segunda-feira, 31 de outubro de 2011

-ANTES QUE TERMINE O DIA-

Outro dia, tive uma grande e grata surpresa. Deram-me um filme dizendo: “Veja, vai gostar”. Olhei que filme era e o nome não me dizia nada, nunca tinha ouvido falar. Fiz cara de dúvida e a minha interlocutora garantiu que era bom e que lembrou de mim quando assistiu. Não dava pra recusar, né? Pois bem, ontem me bateu uma insônia brava e com isso liguei o DVD e assisti o indicado filme. Vou confessar: Estou balançado até agora.

Sentei-me então diante desta tela em branco do meu blog e fiquei pensando em como recomendar o filme, tarefa que se revelou um tanto mais complicada do que parecia. Falar sobre filmes que são considerados obras de arte, que têm elementos inusitados, atores pouco óbvios, mentores surpreendentes é relativamente fácil, acredite. O difícil é falar sobre algo que precisa fugir do obvio.

É engraçado falar sobre "Antes que Termine o Dia" porque geralmente não assisto a filmes feitos para chorar, não tenho paciência. Gosto de comédias. Ainda mais um que eu saiba previamente que é feito pra chorar, como foi o caso. No entanto, este, sem que entenda muito bem o porquê, me prendeu. Nem que quisesse eu poderia desligá-lo depois que comecei.

Outro motivo que torna inusitado falar sobre este filme é o fato de a Jennifer Love-Hewitt ser protagonista dele. Ah, já sei, você deve estar se perguntando: “Como assim? Resenha de filme da Jennifer Love-Hewitt? Alô-ou! Tá louco?”. É certo, eu também pensaria assim. Mas antes de fechar a tela, acredite: vale a pena.

Em contraposição a tudo o que pudesse servir de motivo para não ver e ainda mais não falar sobre este filme, há um rol de razões para fazê-lo. Por exemplo, não se trata de um artigo comercial, apesar de hollywoodiano e conta com uma trilha sonora lindíssima. Além disso, discute um assunto absolutamente delicado de forma bastante sutil, esbanjando sensibilidade, levando à reflexão e até mesmo à introspecção. E mais um detalhe, um pouco bobo, mas que me agrada muito: é ambientado na Inglaterra, então o inglês que se ouve é deliciosamente britânico.

O filme começa enfocando um casalzinho jovem e bonito acordando junto num belo apartamento e cuidando da vida. Ele um executivo bem sucedido, ela uma musicista muito talentosa. Nada errado a um olhar superficial. Mas, se prestarmos um apouco mais de atenção, detectamos logo os erros. Muitos, muitos por sinal.

Então é inevitável nos perguntarmos: quantas mudanças não faríamos em nossas vidas se tivéssemos a visão clara de tudo o que está errado? Muitas, eu garanto. Quantas vezes nos portamos de maneira absurda e até mesmo objeta, sem sequer nos darmos conta? E quantas coisas importantes perdemos por negligência, por não enxergarmos o óbvio?

E por que é que não temos essa visão? Será alguma deficiência, limitação inerente ao ser humano? Duvido muito. Todos nós temos plena capacidade de perceber todos os elementos presentes em nosso dia a dia, apenas vivemos imersos demais em nossos próprios umbigos e em nossos problemas para refletirmos o quanto agimos equivocadamente a torto e a direito.

O que você faria se olhasse à morte de frente? Entraria em pânico? Provavelmente. E mesmo que ela estivesse ali para alertá-lo sobre a sua conduta, ficaria tão paralisado que sequer poderia fazer algo a respeito. Certo? E se ao invés da sua própria morte, vislumbrasse a morte daquele ou daquela que mais ama? Se visse diante de si a perspectiva de não poder ver de novo aquele(a) que está sempre ali à sua volta, e que muitas vezes é negligenciado sem que você sequer se dê conta disso? Se entendesse que amanhã aquela pessoa não estaria ali para ouvir nada do que tivesse a dizer, ainda que merecesse um pedido de desculpas ou uma declaração de amor? Alguns ainda assim ficariam paralisados. Outros tentariam aproveitar o pouco tempo que resta. Quem sabe até pudessem mudar algo do que fosse acontecer? Quem sabe pudessem fazer valer a pena um dia juntos, mais até que uma vida inteira?
É este o enfoque da história, por isso o título original “If Only”. E se? Só se...

