aprendi que muitas vezes a questão é só não fazer mais questão e deixar pra lá qualquer sentimento que não é recíproco.


Algumas pessoas sugam a sua energia, não querem voar ao seu lado e tentam de puxar para baixo.
É triste pensar que existem pessoas assim, mas é ingenuidade achar que todo mundo quer o seu bem.
Infelizmente entre amores de verdade e amigos leais, sempre terá alguém tentando tirar a sua tranquilidade, e talvez você ainda supervalorize esta pessoa sem perceber o mal que ela te faz.

O problema é pensar que todos fariam por você o mesmo que você é capaz de fazer e que todo mundo irá se importar como você se importa. E o pior é que enquanto você se esforça em uma relação unilateral, você deixa de dar atenção para si e para quem quer estar junto a ti, desperdiçando seu tempo com aquilo que não merece nem (mais!) um minuto.

Não meça os outros com a sua medida, não se frustre tanto, entenda que algumas pessoas simplesmente não se importam, importe-se com quem se importa com você também. Não precisa pagar na mesma moeda, apenas aprenda a se preservar. Com o tempo a vida mostra quem é quem e você precisa aceitar e desapegar daquilo que não te faz bem. Deixe no passado a presença vazia, a injustiça, a ofensa, a falta de amor. Deixe que o outro engula o próprio veneno, nada disso pertence a você.


Eu sei, poucas coisas doem mais que a decepção, mas poucas coisas te ensinam tanto também!
No fim do dia, cada coisa tem o peso que nós damos, por isso antes de sofrer pense se vale a pena, tem gente que simplesmente não merece a sua atenção.
É preciso deixar ir aquilo que te faz mal e colocar de uma vez por todas um ponto final.
Algumas vezes precisamos virar a página e seguir em frente para ter paz na alma e ouvir o que o nosso coração diz. E neste caminho, não tem outro jeito: você precisa se afastar de algumas pessoas para ser verdadeiramente feliz.

Doug
Nada Como Viver!!!
31/05/2016

quarta-feira, 18 de maio de 2016

- A QUE PONTO CHEGAMOS... -


Juro que não queria postar nada sobre o noticiário dessa semana. Mas não dá!
De todos os mimimis dos últimos dias - meus amigos artistas vão me desculpar - mas o mais insuportável está sendo sobre a fusão do Ministério da Cultura ao da Educação (quem diria, o MEC volta a ser MEC), como era antes.
Gente, PELO AMOR DE DEUS! O povo tá DESEMPREGADO!!! O povo tá sem dinheiro pra fazer SUPERMERCADO!!
O povo tá na M***!!!! E aí a classe artística faz um escândalo para ter um status de MINISTÉRIO?
Entrei no site pra ver quanto foi que esse Ministério gastou ano passado... Tá lá ( http://bit.ly/1Nwjrg2 ), pode acessar e conferir como eu fiz, você sabe quanto? 1,7 BI (BIIIII!!!! BILHÕES!!!) e uns quebrados MILHÕÕÕÕES! Isso mesmo...
Visualiza!?? Foi mais do que o gasto em Habitação (82 milhões), mais do que foi gasto em saneamento (1,2 BI), mais do que foi gasto em Comunicações (1,3 BI), mais do que foi gasto em Direito e Cidadania!!! Como pode? Com assistência a criança e ao adolescente o governo gastou "só" 50 milhões... Mas com a CULTURA 1,7 BILHÕÕÕÕES!!!!!!!
GENTE!!!! E o povo sem EMPREGO!!!!!! Loja, fábrica fechando... Todo mundo suando pra pagar conta!!!
O que que é mais importante??? Porque eu juro que eu quero entender, PORQUE uma Secretaria não pode cuidar da Cultura enquanto estamos em recessão? PORQUEEEEE?
O que é que está se passando pela cabeça da Renata Sorrah e da Marieta Severo nesse choro desenfreado???
Medo de faltar dinheiro pro seu teatro Poeira? (Deve ser, pode entrar lá no site do teatro, sabe quem banca o Poeira? Petrobrás (há!) e Governo Federal), tá explicado, né?!?
E será mesmo que o povo vai ficar sem cultura?
Em pleno século 21 com tanta criatividade?
Será mesmo que as rodas de samba vão acabar? O funk? As Festas Juninas? Parintins? O Carnaval de Salvador vai desaparecer? E a Sapucaí?? O stand up? As novelas? Os cinemas vão fechar as portas?? E até mesmo o teatro....
PELAMOOOOR DE DEUS! Em que mundo esse povo vive?
O POVO TÁ SEM DINHEIRO, GENTE!!!!!! O povo tá sem trabalhooooo!!!! Tá sem SAÚDE!
É Zika, Dengue, Chikungunha e os velhos aposentados sem receber!!!
O Rio de Janeiro e um monte de Estado FALIDOOOOOOOOOO!!!!!!! Mas ó... a CULTURA.... A CULTURA PRECISA de um status de Ministério! Não pode ser Secretaria! Ela precisa gastar mais uns bilhõezinhos...
Ahhhh faça-me o favor...

#Desabafo

Doug
Nada Como Viver!!!
18 de Maio de 2016

sábado, 23 de abril de 2016

- E AI, QUEM COME QUEM? -

Uma das primeiras coisas que tive que responder ao sair do armário foi se era ativo ou passivo.
Na época, achei bastante natural que uma amiga - heterossexual e tendo seu primeiro contato com um gay assumido - me perguntasse isso. Seis anos depois, em 2016, o que me espanta é que nós, gays, ainda estejamos preocupados em nos definir dessa forma. Pior, definir os outros também! Será que ainda somos assombrados pelo rótulo de "quem é o homem e quem é a mulher"?


As fotos que ilustram esse post são do casal Michael Sam e Vito Cammisano. Sam ficou famoso recentemente por ter sido o primeiro jogador de futebol americano abertamente gay a ser escolhido para a liga profissional. Já Cammisano, ganhou notoriedade por ter sido beijado em rede nacional pelo namorado, em comemoração ao fato. Não é incrível que a discriminação acabe por nos dar mais destaque? É um típico caso de "sua inveja é o combustível do meu sucesso" ou "com as pedras que me atirares construirei meu castelo" ou outro tipo qualquer de adesivo de caminhão. Entretanto, não é disso que quero falar.

Com a notoriedade, vieram as fotos e os comentários sobre os moços. Em veículos gays é consenso que eles são uns fofos, mas outra coisa muito comum é a certeza de que Michael "estaria comendo" esse rapaz. Porquê? Porque é maior? Porque é "um negão"? Seria porque Vito é uma "bichinha" e seria broxante imaginar que um homem como Sam se submetesse a "dar" para ele? De repente ele é tão alto e forte, além de ser um atleta, que mesmo tendo se assumido gay não poderia piorar tudo sendo passivo! Não é mais provável que, sendo negro, ele tenha um pênis infinitamente maior do que o do namorado, que por sua vez não resistiria a tamanho poder? Não é isso?

Ai, ai... Não dá pra saber. E não interessa. É perfeitamente possível que Vito tenha três vezes mais centímetros de pênis que o namorado e que seja exclusivamente ativo, ou que seja igualmente dotado, mas prefira ser passivo, assim como é possível que Sam seja o passivo e até que seu "pênis preto" seja do tamanho de um dedo e ainda assim ele seja o ativo. Talvez seja mais provável que os dois se considerem versáteis, mas também é possível que nem curtam penetração. Realmente, nada disso importa.

