sexta-feira, 14 de outubro de 2011

- AMORES & AMORES -

Vi ontem na TV, o relato de um casal com uma história de amor curiosa, mas não única. Como se conheceram, não sei, liguei a TV depois dessa parte. Mas vi que ela era noiva e começou a gostar dele. Os dois começaram a se paquerar, até que saíram juntos pela primeira vez, depois a segunda, terceira e as saídas tornaram-se hábitos.

Num belo dia, ela descobre que ele era casado, e mais, pai de três crianças! Isto não foi problema, e ela continuou saindo com ele, tanto que o noivo começou a desconfiar, e quando demonstrou sua desconfiança, ela usou isso como motivo e terminou logo o noivado. Pronto, ela estava livre! Mas ele não. Não? Porque não? Afinal, o que é estar livre? Ele não se sentia preso ao casamento e abandonou esposa e filhos para morar com ela, que por sua vez arrumou uma tremenda briga com a família, que não aceitava que ela fosse a tão mal falada “destruidora de lares”.

Muito mais que empolgante história de amor que supera todos os obstáculos, o amor que sempre vence no final é o amor que invade nossos corações. Há a história do amor ao próximo, o amor aos que estão ao nosso lado, o amor a família, ou mais particularmente as nossas famílias.

O apresentador e os participantes do programa procuravam ajudar o casal a convencer os telespectadores de que a história dos dois era algo aceitável, admirável, quase uma referência, e seria se para a formação desta família, não fosse necessária a degradação de outras duas.

Talvez eu esteja enganado, mas acho que o primeiro grupo de sociedade do qual participamos é a família, que também não deixa de ser uma sociedade, e que como toda sociedade, as atitudes de um membro repercutem e atingem todos os outros membros. Caso haja prejuízo, todos os membros arcam com ele, no caso de haver lucros, todos usufruem dele.

História como esta, em que pessoas agem pensando em suas próprias realizações e ignorando os sonhos e planos dos que compõe sua sociedade, ou família, é cada vez mais comum e nem todos que apóiam estas atitudes conseguem visualizar que está sendo prejudicado com elas. No caso do casal do programa de televisão, ninguém deve ter perguntado pelos filhos do rapaz, que crescerão com uma imagem paterna negativa pela irresponsabilidade do pai. Ou pela esposa que vai ter que se virar pra criar três filhos sem a participação pai. Ou pela frustração que sentiram os pais da moça ao ver que o melhor que a filha escolheu para si, foi alguém comprometido e infiel com seus compromissos.

Reconheço que devemos traçar objetivos nessa vida. Reconheço que devemos batalhar pelos nossos sonhos, mas também reconheço que se isso prejudica as pessoas ao nosso redor, devemos reavaliar nossos planos, pois se algum dia cairmos, as únicas pessoas que estarão dispostas a até mesmo dar a vida para nos colocar novamente de pé, são as nossas famílias. A qual nos foi dada por DEUS pra cuidar de nós e nós deles.

Doug
Nada como Viver!!!
14 de outubro de 2011