O filme lida de maneira admirável com sentimentos controvertidos como arrependimento, culpa, impotência, saudade, amor e cuidado. Quanto é suficiente? Como é que sabemos quando se está deixando a desejar num relacionamento, numa amizade? Se ao menos nos déssemos ao trabalho de olhar em volta e perceber a infelicidade do outro, poderíamos facilmente identificar quando agimos errado. E mais, poderíamos evitar o sofrimento daquele a quem amamos e até mesmo corrigir os nossos passos.

Mas e então, tudo andou errado. Ainda há o que consertar? Há. Requer mais coragem, contorcer-se de culpa ou se esforçar para mudar? Lamentar o erro ou aprender com ele? Existe uma segunda chance? Sempre há tempo para mudar o rumo da estrada?

Todas estas questões estão em "Antes que Termine o Dia". Um filme basicamente sobre sensibilidade. Sobre a bênção que é ser tocado por coisas sutis. Feliz daquele que se emociona sem restrições, que consegue ver beleza nos lugares mais insuspeitos, que agradece as pequenas coisas. Não estou falando de se debulhar em lágrimas enquanto ouve baladas, mas de saber fechar os olhos e apreciar o calor do sol, o barulho da chuva, o riso de alguém que se ama. Feliz daquele que olha o mundo e enxerga cores, luz, dádivas, oportunidades. Porque sentir é um dom e aquele que não sente vive em vão e, portanto, já está morto.

Doug
Nada Como Viver
31 de Outubro de 2011

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

-DEFINIÇÃO DE SAUDADE-

Hoje mais cedo, estava conversando com uma amiga no telefone e falávamos sobre saudade.

Ao terminar a ligação, me recordei que a dois anos atrás estive em um hospital e me deparei com uma criança que apelidei de "meu anjo" e ela me definiu "Saudade" da forma mais clara possível.
Nessa época eu ainda não tinha o blog, mas tinha (tenho) uma comunidade no orkut na qual eu usava para escrever assim como faço hoje com o meu blog.
Me recordei de ter escrito um texto na comunidade falando dessa minha visita e desse "meu anjo".

Vou postar o texto na íntegra aqui pra vocês que ainda não leram:

Definição de Saudade
(texto postado por mim na comunidade "O Doug é 10" do orkut em 26/05/2009

Emocionante como uma criança pode definir um sentimento que muitos adultos não sabem nem mesmo o que é.

Estive na semana passada a convite do Dr. João Marcos (Diretor do Hospital do Cancer) para fazer uma visita em um evento que todo ano o hospital promove.
Estive presente junto com a banda a Apóstolos

Já estivemos presente lá no ano passado na ala adulta e dessa vez a visita foi na ala infantil.

Eu com meus 28 anos de idade, depois de já ter vivido e presenciado muitas coisas, posso afirmar que cresci e me modifiquei com os dramas vivenciados pelos pacientes que visitei.
Dizem que a dor é quem ensina a gemer. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão, até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além. Descobrimos uma força mágica que nos ergue, nos anima, e não raro, nos descobrimos confortando aqueles que vieram para nos confortar.

E hoje um anjo passou por mim...

Recordo-me aqui com emoção da visita de hoje, comecei a vivenciar os dramas das crianças, que via como vítimas inocentes desta terrível doença que é o câncer.

Esse anjo que passou por mim, veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada, porém por 2 longos anos de tratamentos nos mais diversos hospitais, exames, manipulações, injeções, e todos os desconfortos trazidos pelos programas de quimioterapias e radioterapia. Fiquei próximo dessa criança por um bom tempo no hospital dando atenção a outros pacientes, cantando com os músicos da banda Apóstolos. Mas sempre com uma atenção a esse anjo que não via fraquejar. O vi chorar sim, algumas vezes, mas não via fraqueza em seu choro. Via medo em seus olhinhos algumas vezes, e isto é humano! Mas via confiança e determinação. Ela entregava o bracinho á enfermeira, e com uma lágrima nos olhos dizia: faça tia, é preciso para eu ficar boa.