Essa ideia opressora de dominação pelo falo, de uma disputa de poder que só dá status ao macho, é uma das coisas mais infantis da fragilíssima construção da masculinidade. Sexo é bom sem amarras, sem esse tipo de neurose. Não faz o menor sentido que alguém se sinta validado por ter um pênis maior ou mais duro ou ser aquele que está metendo. É ainda mais inaceitável que esse tipo de percepção sirva para diminuir quem é passivo. A masculinidade é um construto cultural baseado na dominação para manter um sistema de poder que vitimiza até os próprios homens. Está longe de ser essa maravilha e ninguém vale menos por "atentar" contra ela, ainda mais ao se utilizar do próprio corpo.
Ativos e passivos se complementam. Uma prática não existe sem a outra. Tentar decifrar o que alguém prefere por sua aparência ou seu comportamento é uma bobagem. Qualquer 'bonita mais rodada sabe que tá cheio de boy Kinder Ovo surpreendendo por aí! Quem nunca chorou ao ver o 'bofão de dois metros já cair na cama virando de bruços ou se surpreendeu com o emo dominador?

Brincar com esses "papéis" ou fantasiar com o jogo de poder é uma coisa. No sexo, vale tudo que for consensual e prazeroso. Mas insistir na hierarquia entre "macho" e "fêmea" e reproduzir esses conceitos para qualificar ou desqualificar nossos iguais é adicionar homofobia ao que já era burrice! É uma "viadagem" do pior sentido! Sem contar que, para "morder" e "comer" alguma coisa é preciso usar a boca ou algo similar, então: quem come quem? Vamos transar, já que a vida é muito curta para perdermos tempo com essas disputas de "quem mija mais longe" ou "quem goza mais".

Afinal, a gente cresceu, não foi?

Doug
Nada Como Viver!!!
23 de Abril de 2016

domingo, 17 de abril de 2016

- UM DIA EU JÁ FUI PT -

Eu fui PT um dia...
Já defendi esse partido!
Sei de cor o jingles das campanhas de Lula
Me irritei com as seguidas derrotas
Gritei fora Collor, fora FHC e até fora Globo
Chamei o plano real de golpe
Falei que o “bolsa escola” era forma do governo comprar voto dos mais pobres.

Eu fui PT por que tinha que ser.
Eu sou trabalhador, e não democrata, nem liberal, nem comunista
Então o partido do Trabalhador era o lugar do cara que teve que trabalhar pra pagar a faculdade, e sabia que teria que continuar trabalhando duro pra comprar sua casa, pra pagar seu carro, pagar suas viagens.

Eu fui PT por ideologia e não fisiologia.
Não ganhei um centavo, não viajei de graça, não estudei de graça, e nem acho graça nas coisas de graça.
Eu nunca achei golpe o pedido de impeachment de Collor, nem os diversos pedidos manejados contra Itamar ou FHC.
A constituição atribuiu a representantes eleitos pelo povo a função de processar e julgar o presidente, e eu acho isso extremamente democrático.

Eu fui PT
E no ano de 2002 enviei cartões de Natal aos meus queridos amigos com a frase:
“A Esperança venceu o medo!” Eu estava trabalhando na madrugada daquele Natal!

Eu fui PT, e se as redes sociais existissem naquela época, eu compartilharia textos não de Jean Wyllys, ou Jandira, por que eu li Hélio Bicudo, Cristovam Buarque, Fernando Gabeira, eles não são mais PT.

Fui PT até quando deu pra ser. Até o dia que o “T” de trabalhador foi substituído pelo “T” de trapaça, de trambique. Porque não de Traição?

O partido dos trabalhadores se agarrou ao poder, e abraçou Renan, Sarney, Collor e até mesmo o Maluf, criou fantasias e contou mentiras, soltou a mão de pessoas honestas e sérias, e foi aí que deixei de ser PT.

Eu deixei de ser PT, e me surpreendo com você que contesta o fato de Cunha ser o condutor do impeachment, mas jamais contestou o fato dele ser um dos elos da aliança entre o governo e o PMDB.

Eu deixei de ser PT, e me decepciono com você que acusa Temer de ser golpista e bandido, mas jamais contestou o fato dele ser, desde o primeiro mandato, o vice presidente escolhido por Dilma.

Eu deixei de ser PT, e me assusto com você que ao ouvir uma gravação não comenta o conteúdo, simplesmente afirma que a escuta foi ilegal.
Que diante de uma delação pautada em provas, limita-se a falar em vazamento seletivo.
Que de frente a evidências de fraude, corrupção e tantos crimes, ataca a imprensa, a polícia e o Juiz.

Eu deixei de ser PT, e me envergonho de você que aplaude políticos processados, julgados e condenados que entram de punho erguidos na cadeia como se fossem vencedores e não ladrões.
Que afirma que o mensalão não existiu, que não há escândalo da Petrobras, que não é dono do sítio, nem do apartamento... Que nunca soube de nada.
Que afirma que não há crime em uma prática absolutamente ilícita só por que ela já foi feita por outros.

Eu deixei de ser PT, e me incomodo com você que vai as manifestações da CUT cheias de balões, camisetas vermelhas, e enormes palcos, tendas e militantes pagos, tudo custeado com dinheiro obrigatoriamente sacado dos salários de trabalhadores todos os anos com o nome de imposto sindical.

Eu deixei de ser PT, e não entendo você que fala em defesa da democracia, e afirma que pode ser golpe uma decisão de um congresso eleito pelo povo.
Que fala em voto livre, mas aceita a compra parlamentares com cargos e dinheiro

Eu deixei de ser partido, continuo trabalhador... e você?

Doug
Nada Como Viver!!!
17 de Janeiro de 2016

- SOBRE O IMPEACHMENT -

Se o impeachment passar, espero que o povo brasileiro entenda que não está resolvendo nada com ele. Estará apenas COMEÇANDO um processo que deverá ser CONTINUADO e CONCLUÍDO.
O impeachment é APENAS o começo de uma LIMPEZA necessária.
A verdade é que TODOS OS POLÍTICOS E SEUS PARTIDOS VÊM FAZENDO USO DA CORRUPÇÃO E DA FALTA DE VERGONHA, TODOS ELES!
Já que vamos consertar o Brasil, façamos direito.
Muitos políticos estão apoiando o impeachment APENAS por medo de não serem nunca mais eleitos. Estão optando por se salvarem e NÃO por salvar o Brasil. TODOS CONTINUAM MENTINDO E DISSIMULANDO NA TV!
É só observar atentamente seus rostos quando discursam ou falam.
Questiono: Dilma saindo, quem governará? Será que o povo está pensando nisso?
NÃO HÁ NENHUM POLÍTICO CONFIÁVEL À VISTA.
Espero que Dilma seja impedida por ter deixado o Brasil chegar onde chegou, mas TODOS OS OUTROS, políticos e seus partidos, também devem ser impedidos.
Sou por um NOVO líder que venha de fora desse balaio nefasto da viciada e vergonhosa política brasileira; que tenha uma reputação verdadeiramente ilibada e que tenha histórico de ótimo entendimento e ótimas práticas de administração, economia e mundo.
Sou a favor de nova constituição escrita pelo povo (não por seus representantes) (temos tecnologia pra fazer isso facilmente) que acabe com foro privilegiado e quaisquer privilégios para todos os tipos de agentes públicos.
Uma constituição que traga as reformas tributária, política e outras tantas que tanto precisamos.
Constituição que reduza o tempo dos mandatos e o transforme em períodos de até SEIS MESES com continuidade VOTADA PELO POVO sempre após esses períodos. Constituição que defina grave, séria e IMEDIATA punição para aqueles pegos praticando corrupção ou QUALQUER tipo de abuso de poder.
Irá para a política apenas quem tiver vocação e desejo de trabalhar pelo Brasil.
Será que o povo não enxerga que o que está acontecendo agora em Brasília é verdadeira esculhambação, putaria, palhaçada?
QUE VERGONHA! O que a Lava Jato mostrou até agora não é NADA diante do que será mostrado quando sucumbir esse esquema de conluio de todos os políticos e seus partidos. Aí sim todos entenderão o verdadeiro significado da palavra GOLPE.
Devemos procurar enxergar ALÉM do que vemos através da mídia. É verdade que "o mapa não é o território".