Quando eu cheguei perto dela, vi que meu anjo estava sozinha no quarto. Perguntei pela mãe. E comecei a ouvir uma resposta que até agora ainda não consigo contar sem encher meus olhos de lágrima com uma profunda emoção.
Meu anjo respondeu:
- Tio, disse-me ela, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Pensando no que a morte representava para crianças, que assistem seus heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes, perguntei:
- E o que morte representa para você, minha linda?
- Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e no outro dia acordamos no nosso quarto, em nossa própria cama não é?
(Lembrei de quando eu era pequeno e essas coisas também aconteciam comigo.)
- É isso mesmo, e então?
- Vou explicar o que acontece, continuou ela: Quando nós dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para nossa cama, não é?
- É isso mesmo linda, você é muito esperta!
- Olha tio, eu não nasci para esta vida! Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!

Fiquei "perplexo". Boquiaberto, não sabia o que dizer. Chocado com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que o sofrimento acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança, fiquei parado, sem ação.
- E minha mãe vai ficar com muitas saudades minha. - Emendou ela.
Emocionado, travado na garganta, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei ao meu anjo:
- E o que a saudade significa para você, minha linda?
- Não sabe não tio? Saudade é o amor que fica!

Hoje, aos 28 anos de idade, desafio qualquer um dar uma definição melhor, mais direta e mais simples para a palavra saudade: é o amor que fica!

Um anjo passou por mim...

Foi enviado para me dizer que existe muito mais entre o céu e a terra, do que nos permitimos enxergar. Que geralmente, absolutilizamos tudo que é relativo (carros novos, casas, roupas de grife, jóias) enquanto relativizamos a única coisa absoluta que temos, nossa transcendência.
Sai daquele hospital renovado e com uma nova carga de aprendizagem.
Esse anjo me deixou uma bela e grande lição, vindo de alguém que jamais pensei, por ser criança e portadora de grave doença, e a quem nunca mais vou esquecer. Deixou uma lição que certamente vai ajudar a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com as pessoas que me rodeiam, a repensar meus valores.

Que bom que existe saudades! É o amor que ficou é eterno.


Doug
Nada como Viver!!!
26 de outubro de 2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

- WEEKEND IN MONTE VERDE / MG -

Salve, salve galera! Tô de volta a Beagá, depois de um final de semana muito maneiro no sul de Minas em Monte Verde. E olha, que cidade linda! Fui pra lá pra descansar um pouco e tentar esquecer definitivamente a semana anterior a essa viagem , que foi uma semana que não deveria ter existido em minha vida...

Mas vamos falar de coisas boas!!!

Lóóóógico que o motivo principal da minha viagem foi descansar, mas resolvi juntar o útil ao agradável, por que não curtir um bom passeio, né? E mais, por que não curtir um passeio com os amigos??? E foi justamente o que eu fiz.

Cheguei em Monte Verde no sábado de manhã depois de uma longa viagem. Além do Basílio que viajava comigo, encontrei no ônibus pessoas maravilhosas e que não via há muito tempo, como Débora, Alessandro, Zedequias e Adriana, (uma figura). Como disse, chegamos no hotel sábado cedo, tomamos café e fomos descansar um pouco.
Mais tarde saímos pra fazer um City Tour pela cidade. Putz, estou encantado com a beleza da cidade! Lugares maravilhosos e inesquecíveis.

Almoçamos todos juntos no Restaurante Marcio’s, uma comida sofisticada e deliciosa.
Depois continuamos nosso passeio conhecendo o centro de Monte Verde, fizemos umas compras... Rodamos mais um pouco e decidi junto com Basílio voltar pro hotel pra descansarmos mais um pouco.
Dormimos até umas 19hs e depois saímos pra comer alguma coisa....
Passeamos mais um pouco, comemos um mega sanduíche (meu regime foi por água abaixo) e voltamos para o hotel, afinal o frio estava de rachar (10º)

Tive uma noite maravilhosa de sono em uma cama quentinha, macia e um quarto completamente escuro!

Amanhecemos no Domingo, tomamos um café da manhã de rei oferecido pelo hotel, conversei um pouco meus “amigos”. Foi massa, falei dos meus projetos musicais, do meu trabalho atual na nova empresa que estou nela... e quando assusto, já era hora de tomar um banho, arrumar as coisas e entregar o quarto do hotel...”.

Mas, antes de zarpar pra Beagá, ainda almoçamos em um Restaurante Mineiro super tradicional, com direito a música caipira ao vivo e lareira... Um clima super gostoso...

E então encaramos mais 8 horas de viagem e rumamos a Beagá. De volta a terrinha!

E hoje já estou de volta a minha rotina novamente, e feliz com uma ligação que recebi hoje, quer dizer várias ligações dentre elas da Carol, do Bruno, da Débora, mas em especial do Gil me contanto da sua vontade de dar um depoimento da sua história de vida em relação a sua recuperação ao desintoxicar das drogas e me perguntando se eu iria com ele, afinal, segundo ele, eu fui peça fundamental pra ele se libertar desse vício maldoso.

Só sei que estou cheião de saudade de Monte Verde, daquele frio lascado, do hotel, da cama do hotel e de todo mundo que esteve lá comigo. Espero poder viver momentos assim em breve novamente.

Obrigado ao Zédequias e a empresa Tambasa por mais uma vez me proporcionar momentos
maravilhosos como esse. Nossa parceria é eterna! A Débora e ao Alessandro pela a amizade, ao Toninho da Viagens Petrucelli, pelo carinho, respeito e profissionalismo. A Adriana por me fazer rir várias vezes com suas piadas e seu jeito extrovertido de ser e ao Basílio, meu companheiro de longas viagens...

E que venha mais viagens por ai.....


Doug
Nada como Viver!!!
24 de Outubro de 2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

- AMOR, CONTOS DE FADAS, CASAMENTO -

Não estou em um dia bom pra escrever não, parece que tudo de errado resolveu cair sobre mim essa semana. Mas ainda sim, vou tentar...


Amor

Me recordo da primeira vez que escrevi algo relacionado a amor, eu tinha uns 13 anos na época e nenhuma idéia do que é o amor. Naquela época eu estava mais pra Romeu e Julieta que Richard Blane e Lisa Lazio. A verdade é que há 17 anos atrás eu achava que amor era algo muito diferente do que eu conheço hoje. Amor era poesia, suspiros e a certeza de felicidade eterna. Hoje acredito que o amor seja a certeza de continuar acreditando. É o cuidado com o outro, respeito, amizade, companheirismo, aceitação, simplicidade. Ou como eu disse hoje pra uma amiga “vejo o amor quando passo mal uma noite inteira, e tem alguém segurando a minha mão, cuidando de mim” enquanto aos 13 anos que era o “felizes para sempre” (daqui a pouco vou repetir essa expressão).

Contos de Fadas

Existe? Só pra quem acredita. Ao contrário do amor (que pode acontecer pra todo mundo), eu não acredito nos contos de fadas, mas quem acredita, eu acho que acaba vivendo. Tenho um amigo que jura viver um conto assim desde 2007. Loucura? Ele é feliz, ela também. Vivem um relacionamento sério, de respeito, aceitação, e quem sou eu pra bater nas costas dele e dizer que ele está enganado? (Sou um monstro, pois já fiz isso, rs*) Eu não ouso dizer que o que eles tem é exceção, de repente existem outras pessoas que também conseguem viver dessa forma, mas a verdade é que eu vivo a realidade, e cá pra nós, ela não se parece nada com um conto de fadas. Eu não tenho uma fada madrinha que me proporciona uma viagem para uma praia paradisíaca quando estou pra baixo, os móveis do meu quarto não dançam e muito menos passarinhos invadem o meu quarto pra me acordar como acontece nos contos de fadas dos DVD’s da minha sobrinha. Definitivamente eu não consigo ver a vida dessa forma. O meu ‘castelo tem aluguel e vence todo o dia 5’, conta de celular absurdamente alta e pilhas de problemas pra resolver.

Casamento

Sábado, dia 22 de outubro de 2011 será o casório de Adriano e Sheila. Abaixo o texto que me pediram pra escrever para os dois (que está no programa do casamento):