Doug
Nada como viver!!!
17 de Abril de 2016

domingo, 27 de março de 2016

- O ADVOGADO QUE SALVOU UM CASAMENTO APENAS COM UM BILHETE -

Meu blog está longe de ser um portal de notícias, mas me deparei nesse feriado com uma notícia antiga (Fevereiro de 2016), sobre um advogado que salvou um casamento com apenas um bilhete.
Achei tão bacana a atitude desse advogado que pensou no casal e não causa ($)que resolvi publicar e compartilhar com vocês:

O advogado Rafael Gonçalves não se importou em perder uma cliente. Mas ele ganhou a felicidade de unir um casal em crise. Desde então, o jurista de São Sebastião do Paraíso (MG) virou uma espécie de 'conselheiro amoroso' após contar a história em seu perfil no Facebook.

Em entrevista a um certo portal da internet, o advogado, que exerce a profissão há dois anos, explicou que foi procurado por uma mulher que queria dar entrada no divórcio. Ele afirma ter estranhado o fato de ter sido procurado por ela, pois é comum que mulheres recorram a advogadas nesse tipo de situação.

Enquanto conversavam, ele notou que o divórcio talvez não fosse a melhor solução para aquele casamento. "Vi que ainda havia um carinho", explica. "Ela contou que ele tinha deixado de ser a pessoa que era antes do casamento, que não a surpreendia mais e que havia mudado, mas que ainda gostava dele".


Diante disso, ele fez uma proposta. No papel em que anotou os documentos necessários para o processo legal de separação, Rafael escreveu também quatro perguntas que a mulher deveria se fazer antes de prosseguir. "Expliquei as perguntas, e disse para ela pedir para o marido responder também", relembra ele.
Com perguntas como "eu fiz tudo para salvar o meu relacionamento", ele queria propor uma reflexão ao casal e evitar que tomassem uma decisão precipitada em tempos de crise conjugal. Caso ela respondesse ao questionário e ainda considerasse que o divórcio era, sim, a solução, ela deveria voltar ao escritório para iniciar o processo.

Dias depois, o advogado ficou surpreso ao receber uma visita no escritório. "Ela voltou para agradecer com o marido e devolver o papel", diz ele. O casal havia percebido que enfrentavam uma crise momentânea, que poderia ser resolvida pelos dois.

Diante da repercussão da história, que teve mais de 12 mil compartilhamentos na rede social, Rafael garante que somente fez o que aprendeu na faculdade: intermediar um conflito e ajudar a resolvê-lo antes de seguir para o campo jurídico - e sem cobrar um centavo por isso. "Perdi um cliente, mas ganhei um casal de amigos", diz ele. "Ficou assustado de ver as pessoas se impressionaram tanto, porque as pessoas deveriam ser boas o tempo todo".

Repare os Conselhos


O advogado, que estuda para tornar-se juiz, conta que tem o costume de compartilhar casos interessantes em sua conta na rede social, mas dessa vez a repercussão foi maior.

Depois que a história começou a ser espalhada, Rafael passou a receber centenas de mensagens - nos comentários, por e-mail e WhatsApp - a maioria sobre relacionamentos em crise.

O advogado diz que essa não é a primeira vez que consegue ajudar um casal dessa forma, e que, quando percebe que ainda há solução, aconselha tentar de tudo antes de dar entrada no divórcio. "Você tem que tentar até a última opção", afirma ele.

Para quem está prestes a casar, Rafael dá um conselho que pode salvar o casamento em um momento difícil: "Pegar uma folha e escrever ali todos os motivos que fizeram os dois chegarem ao casamento. Anotar as brigas, momentos bons e quando superaram dificuldades", indica ele. "Num momento de crise, basta pegar a folha e relembrar isso".

O jurista ainda afirma que as pessoas não devem deixar ninguém 'meter a colher' no relacionamento, que cabe apenas aos envolvidos. "Eles não devem se deixar influenciar por amigos e colegas, principalmente por aqueles que são divorciados e costumam 'puxar os outros'", esclarece ele. "Só podem influenciar o relacionamento aqueles que farão parte dele para sempre: o casal e os filhos", concluiu ele.

O mundo precisa de mais pessoas como esse Advogado Rafael que antes de profissional, é um ser humano que pensa no bem estar alheio.

Rafael Gonçalves, como diria o Wesley Safadão: "Quer saber? Palmas pra você!!!"

Doug
Nada Como Viver!!!
27 de Março de 2016

sexta-feira, 25 de março de 2016

- CARTA AO SECRETÁRIO DE DERITOS HUMANOS -

Sr Ezequiel Teixeira,

Hoje eu acordei, ao lado do meu marido, com quem vivo há 2 anos, com a notícia de que o senhor acredita na cura gay.
Eu, gay, nunca acreditei nisso. E nunca acreditei porque tenho consciência de que não estou doente.
Desde muito pequeno "sentia que era diferente dos outros meninos". Sinto-me obrigado a colocar essa frase entre aspas porque é algo que foi dito muitas vezes, por muitas pessoas que, assim como eu, não se sentem doentes.
Muitos anos antes do meu nascimento, e acredito que do senhor também, em 1948, o homossexualismo passou a existir na Classificação Internacional de Doenças (CID) sob código 320, dentro da categoria de Personalidade Patológica, na subcategoria de Desvio Sexual.
Acredito que o senhor saiba que no dia 17 de maio de 1990 o homossexualismo deixou de fazer parte da CID. Eu não lembro desse marco, tinha apenas 8 anos, mas lembro que naquele mesmo ano perdemos Cazuza. Quem queria um Cazuza diferente daquele que tivemos?
Não, não queremos cura alguma.
Aos 13 anos comecei a me relacionar com homens mais velhos, já que os meninos da minha idade não contavam uns aos outros sua orientação sexual, isso era em 1994. E lendo o jornal de hoje, já nem sei se posso dizer que era uma época mais careta, mas certamente menos esclarecida. Eu não tinha abertura para conversar com meus pais, amigos, escola.
Por vezes, me arriscava a entrar no carro de pessoas que pouco conhecia em busca de alguma aventura. Outras vezes apenas suprimia meus desejos e as lembranças hoje são de uma infância e adolescência muito tristes, tentando esconder de todos que eu conhecia quem eu realmente era.
Em algum momento eu consegui me libertar do julgamento de pessoas que acham que a homossexualidade (como passou a ser chamada, porque não se trata de uma doença, e então não precisa de cura) seja algo errado, um desvio, uma escolha, e passei a ser feliz.
Hoje, casado no papel, com minha família constituída e com planos de adotar em breve uma criança, digo com total certeza que não há nada a ser curado aqui.
Olhe para a foto da minha família e me diga, sinceramente, se tem algo a ser curado aqui.


É uma delícia ser gay, Sr Ezequiel, acredite.
Aliás, é uma delícia poder ser quem você é ou quer ser.
O único momento em que eu me sinto entristecido, é quando abro o jornal e vejo que uma pessoa que está no cargo de Secretário de Direitos Humanos fazendo declarações como essas que todos lemos na manhã de hoje.
Mas não há cura para o mau-caratismo e a sem-vergonhice, não é mesmo?
Que vergonha em ter o senhor como Secretário. Que vergonha!