“E viveram felizes para sempre.
A maioria dos livros infantis nos dá a idéia de que o casamento se resume a essa frase, mas a verdade está bem distante disso. Escolhemos nos casar mesmo sabendo que a pessoa que está ao nosso lado não é nenhum príncipe ou princesa, e o ‘felizes para sempre’ depende só de nós dois porque a vida real é cheia de dificuldades e barreiras que decidimos encarar juntos!
Nos casamos pois sabemos que a vida a dois nos proporciona uma visão da caminhada melhor do que estando sozinhos. Precisamos de testemunhas para nossas vidas, de uma pessoa que enxergue além de nosso defeitos, além de nossas limitações. Precisamos de uma pessoa que desperte em nós o que há de melhor, aquilo que ficou escondido, que ninguém antes conseguiu enxergar. Casamento é saber que nem todos os dias serão os mais fáceis, nem os mais belos, mas ainda sim estaremos de mãos dadas para encarar as tempestades; é entender que os dias se tornam mais leves se temos a companhia de quem amamos, e por isso lutamos pra fazê-la feliz!
Hoje no dia do nosso casamento, você que veio celebrar conosco esse dia tão maravilhoso, tenha certeza que não estamos chegando ao altar com a ilusão de sermos perfeitos um para o outro, nem sermos duas metades que se encaixam – não! Enxergamos claramente o que somos: duas pessoas que se amam, compreendem, entendem as limitações e defeitos um do outro e ainda assim escolheram ficar juntos pra sempre sabendo que a felicidade não é o fim, o ‘the end’ e sim o caminho que escolhemos até que ela venha”

Doug
Nada como Viver!!!
19 de Outubro de 2011

OBS.1 - Não sou casado ainda, mas vejo a vida a dois dessa forma como descrevi no texto do casório de Adriano e Sheila

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

- AMORES & AMORES -

Vi ontem na TV, o relato de um casal com uma história de amor curiosa, mas não única. Como se conheceram, não sei, liguei a TV depois dessa parte. Mas vi que ela era noiva e começou a gostar dele. Os dois começaram a se paquerar, até que saíram juntos pela primeira vez, depois a segunda, terceira e as saídas tornaram-se hábitos.

Num belo dia, ela descobre que ele era casado, e mais, pai de três crianças! Isto não foi problema, e ela continuou saindo com ele, tanto que o noivo começou a desconfiar, e quando demonstrou sua desconfiança, ela usou isso como motivo e terminou logo o noivado. Pronto, ela estava livre! Mas ele não. Não? Porque não? Afinal, o que é estar livre? Ele não se sentia preso ao casamento e abandonou esposa e filhos para morar com ela, que por sua vez arrumou uma tremenda briga com a família, que não aceitava que ela fosse a tão mal falada “destruidora de lares”.

Muito mais que empolgante história de amor que supera todos os obstáculos, o amor que sempre vence no final é o amor que invade nossos corações. Há a história do amor ao próximo, o amor aos que estão ao nosso lado, o amor a família, ou mais particularmente as nossas famílias.

O apresentador e os participantes do programa procuravam ajudar o casal a convencer os telespectadores de que a história dos dois era algo aceitável, admirável, quase uma referência, e seria se para a formação desta família, não fosse necessária a degradação de outras duas.

Talvez eu esteja enganado, mas acho que o primeiro grupo de sociedade do qual participamos é a família, que também não deixa de ser uma sociedade, e que como toda sociedade, as atitudes de um membro repercutem e atingem todos os outros membros. Caso haja prejuízo, todos os membros arcam com ele, no caso de haver lucros, todos usufruem dele.

História como esta, em que pessoas agem pensando em suas próprias realizações e ignorando os sonhos e planos dos que compõe sua sociedade, ou família, é cada vez mais comum e nem todos que apóiam estas atitudes conseguem visualizar que está sendo prejudicado com elas. No caso do casal do programa de televisão, ninguém deve ter perguntado pelos filhos do rapaz, que crescerão com uma imagem paterna negativa pela irresponsabilidade do pai. Ou pela esposa que vai ter que se virar pra criar três filhos sem a participação pai. Ou pela frustração que sentiram os pais da moça ao ver que o melhor que a filha escolheu para si, foi alguém comprometido e infiel com seus compromissos.

Reconheço que devemos traçar objetivos nessa vida. Reconheço que devemos batalhar pelos nossos sonhos, mas também reconheço que se isso prejudica as pessoas ao nosso redor, devemos reavaliar nossos planos, pois se algum dia cairmos, as únicas pessoas que estarão dispostas a até mesmo dar a vida para nos colocar novamente de pé, são as nossas famílias. A qual nos foi dada por DEUS pra cuidar de nós e nós deles.

Doug
Nada como Viver!!!
14 de outubro de 2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

-A MARÉ NÃO ESTÁ PRA PEIXE-

Recebi agora a pouco uma ligação de uma pessoa que prefiro não citar o nome, mas que segundo ele, se sente traidor pela minha saída da empresa na qual eu trabalhava.
Ele hoje carrega consigo esse sentimento, pois sabia que isso iria acontecer e por infantilidade ou por querer subir de cargo, preferiu fazer parte do jogo sujo.
É, existem pessoas assim na face da Terra.

Por isso que eu digo que a maré não está pra peixe. O mundo empresarial é como um grande mar, com seus riscos e suas oportunidades. A maré sobe, desce, a onda bate, muita água, sol, agitação, insegurança. Tudo que queremos é sombra e água fresca, de preferência em terra firme, numa ilha paradisíaca, coqueiros, brisa no fim de tarde, o sol colorindo de laranja o céu e esticando seu reflexo por todo o mar. Ilusão. No mundo empresarial não existe terra firme. São miragens que criamos para nos incentivar, nos motivar a continuar navegando.

A hierarquia em alto mar é bem simples: capitão ou marujo. Patrão ou empregado. Se somos capitães, zelamos primeiramente pela embarcação, pois todos dependem dela. Algumas são meras jangadas, outras, monstruosas naves, mas o capitão zela primeiramente por ela. A responsabilidade e os problemas são proporcionais ao tamanho da embarcação e objetivo da missão. Depois, zelamos por toda a tripulação. mas isso não precisa ser publicado como regra, é indelicado e soa desumano, embora seja uma realidade. Se somos tripulação, primeiramente zelamos pela nossa vida, pois sem ela, do que valerá todo o resto? Depois no preocupamos com a embarcação, que é a nossa razão de navegar, fonte da nossa subsistência.

Todos querem a sombra e a água fresca, mas acabarão surrando o esfregão no convés. Querem o calor do sol, mas se contentarão descascando batatas em um porão escuro e úmido, e ficarão felizes assim. É o mistério dos mares. Sorrirão a cada manhã gratos por não estarem nadando como os demais que estão fora do barco, perdoarão as grosserias e injustiças do capitão e até lhe serão gratos por lhes permitirem ser seus humildes serviçais. A vida no navio não é muito fácil, não é muito justa, mas é confortável. Tem muito rato, muita doença, muitos riscos. Condições subumanas são admissíveis porque é melhor pensar que está no barco do que enfrentar o mar no peito. Talvez seja melhor as muitas apunhaladas pelas costas.

O mar é indomável. Não há embarcação que o enfrente e o vença. A onda bate, o navio balança. "Homem ao mar!" Lá se foi mais um. "Boa sorte!" "Até a próxima!" Hoje foi ele, amanhã poderá ser eu, mas como amanhã é um novo dia, antes ele do que eu. O importante é não parar de navegar.

O barco balançou e eu caí na água. Não andei de prancha, nem me retirei com um clássico mergulho. De certa forma, fui convidado a deixar o barco. Poderia ter me desesperado, mas fiz como me ensinaram, mantive a calma. Braço direito, braço esquerdo, respiração constante evitando movimentos desnecessários. Nadar era preciso!

Nadar nos disciplina, nos mantem fortes, controlados. Nadando nos conhecemos, conhecemos os nossos limites, repensamos nossas atitudes. As opiniões se tornam mais simples: nadar ou morrer. Eu preferi nadar e sempre vou preferir essa opção.

Visualizei algo ao longe. Acreditei ser terra firme, mas sabia no fundo que terra firme não existe. Talvez fosse um pedaço de madeira boiando, mas esse mero pedaço de madeira poderia vir ser uma canoa, que um dia se poderá se tornar uma jangada. Esta jangada poderá navegar até o dia que se tornará um barco e a partir deste pequeno barco procurarei construir a minha nova nave. Um Trirreme devastador ou o admirável Nautellus, não importa. Para o capitão não importa o tamanho da nave, importa o tamanho da missão. E a minha missão é nobre. Não conseguirei cumpri-la se não tiver o timão em minhas mãos.