Doug
Nada Como Viver!!!
25 de Março de 2016

domingo, 13 de março de 2016

- HÉTERO PASSIVO É TENDÊNCIA! -

Um homem heterossexual pode sentir prazer sendo penetrado por outro homem? Um homem que sente prazer sendo penetrado por outro homem pode ser chamado de heterossexual?

É importante lembrar que, no Brasil, segundo os estudos antropológicos, até a década de 80, os homens se dividiam em: machos e bichas, sendo o macho o que penetrava outros homens e as bichas os sujeitos que eram penetrados.

O homem que penetrava não perdia o status de macho, inclusive em algumas situações tal fato era uma prova de sua virilidade. A partir dos anos 80, com a popularização dos discursos científicos oriundos da Europa, uma nova concepção de sexualidade ganha amplitude no Brasil, em que os sujeitos não são mais divididos em machos e bichas, mas em heterossexuais e homossexuais, sendo que os heterossexuais são os que desejam e mantém práticas sexuais com o sexo oposto, enquanto os homossexuais com o mesmo sexo. Uma concepção não substitui a outra e, embora a segunda passe a ter mais força, as duas continuam operando no Brasil.

É comum ouvir casos de homens considerados heterossexuais que penetram outros homens, isto é, de alguma forma, nossa cultura mantém uma certa permissividade ao homem considerado heterossexual penetrar um outro homem, desde que não tenha ocorrido algum envolvimento emocional e afetivo e os atos não tenham sido sistemáticos (constantes).

Esse tipo de homem, heterossexual, masculinizado, foi e é considerado o ápice do desejo de muitos homossexuais, símbolo de uma masculinidade verdadeira e autêntica. Não obstante era preciso que, além de masculinizado, esse homem fosse ativo, isto é, um “comedor”, mas eis que agora começa a surgir uma categoria de sujeitos que se dizem heterossexuais passivos.

Quem é esse homem hétero-passivo? São homens que se identificam com a heterossexualidade (evidente), mantém relações afetivossexuais com mulheres (essas relações podem ser através de vínculos matrimoniais ou casuais, com ou sem vínculo afetivo), rejeitam qualquer traço de feminilidade em si ou nos parceiros, sentem prazer penetrando mulheres, mas nas relações com homens querem ser penetrados.

Os heterossexuais passivos não penetram homens, são sempre penetrados. Os que mantém relações sexuais penetrando e sendo penetrados por outros homens se denominam de heterossexuais versáteis, que é uma categoria bem mais comum.

Não sou tão ingênuo de acreditar que em outros momentos da história esses homens não existissem, mas, hoje, com a popularização da internet, utilizada como mecanismos de busca por parceiros, esses sujeitos parecem aumentar e formular/textualizar uma identidade: a de hétero-passivo.

Onde se encontram tais sujeitos? Minha aposta é que em muitos espaços de sociabilidade, principalmente em bairros populares (mas duvido muito que seja apenas nestes), ocorrem interações que não podem ser explicadas pela dualidade heterossexual versus homossexual ou ativo versus passivo.

Foi nos sites de relacionamentos manhunt e disponível que analisei muitos desses perfis. Alguns diziam que buscavam novas experiências e que estavam dispostos a serem penetrados; outros sinalizavam que eram experientes e que desejavam serem apenas passivos nas relações sexuais.

Outra forma de sociabilidade entre esses homens ocorre nos chats do UOL (tomara que o Pastor Feliciano não descubra e denuncie à Polícia!). Existem salas específicas e uma delas é destinada a sexo entre homens heterossexuais.

Na maioria das vezes essas interações se iniciam com diálogos sobre o sexo com mulheres, depois começam a falar de masturbação entre homens e, por fim, sexo anal entre homens.

Encontrei também no Yahoo Respostas, um fórum que tem por objetivo trocar informações entre usuários da internet, a seguinte dúvida de um usuário:

Sou casado e tenho uma vida hetero prazerosa. Só que desde 5 ou 6 anos de idade dou minha b… e preciso disso. Não sei se é homossexualismo ou vício… Só sei que é uma necessidade. Minha mulher não sabe e nem quer saber desses meus desejos. Não sinto atração por homens, só por pênis, por isso nunca tive um namorado, nem fui ativo com homem… Acho que sou um bissexual diferente e não sei o que fazer”.(Post completo e com respostas).

O sujeito acima não consegue um lugar identitário para seu desejo. Sente prazer com o sexo heterossexual, mas não consegue evitar o desejo de ser penetrado.

Um caso explorado midiaticamente é do ex-pastor evangélico da Igreja Universal, Alexandre Senna, que tornou-se ator pornô passivo, após o pedido da esposa, que não aceita que ele penetre mulheres, mas também porque seu pênis não está no padrão da indústria pornô. As pessoas que comentam as notícias nos sites e blogs sempre dizem que o mesmo é um homossexual enrustido, pois não concebem um heterossexual fazendo sexo anal passivo.

O que podemos dizer sobre esses sujeitos? O mais comum e pouco reflexivo, mas que tem lá sua verdade, é pensarmos no modo com as representações sociais negativas da homossexualidade podem fazer com que um grande número de sujeitos recuse tal identidade. Acho, contudo, que isso não responde completamente a questão.

É mais produtivo invertermos a pergunta: o que esses sujeitos dizem a nós? Essa questão faz muita diferença pois, se tomarmos os sistemas classificatórios para explicarmos os sujeitos, aniquilamos as diferenças, enquadrando-os em poucas possibilidades. Ao contrário, se utilizarmos as experiências e questionarmos os sistemas classificatórios, podemos problematizar o quanto a divisão heterossexual, homossexual e bissexual é limitante e não dá conta de explicar a sexualidade humana, que é complexa e atravessada por diferenças e singularidades.

Vale ressaltar que, mesmo recusando a homossexualidade, esses sujeitos assumem uma outra identidade problematizada, considerada anormal até por aqueles que aceitam a homossexualidade. Constroem, também, uma identidade considerada desviante.

É bem certo que a heterossexualidade confere um status de privilégio, no entanto, a passividade marca negativamente o homem. Poderíamos pensar numa tentativa de limpar a passividade de um status negativo e histórico? Talvez a masculinidade se transforme em um padrão cultural tão fortemente exigida que mesmo na passividade seja preciso estar dentro de tais padrões.

Podemos dizer que essa identidade hétero-passivo é uma invenção? Sim, toda identidade o é! A divisão hétero versus homo, ampliando para bissexualidade, é também uma invenção da ciência oitocentista, uma ficção. Uma criação que, apoiada no positivismo, acredita que poucas palavras conseguem dar conta da paisagem sexual. Uma limitação e higienização da nossa singularidade.

Nós estamos, no entanto, tão impregnados dessa construção binária que, se um homem se envolve com outro, nós questionamos o sujeito e nunca a divisão binária. Por que não questionamos essa ideia de que os heterossexuais não sentem prazer anal? Será que é possível mesmo que exista um grupo tão hegemônico em termos quantitativos que ignore determinada área do corpo?

Não estou desconsiderando (digo mais uma vez) o modo como o preconceito dificulta uma assunção à homossexualidade, mas considerando que, além de se proibir uma identidade, se interdita também o corpo, isto é, há uma castração anal, um interdito sobre o ânus.

Bem, enquanto a gente fica tentando responder essas questões, e por mais que alguns queiram simplificar tudo, achando que o mundo se divide em duas ou três possibilidades, os sujeitos vão vivendo suas fantasias, cada um com uma história singular, que problematiza nossas concepções e classificações.

Por essas e outras, hétero-passivo é tendência e está na moda!

Doug
Nada Como Viver!!!
13 de Março de 2016

domingo, 6 de março de 2016

- EX GAYS... ATÉ QUANDO? -

Pensei muito em voltar a escrever sobre o tema e em começar fazendo uso de uma situação difícil que uma conhecida minha está passando – mas não posso me furtar a apresentar a enganação que, baseadas em um livro arcaico e em dogmas ultrapassados, tantas igrejas e tantos cristãos insistem em defender: a ideia de que é possível ser “ex-gay”.

Este ano, publiquei, não sem um certo prazer, uma nota no site A Capa que informava que a Exodus International, uma das maiores associações religiosas de “ex-gays” do mundo, reconheceu que a reversão da orientação sexual não é possível e que, nesse sentido, a homossexualidade é uma “cruz” que cabe ao “ex-gay” carregar e contra a qual lutar ao longo de sua vida, no projeto de viver de acordo “com a vontade de Deus”, quer seja: casando-se e tendo mulher e filhos. Não é o ideal, mas é um passo na direção mais sábia.

Muitos aqui sabem que eu já fui um gay católico, musico e vocalista de banda gospel – já tentei a via da oração por muitos anos, já fui um adolescente deprimido e em crise por causa disso. Também já tive amigos que tentaram outras vias mais “concretas”, até mesmo se internando em fazendas evangélicas que praticavam verdadeiras atrocidades psicológicas. Outros entraram em “grupos de aconselhamento” e outros ainda tentaram a via do exorcismo.

Graças a Deus (olhem a ironia), eu me livrei de tudo isso, nunca cheguei a esses extremos e, liberto, hoje sou feliz com minha sexualidade – mas de todos os que vi se declararem “ex-gays”, sempre foi essa a minha percepção. Na verdade, eles nunca deixavam de ser gays, ou seja, de sentir atração por homens. Recorrendo a expedientes de repressão psicológica ou de matriz religiosa, deixavam de praticar o sexo com os homens e, em nome de suas convicções, seguiam uma vida de comportamento heterossexual, tendo, porém, de se policiarem contra o sexo gay como um alcoólatra em tratamento: “não se pode dar o primeiro gole”.

A questão que se impõe é... Se um alcoólatra que não bebe mais pode ser chamado de “ex-alcoólatra”, por que um gay que não transa mais com homens não pode ser chamado de “ex-gay”? Em que pese o fato de que já vi alcoólatras dizendo que não existe “ex-alcoólatra” – você sempre será um, ou seja, terá aquele problema com o álcool, o que muda é se está sóbrio e abstêmio ou não –, eu responderia que a questão é de conceito.

Por má informação, ou má-fé, boa parte da população não compreende que o conceito de orientação sexual está ligado ao desejo, tomado em sua acepção ampla e ao longo da vida. Orientação tem esse nome porque indica a quem o desejo sexual, incluindo sua face afetiva, está orientado, dirigido, direcionado, e é isso que define se a pessoa é hétero, homo, bi ou pan, não o sexo da pessoa que está ao lado na cama.

Em suma, como costumo explicar, eu faço sexo com homens porque sou gay – não sou gay porque faço sexo com homens. Da mesma forma, um homem hétero faz sexo com mulheres por ser homem hétero, de antemão – não é pelo fato de praticar essa modalidade de sexo que ele se torna hétero.

O ato sexual-genital é, portanto, o resultado possível e provável da orientação sexual, não sua causa: o desejo antecede o ato. Tendo isso em vista, se o desejo da pessoa está orientado para o mesmo sexo, ela é homossexual, ou gay – independentemente de concretizar esse desejo mediante relações sexuais ou não. Gays (como héteros, bis e pans), portanto, podem ser celibatários, abstêmios e até mesmo se relacionarem com pessoa de sexo diverso. Também podem ser virgens – e isso é relevante, porque, se o que definisse a orientação sexual fosse o ato, e não o desejo, qualquer pessoa que ainda não tivesse transado não seria “nada”, não teria orientação sexual, o que é efetivamente um absurdo.

Trazendo isso para o que estamos discutindo aqui, então, o “ex-gay” não é “ex-“ porque o desejo pelo mesmo sexo fatalmente estará ainda, ou sempre, como admitiu a Exodus, presente. Não é por ter uma mulher e filhos com ela que, por isso, ele deixou de ser gay: basta apenas que o desejo pelo mesmo sexo esteja lá, como parte integrante da personalidade – e a verdade nua é crua é que, se você tem de lutar continuamente para não ceder a uma determinada vontade, ou para reprimi-la, a lógica impõe a realidade de que essa vontade existe, em primeiro lugar.

A descoberta de que essa “vontade” está lá não costuma ser um processo fácil, mesmo para aqueles que não são religiosos. Vivemos em uma sociedade homofóbica, em que destoar do padrão “homem com mulher” equivale a sofrer pressões e repreensões, enfrentar preconceitos – inclusive os nossos próprios – e até mesmo atos de violência. Diante disso, não chega a ser inesperado que o gay que recentemente se descobriu assim anseie “por se tornar hétero”, porque, afinal, quem quer passar por sofrimentos?

A constatação dessa realidade faz com que muitos na igreja, e fora dela, acreditem assim que possibilitar “tratamentos”, espirituais ou não, para permitir à pessoa alcançar essa meta é uma demonstração de caridade e piedade humana – e, alguns, nutridos desse ideal de compaixão, chegam a apoiar teses como a do recente projeto de Decreto Legislativo que quer derrubar a proibição de psicólogos oferecerem tratamentos objetivando a “cura da homossexualidade”, em discussão no Congresso.

Existem, porém, outras três verdades nuas e cruas. Uma delas é que a ciência – que deve pautar a ação do psicólogo enquanto profissional – já tentou a via da “cura”, sem sucesso, conforme demonstram bastantes evidências, que se acumulam de décadas atrás até hoje. A segunda é que esses tratamentos, e incluo aqui os espirituais, costumam mais piorar do que melhorar a psique das pessoas. Reprimir um desejo legítimo não acontece sem se pagar um preço – e não é difícil imaginar quão pode ser difícil e tensa uma vida em que o policiamento contra uma força tão legítima e primária é a regra.

A terceira verdade nua e crua é que basta arranhar a superfície para saber que não é a homossexualidade o problema, mas a homofobia: se a sociedade facilitasse a vida dos gays, em vez de os recriminar, se os pais deixassem o amor por seus filhos falarem mais alto, quem negaria que, em vez de tentarem “virar héteros”, tantos gays não tentariam viver uma vida plena e harmônica com sua sexualidade, sem sofrerem perseguição por causa disso?

No entanto, quero aqui falar do segundo ponto, o preço por viver uma vida reprimindo um desejo. Para isso, vou retomar o primeiro parágrafo: por que é uma enganação que as igrejas e os cristãos defendam que é possível ser “ex-gay”? Porque, além de ser, no mínimo, questionável falar em “ex-“, diante dos conceitos esclarecidos até aqui, muitas vezes, esses mesmos cristãos e suas igrejas não sabem, e nem mesmo fazem questão de saber, do preço que pagam essas pessoas.

A história de uma conhecida minha, que me motivou a escrever este artigo, não será revelada em detalhes, a fim de manter intacta sua privacidade e seu sofrimento. Basta saber que, depois de ter se casado e ver sua vida sexual com o marido com quem tivera filhos decrescer em qualidade por um certo período de tempo, pelo qual ela culpava a si mesma, descobriu que seu marido a traiu com outro rapaz. Os personagens são evangélicos.