O que visualizei ao longe, não importa se é terra firme ou um pedaço de madeira, é o meu objetivo. É o que me fará nadar em linha reta e não me deixará nadar em círculos como um desorientado. É o motivo de eu dar braçadas dia e noite. A razão de eu beber água salgada a cada onda e não desistir. Me cansar, querer dormir, querer parar e não ceder ao meu querer. Pois no meu íntimo, anseio pela conquista do meu objetivo. Essa assustadora ambição é mortal, mas talvez a sua falta mate com mais eficiência. É essa assustadora ambição que permitiu aos desbravadores conquistarem e explorarem reinos desconhecidos. Alcançaram seus posto na história enfrentando o mar aberto, o desconhecido, o temível, o inesperado. Talvez tivesse começando olhando um pedaço de madeira, que por algum momento assim como eu acreditaram ser terra firme.

No final todos nós nos encontraremos novamente. Barbudos, carecas, cansados, cheio de histórias, experiências, talvez arrependidos de alguma coisa, orgulhosos de algumas outras coisas, saudosos. Nos encontraremos no único lugar que jamais conseguiremos ver enquanto estivermos navegando. Não importa se estaremos nadando corajosamente ou capitaneando alguma embarcação, um dia nos encontraremos na praia, onde não será possível nadar e onde os navios não conseguem navegar. A praia é o fim. É onde termina toda navegação, é onde tocamos o inexistente, terra firme, nos olhamos, olhamos de onde vimos, olhamos onde chegamos e dizemos: Valeu a pena!


Doug
Nada Como Viver
04 de Outubro de 2011

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

-MIMIMIS-


O mundo tá cheio de gente chata. Do tipo que se ofende por qualquer coisa, que não sabe ouvir críticas. Do tipo mesquinho e cheio de mimimis. Do tipo que hipervaloriza coisas pequenas, que rende briga.

O mundo tá chato à beça. Por aqui, as pessoas engraçadas estão cada vez mais raras e as imbecis se reproduzindo em progressões geométricas.

Bicho, o mundo tá cheio de gente que leva piadas a sério. Que merda. Que chato!

O mundo tá cheio de gente que só reclama, fica só no chororô...

Pessoas que não sabem ver as coisas boas que tem ao seu redor...

O mundo tá cheio de pessoas que só sabem te fazer de saco de pancadas...

Pode parar esse mundo pra eu descer????

Doug
Nada Como Viver!!!
03 de Outubro de 2011

-HOJE VAI TER UMA FESTA...-


"Amiguinha Xuxa é hora de brincar. Estamos esperando só você chegar. A felicidade se fantasiou de amor..." Pois é, baixinhos e baixinhas! Hoje é dia de comemorar, afinal de contas é aniversário da Tia Xuxa! Vamos enfeitar a "Casa Rosada" com balões, trazer "bolo, guaraná e muitos doces pra você", que é dia de festa!

Brincadeiras à parte e deixando meu lado "baixinho" um pouco pra lá, vou tentar falar sério agora. É, tentar... Porque é impossível ficar sério perto da Fernanda Barone, vulga Fê.

A lembrança mais gostosa que eu tenho dessa psicóloga maluca fantasiada de gente grande foi num sábado a noite, sem nenhum programa maneiro pra fazer e a gente teclando no MSN. Ela liga a Web-Can e... Calma gente!!!! A mente de vocês está muito suja pro meu gosto! Ela ligou a Web-cam e tava com um chapéu de vaquinha fazendo careta. Mas ela é uma vaquinha do bem, uma exceção entre a classe de vaquinhas.

Mas enfim... Fê é indescritível. Sincera, gandaieira, espontânea e bem humorada, mesmo quando está toda travada. Já perdi as contas de quantas vezes ela quebrou o meu galho.

É muito bom chegar lá no Rural e quando a porta do elevador abre do 12º andar dar de cara com ela me esperando com um sorriso largo e dentes pequenos. Ah, como me faz bem ir lá...

Fê! Tudo de bom pra você. Saúde, sucesso, paz, dinheiro, cerveja, gandaia, beijo na boca (do maridão), trabalho! E se precisar de uma ajudinha minha é só me gritar que eu chego ai voando. Se cuida...

Grande beijo desse seu eterno baixinho aqui! E de todos os outros baixinhos que você conquistou por esse Brasil. Ah... E que venha o "CarnaFê" para os VIP's!

Doug

Nada Como Viver
03 de Outubro de 2011