Não se pode negar o sofrimento por que ela passou e tem passado, embora tenha tido a grandeza de enxergar nisso uma libertação: não era “culpa” dela, afinal – e, aqui, a tendência dos moralistas de plantão é enxergar no ex-marido um pulha, que não soube honrar o casamento e destruiu a família com as próprias mãos.

Uma análise mais aprofundada, no entanto, mostra que essa é uma situação em que não existem verdadeiros vilões. Criado em uma família evangélica e extremamente conservadora, o marido – de quem sempre desconfiei graças a meu “gaydar” –, certamente não teve uma vida mais fácil, ainda mais diante dos olhos de quem, como eu, descobriu na própria carne como é difícil se perceber gay e ser evangélico.

Como terá sido a vida desse moço, obrigado a recusar a si mesmo o benefício de procurar uma vida mais completa condizente com seu desejo, em nome de estar fazendo o que “Deus queria”? E como deve estar sendo essa situação, ao ter percebido que, pelo fato de o desejo, por tanto tempo reprimido, ter cobrado a fatura que ele não conseguiu pagar, ter magoado tantas pessoas ao mesmo tempo, inclusive a mulher que certamente amou (sim, porque há muitos casos de gays que foram casados com mulheres que efetivamente amaram suas esposas, até por existir, nos ensinam os gregos, mais de um tipo de amor)?

Agora, não haverá ninguém, especialmente em sua igreja, para ver seu lado e apoiá-lo. Desprezado por todos, culpando a si próprio e sozinho, ele ainda poderá enfrentar a ira evangélica e da família, se descobrirem a realidade dos fatos, por ter cedido aos “desejos de Satanás”, quando Satã não tem nada a ver com a história. O que há aqui, para quem, como eu, já está mais do que escolado, são seres humanos às voltas com suas escolhas, algumas delas indevidas frente ao desejo e sua própria natureza, e uma religião patentemente insensível a essas demandas, que prefere o sofrimento calado de um homem para manter as aparências e dogmas do que propiciar a esse ser humano uma alternativa de harmonizar sua sexualidade e seu sentimento religioso. Será que ele é mesmo o pulha?

Na minha concepção, se minha conhecida poderá se recuperar com certa velocidade do baque – quem sabe, encontrando outro homem que a faça feliz e a deseje sexualmente de verdade –, a situação do marido é bem mais complicada, e, se ele não tiver ajuda para se libertar dos dogmas religiosos, pode piorá-la, envolvendo-se em “tratamentos”. Quem sabe, caindo em intensa depressão, não tente uma alternativa ainda mais “concreta”, que poderia atender pelo nome de drogas ou suicídio...

Essa verdade nua e crua e feia é só uma das que se escondem por trás das histórias dos “ex-gays”, mas, convenientemente, muitos pastores e suas igrejas fazem questão de não abordá-la em seus cultos evangelísticos transmitidos nas televisões de concessão pública. Quem conhece esse lado somos nós, outros gays, que pouco temos voz, e estamos igualmente sozinhos, procurando ajudar aqueles que passaram por martírios que, às vezes, nós também já experimentamos.

Certamente, o marido será apresentado como um “falso crente”, quando a única coisa falsa aqui é o dogma religioso e sua promessa de “ex-homossexualidade”, ou ainda, a falsa promessa de que a felicidade real só se encontra em um casamento hétero, “de acordo com a vontade de Deus”.

A história que acabo de relatar me fez lembrar de outra, talvez o primeiro caso de “ex-gay” com quem tive contato, quando eu contava com cerca de 18 anos. Jhonata era o nome dele, gay efeminado que costumava ir a certa praça em minha cidade “caçar", companhias masculinas.

Soube por amigos em comum que Jhonata se convertera à CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL e, após se submeter a “aconselhamentos” e sessões que beiravam o exorcismo, estava noivo de uma mulher da igreja. Tentei argumentar com ele, mas diante de sua convicção inabalável, não me restou alternativa a não ser me resignar – apenas para, cerca de nove meses depois, ter a notícia de que Jhonata, já casado, novamente procurando companhias masculinas no mesmo lugar.

Uma conversa que eu tive com ele, foi bastante reveladora. Deprimido, ele argumentou ter tentado de tudo, sem sucesso, e que “esse negócio de cura não existia”. “Pois é”, respondi eu, “mas agora você envolveu outra pessoa, que está em casa te esperando. Como é que fica?”. “Como é que fica”, pergunto eu, se, numa dessas, ele sofresse uma violência, ou se, tomado de intenso e cego desejo, descuidasse de sua proteção e pegasse algo e o transmitisse à mulher?

Novamente, veríamos o Jhonata como o vilão, que enganou a todos... Mas será que não foi ele o enganado? E será que não foram os fiéis da igreja os enganados? Quem duvida de que Jhonata foi apresentado como um caso de “restauração pelo poder de Deus”, por “ter sido gay” e agora estar casado? Talvez ele fizesse até uma ponta no programa de Silas Malafaia – e, no entanto, novamente, somos nós, outros gays, que temos de lidar com esse lado escuro e feio do que as igrejas gostam de mostrar em seus shows evangélicos.

Jhonata e o ex-marido de minha conhecida não eram e não são pessoas de má índole, como certamente não o são suas mulheres. Podem ter “errado”, se considerarmos “erro” a “traição” sem levar em conta seus motivos – operação esta que eu, particularmente, considero o verdadeiro erro –, mas eram humanos devotos, convictos da ação do evangelho em suas vidas e de seguirem o desejo de Deus.

Só nos resta perguntar que Deus é esse, que deseja e prefere a mentira em vez da verdade, a aparência em vez da harmonia, a traição em vez da cumplicidade, o dogma em vez da felicidade, o sofrimento em vez da plenitude, como se a homossexualidade fosse um erro, em vez de uma via possível para se estar bem consigo mesmo... Um Deus que prefere ver um “ex-gay” sofredor e em uma luta inglória a um gay feliz, arrastando junto ao primeiro uma família inteira. Se é esse o Deus que a igreja acredita, lamento: o meu não é assim – e ainda me perguntam por que eu decidi abandonar a igreja, enquanto outros querem restaurar a “cura gay” psicológica via canetada no Congresso...


Doug
Nada Como Viver!!!
06 de Março de 2016

sábado, 5 de março de 2016

- POR QUE COM ELE E NÃO COMIGO? -

Você conhece Wendell Lira? Ou, já tinha ouvido falar nele antes de janeiro de 2016?

Pois, esse ilustríssimo senhor desconhecido para muitos é o brasileiro que ganhou o prêmio Puskas da FIFA pelo gol mais bonito de 2015, concorrendo com mais nove feras do futebol mundial, estando na mesma lista de finalistas, Messi e Tevez entre outros.

Esse atacante de 27 anos jogava, na ocasião, pelo Goianésia, time da série D, participando de um campeonato estadual. Ele, como a maioria, já enfrentou dificuldades comuns a qualquer profissional do esporte: lesões, desemprego, técnicos sem preparo, adversários truculentos entre outras.

Porém, um golaço de meia bicicleta, marcou a vida desse jogador para sempre. Sorte? Oportunidade?

Quantos milhares de jogadores no mundo inteiro deve ter pensado; “porque ele e não eu

Essa situação se repete todos os dias no ambiente profissional, apenas não é divulgado na imprensa. Alguém que se destaca pelo resultado, ultrapassando muitos outros que estavam na sua frente seja por experiência seja por tempo de casa. Novamente podemos pensar: Sorte? Oportunidade?

Para refletir sobre essas situações, vamos ver o que significam essas duas palavras:
Os sinônimos de Sorte, segundo o Aurélio, são: acaso, fortuna ou fatalidade. Ou, circunstâncias ou acontecimento por acaso que dá certo, e ainda evento aparentemente fora do nosso controle que influencia nossas vidas. Será que esses significados se aplicam a um jogador ou a um profissional que se capacita, que corre atrás de seus objetivos dentro do seu ambiente de trabalho?

Vejamos agora, os sinônimos de Oportunidade: chance, conveniência, ocasião favorável a que algo aconteça ou, por fim, situação nova que traga benefícios. Ora, qualquer jogo é favorável a que algo aconteça, ou podemos pensar em um jogo de futebol como uma situação nova para um jogador?
Quero mostrar que é mais fácil falar em sorte e oportunidade do que em esforço, foco, preparação, dedicação, entusiasmo, empenho, interesse, proatividade, autoconfiança, luta e outras iniciativas ou atitudes que são de responsabilidades de cada um.

Se um profissional pensa que seu resultado profissional depende de sorte ou de oportunidade, então que ele deve fazer é esperar que uma delas caia na sua mão. Torcer para não demorar muito e se colocar como vítima quando ela não acontecer!

Por que Wendell Lira? Porque ele fez por onde. Ou, você acha que qualquer jogador conseguiria no meio de um jogo dar uma volta com o corpo e fazer um gol de bicicleta? Ele, como muitos outros profissionais em áreas diversas, se prepara continuamente para fazer acontecer. Sorte ou esforço? Oportunidade ou dedicação?

#Reflita

Doug
Nada Como Viver
05 de Março de 2016

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

- GOSTAR - AMAR -

Li ontem no face de um amigo meu, um texto que tem sido a minha realidade.
Bem, vou lhes dizer algo...
Sabe quando você gosta da pessoa a ponto de parecer bobo? Aquela velha história de "eita coração burro da porra"! Pois é, vivenciei isso na pele, alias, quem nunca sofreu disso?
Se você ainda não passou por isso, PARABÉNS! Mas saiba que mais cedo ou mais tarde, você vai passar.
Mas acredito que todo aquele que passou ou passa por isso, tem uma caracteristica especial, o Amor. É muito mais além de quem ainda não passou por isso.
Se você dorme pensando em alguém, acorda pensando enm alguém e esse alguém fica presente em sua mente durante todo o dia, não se preocupe, você não é o problema. Você é a parte superior.
Porque isso é gostar, isso pode ser amar e não há no mundo sentimento mais nobre do que esse.
Vamos nos permitir, porque a vida é uma só e ela vale a pena ser vivida!

Doug
Nada Como Viver!!!
24 de Fevereiro de 2016

- Limpando a Casa -

Então que já umas três pessoas vieram me questionar o porquê eu não faço do meu blog um livro...

Dai eu pensei, gente, esse povo 'tá de sacanagem comigo!

E ai me bateu na cabeça de rever as primeiras publicações minhas no blog, e olha, que vergonha... Um monte de coisa digitada errada (sim, eu não fazia revisão dos textos) e acreditem, tentei até consertar os erros de digitação, mas como é antigo (2009) a formatação do blog mudou e não permite mais tal correção :-(

Notei também que eu usava muito o blog pra divulgar os lugares onde eu estaria tocando com a minha banda na época, os trabalhos que eu fazia na igreja, enfim...
Esses textos eu resolvi tirar do blog, porque isso não faz mais parte da minha vida, a Igreja Católica é página virada na minha vida, inclusive tem um texto meu no blog, explicando tal fato, quem quiser saber, vasculhem ai. (esse eu não vou tirar).

Então é isso minha gente...

Esse sou eu dando uma faxina aqui no blog.

Se você estiver lendo esse post, coloque uma máscara no nariz, porque a poeira vai subir!

Doug
Nada Como Viver!!!
24 de fevereiro de 2016

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

- Vivendo & Aprendendo -

Muitas pessoas costumam dizer que as redes sociais afastam amigos, familiares e até mesmo aquele vizinho que você encontra com ele todos os dias ao sair pra trabalhar.

Eu discordo disso completamente e vou dizer o porquê:

Há muitos anos atrás, ainda na época de Orkut, conheci um cara que até hoje não nos vimos pessoalmente (por falta de vergonha na cara, diga-se de passagem), mas que nos consideramos muito, ao ponto de ligarmos um pro outro ou pra jogar conversa fora, ou quando notamos que algo não está legal um com o outro e queremos desde então saber o que se passa e tentar de alguma forma amenizar a situação, ou também pra dividir momentos felizes um com o outro.
Essa peça rapa se chama Chico, ele atualmente mora em Recife e nossa amizade começou porque tínhamos um gosto incomum que era a musicalidade de Sergynho (vocalista da Pimenta Nativa) que hoje, está fora do mercado fonográfico.
Ok, a banda acabou, o Orkut se foi, MSN já não existe mais, mas a nossa amizade, carinho e respeito um pelo outro continua até o dia de hoje e sempre crescendo cada vez mais.
Hoje eu encho a boca pra falar: Chicão eu te amo meu nego!!!

Mas esse texto de hoje não é pra falar de Chico e sim de outra pessoa que conheci pelas redes sociais recentemente através de gostos incomuns.
Estou falando de Moisés Mascarenhas, Baiano, nascido no interior da Bahia (Mundo Novo que fica a 304km da capital baiana) e que mora em Salvador a 9 anos. Ele tem 27 anos de idade e é formado em Administração de Empresas.
Mas porque eu escreveria sobre ele aqui no blog? Porque antes de qualquer dom que eu possa ter na vida, de cantar, tocar, exercer bem a minha profissão na empresa e outros mais, tenho um dom que é de reconhecer quando eu estou errado, e eu acho que esse é um dos dons mais especiais que o ser humano pode ter, e sou muito grato a DEUS por ter me concedido essa graça.

Nunca fui a favor de deboches e ou piadinhas maléficas seja lá com quem for.

Quem conhece meu esposo, sabe que ele é um cruzeirense roxo, e algumas vezes o acompanhei nos estádios de futebol. Um dos grandes rivais do Cruzeiro é o Atlético Mineiro, que na verdade não deveria nem chamar como rival e sim como adversário. E muitas das vezes que eu acompanhei meu esposo ao campo, o Cruzeiro não estava jogando contra o Atlético e sempre questionei a torcida cruzeirense o porquê de azarar o Atlético com provocações se não tinha nenhum atleticano no campo?

Isso sempre me incomodou. Imagina se só houvesse o time do Cruzeiro, ou só do Atlético (estou citando os dois, porque são os maiores aqui de Minas), mas se fosse assim não teria sentido ter campeonatos e disputas...

Agora saindo do futebol e indo pra um fato que ocorreu hoje de manhã. Quando eu estava a caminho do trabalho, recebi via WhatsApp uma mensagem do Gabriel de Brasília/DF que também nos conhecemos pelas redes sociais através de gostos incomuns falando que Ivete Sangalo seria o tema do enredo da Escola de Samba Grande Rio em 2017.
Pronto, ganhei o meu dia! Porque acho que já é claro pra todo mundo o quanto sou fã de Ivete né?
Já logo quis publicar em meu Instagran e Facebook a tal notícia!

Mas não me bastou publicar a notícia, tive que alfinetar a Claudia Leitte, como sempre fiz e que hoje me despertou o quanto fui infantil e pobre de espírito com essas atitudes.

Mas esse despertador só tocou, porque esse baianinho chamado Moisés (que falei dele logo acima) chamou minha atenção sobre isso. Questionando-me qual era a necessidade de falar da loira nessa publicação. Ele também é fã de Ivete, mas também é fã de música, e Claudia Leitte faz música, do jeito dela, mas faz.
A quem goste, e com certeza é muita gente e eu tenho o DEVER de respeitar o trabalho dela e o gosto dos coleguinhas, por mais que não me agrade, ou melhor, me agrada, tanto que regravei uma música dela em meu CD solo (e olhem, ela canta melhor do que eu), na minha play List, sempre esteve presente músicas dela, gravadas em estúdio, porque ao vivo eu achava, até o ano passado que ela desafinava muito. Eu disse até ano passado, porque esse ano eu acompanhei de longe o show dela no Carnaporto, que inclusive publiquei sobre isso no post anterior, e ela melhorou muito como cantora profissional, tirando o atraso e a invasão de horário do Eva.

Obrigado Moisés, por despertar em mim esse lado ruim que eu tinha e não percebia e que eu não quero mais pra minha vida!
O mundo precisa de seres humanos como você meu rei.
E já quero deixar aqui combinado pelo menos um dia de folia com você ano que vem ai em Salvador durante o carnaval e me convide para um almoço ai na sua casa com muito Dendê... hehehe

OBS.: Pra quem quiser conhecer mais essa joia rara baiana, acesse o blog dele que é uma delícia de ler.
Tive o prazer de me deliciar com a leitura das suas publicações hoje quando voltava pra casa após o trabalho.
Segue o endereço do blog Mascarenhas em Ação: www.mascarenhasemacao.blogspot.com

Doug
Nada Como Viver!!!
18 de Fevereiro de 2016

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

- Carnaporto 2016 -

Pra quem ainda nunca ouviu falar, Carnaporto, é uma Micareta Indor, que acontece em Porto Seguro/BA sempre na quarta feira de cinzas. São três dias de festa (quarta, quinta e sexta pós carnaval).
Em minha opinião, não existe no Brasil uma micareta, mais organizada, limpa, estruturada e segura como o Carnaporto.

Quando eu digo organizado, eu digo desde a compra dos ingressos, a entrega dos abadás, entrada e saída da festa e durante a festa.
Quando eu digo limpa, quero dizer que não é comum você encontrar sujeira no chão durante todo o evento.
Quando eu digo estruturada, eu falo de camarotes, bares, pista, atendimentos, circuito dos trios e banheiros (que por incrível que pareça... são limpos).
Quado eu falo segura, nos quatro anos consecutivos que eu estive na festa, nunca vi uma briga, um arrastão, um assalto e nem comentários de algum fato ocorrido nem dentro e nem fora do evento.

Esse ano, foi diferente de todos os outros que eu fui, pois foi o primeiro que meu esposo não esteve presente comigo, mas em compensação, foi o primeiro que passei entre amigos.

Então vamos falar dos shows:

Primeiro dia as atrações foram: Monobloco, Michel Teló e Jammil.
Monobloco sempre com aquele mesmo show de musicas em ritmo de samba carnavalesco carioca. Como não é muito a minha praia, acompanhei de longe o trabalho deles, que foi legal, embora como eu disse, não me chama a atenção.
Michel Teló, deu um show a parte na qualidade de som e também no repertório que, embora estivesse tocando numa micareta, na Bahia, rolou de axé até moda de viola, e foi bem legal.
Jammil, pelo segundo ano amanhece o dia no Carnaporto com o fato mega hilário, no meio do show, Levi Lima, vocalista da banda Jammil solta: "Ai galera, vou jogar uma real pra vocês. Estou com uma dor de barriga lascada aqui, não 'tá fácil cantar pra vocês. Se em algum momento do show eu desaparecer, podem saber que é porque o banheiro do trio ´tá pegando fogo" e continuou o show, até que um ser abençoado arrumou um "ENO" e mandou pra ele em cima do trio. Daí eu pergunto: Porque cargas d'água, um folião, micareteiro leva um Eno pra uma micareta??? Se alguém souber uma justificativa plausível pra isso, se manifeste.
Levi teve que encerra seu show 30min. antes do previsto, (as 6 da manhã) com os dizeres; "Gente, me desculpe, mas não tá rolando, já estou todo borrado aqui em cima do trio. Vamos encerrar por aqui" e fechou com a música Pais e Filhos do Legião Urbana. Foi lindo cantar "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã..." com o dia clareando.

Segunda noite de festa. As atrações forão: Bell Marques, Claudia Leitte e Banda Eva.
Bell atrasou em 15min. o show, mas recompensou a galera com um repertório massa que não deixou ninguém parado.
Conforme o combinado, ele encerrou sua apresentação as 2 horas da manhã pra então entrar a Claudia Leitte.
Gente, numa boa... a Milk atrasou 35min, o seu show. Uma mega falta de respeito com o público, que não pagou pra ficar ali em pé esperando a boa vontade da "cantora" subir no trio. Enfim, ela entrou! Estava linda, tenho que confessar, o show dela, melhorou 300% do que era antes, também preciso ser sincero nisso, mas em momento algum ela se desculpou ou justificou o atraso. Que feio Milk... Mas, mais feio ainda, foi quando deu 4 horas da manhã, horário em que ela deveria encerrar o seu show, a Banda Eva já pronta pra entrar no circuito com o trio e nada da loira se calar. Ela invadiu o horário do Eva em 30min. Ou seja, não basta faltar com respeito com o público, tem que faltar com respeito também com os coleguinhas de trabalho.
Ah Milk, você ainda tem muito que aprender...
Depois dessa invasão de horário, Banda Eva entrou no circuito. Felipe Palozzi dando todo gás que podia, mas o engenheiro de som do Eva em nada ajudava, que som horrível.

Terceira e última noite. Teve de atrações: Psirico, Saulo Fernandes e Tomate.
Psirico também atrasou, alias, produtores do Carnaporto, isso nunca aconteceu, não deixem que vire rotina, pois isso também é um diferencial do evento. Mas Marcio Vitor (Vocalista do PSI, fritou no circuito e fez bonito, mesmo estando com Chikungunya.
Saulo Fernandes também brilhou no circuito e contou com a participação especial de Elba Ramalho que estava em sua casa em Trancoso e deu pulo no na Arena Axé Moi pra curtir a última noite de festa.
Tomate, deu o ar da graça como sempre, as 4 da matina. Embora eu não tenha notado nele aquela empolgação de todos os anos anteriores, foi massa o show dele e como sempre ele raiou o dia e colocou o trio na rua.

Resumindo a festa foi linda e ano que vem eu quero mais.

Queria chamar a atenção para um fato que eu reparei esse ano no Carnaporto.
Uma Travesti, que se divertia como se aquela noite fosse a última da sua vida. E sabe o que me tocou? É que quem me conhece, sabe o quanto eu reparo nas pessoas, não com um olhar crítico, mas com um olhar de analise mesmo, e percebi que durante as duas noites que 'ela estava ali, 'ela estava 'sozinha, e ai eu me pergunto: Cadê os amigos? Cadê as pessoas do convívio 'dela?
Aquilo me incomodou tanto que prometi a mim mesmo que se eu encontrasse com 'ela na última noite de festa, eu a chamaria pra ficar junto da minha turma que estava lá. Mas eu não a vi na terceira noite. Eu enxergava 'nela um ser humano feliz por fora, por estar ali curtindo a festa, os shows, talvez alguma banda que 'ela poderia ser fã, e triste por dentro, por estar 'sozinha.
Mas outro fato me chamou a atenção também, em momento algum eu reparei alguém olhando diferente pra 'ela ou cochichando e fazendo piadinhas.

Viva a diversidade no Carnaporto! Que esse ano tinha milhares de casais héteros, mas também muitos casais gays.

Até 2017 Carnaporto!!!!


Doug
Nada Como Viver!!!
17 de Fevereiro de 2016