sexta-feira, 22 de junho de 2012

- PERSONAS -

Cada vez mais eu fico sem entender o que as pessoas realmente querem...

Muita gente, na verdade a maioria delas sabe que resolver uma situação pendente não precisa ser uma novela, onde demora meses pra resolver um problema que poderia ser resolvido em 5 minutos pelo telefone.

Cada um de nós sabemos qual é nosso melhor ângulo. E não estou falando esteticamente.
Sabemos usar nosso lado mais bonito e encantador para conquistar o que queremos (brincar)...

Mas desconfio de pessoas que mostram esse lado e depois não mostram lado nenhum.

Mas somos seres humanos e sempre vamos dar com a cara no chão. Fazer o que? Precisamos de entretenimento.

Eu sou a favor da mais pura e sincera verdade se tratando de amizade, namoro, trabalho etc.

Não adianta usarmos todo nosso talento pra conquistar algo ou alguém e depois não ser digno de tê-lo. É muito feio.

Usam “N” motivos para rodear uma parada que esta na testa na pessoa "Isso é mentira".

Mais dia, menos dia, as mascaras caem, e não demoram.

Se não quer mais uma situação qual a melhor saída? Conversar e chegar a um ponto, seja lá qual for.

Tenho tanta preguiça de gente fraca... E olha que tem gente que e Professor nessa arte.


Doug
Nada Como Viver!!!
22 de Junho de 2012

quinta-feira, 7 de junho de 2012

- CARNABELÔ - ERA BOM DE MAIS -



Todo mundo sabe da minha paixão por um trio elétrico, pela música baiana, pelos carnavais e micaretas.
E ha exatamente 18 anos atrás, eu conheci o verdadeiro encanto das micaretas - o Carnabelô.
Fui com a minha irmã, na verdade eu nem sabia o que era uma micareta direito, já tinha escutado falar de um tal de “Micaronte” que para quem é de BH ou conhece bem a nossa cidade, era uma micareta onde os trios desciam a rua Sergipe (se eu não me engano) e seguiam até a Praça da Liberdade(se não me engano também). Não me lembro dos cantores/bandas que tocavam no Micaronte, mas lembro de leve da minha irmã comentando em casa do cantor Ricardo Chaves embalando na época o mega sucesso É o Bicho (“É o bicho, é o bicho, Vou te devorar, Crocodilo eu sou”).

Mas enfim, dessa época de Micaronte eu não participei de nenhuma edição. Vivia ainda meu mundo infantil/adolescente. Mas da primeira e até a última edição do Carnabelô, ah... dessas eu me fiz presente em todas
Me lembro até hoje de como tudo aconteceu.

Meu pai levou eu e minha irmã (apenas para constar, eu só fui nessa micareta, porque meu pai impôs a minha irmã que ela só poderia ir se eu fosse com ela, como se eu fosse protege-la dos marmanjões alucinados que talvez quisessem beijar a boca dela), mas voltando ao texto, meu pai nos levou de carro e marcou um horário para nos buscar.

Ao chegar na Afonso Pena onde aconteceria o evento, eu me assustei, com a quantidade de gente na avenida.
O primeiro evento assim, a gente sempre pensa que é meio fraco e tal, mas o Carnabelô surpreendeu a todos, me lembro depois de ler nos jornais que esteve presente nas ruas de Belo Horizonte, um milhão e quinhentas mil pessoas... Era gente que não acabava mais...
Bom, esse foi o meu primeiro impacto, a quantidade de gente...

Não tínhamos dinheiro pra comprar o abada dos blocos que nesse ano seriam três a desfilar na avenida com os nomes de Come Queto, puxado pelo cantor Netinho, Belô Pirô puxado pela banda Cheiro de Amor (com a Márcia Freire que na época comandava os vocais da banda) e Cocô-Bambu puxado pela banda Asa de Águia.
Me lembro de já ter escutado algo dessas bandas/cantores, mas nada que me fizesse ser fã de nenhuma, nem mesmo do tipo do evento.

Eu me sentia meio que perdido naquele mar de gente na Afonso Pena, muita gente bonita, (para aquela época, é claro), e me lembro de ter ficado em frente ao Prédio da Séculos, antigo Central Shopping onde estava estacionado o Trio Elétrico Top 69 que seria comandado pelo cantor Netinho.

Soube depois que naquele ano (1994) Netinho tinha acabado de encerrar sua musicalidade com a Banda Beijo e estava partindo para sua carreira solo.
Fiquei junto com minha irmã e suas amigas no canteiro central da avenida aguardando o show começar. Estávamos de frente pro trio.
De repente em meio toda a banda já pronta pra começa a tocar, surge em cima do trio, um cara de bermudão, tênis com meia, camisa de manga, colete jeans preto, boné virado pra trás, microfone auricular...

Começa então uma gritaria eufórica do público e ele se vira para o lado onde estávamos, dá um “Boa Noite” e começa o show com a música “Capricho dos Deuses” um dos três maiores sucessos daquele primeiro disco solo dele “Um beijo pra você”.
O som do trio, era ensurdecedor, sentia o meu peito vibrar com os baques da bateria, a marcação do contra-baixo, meus olhos fixos nas coreografias que Netinho e suas Backs faziam...Pronto, ali nascia a minha grande paixão por micaretas, axé músic, carnavais e tudo mais desse gênero.
Imaginem, eu com apenas 13 anos de idade, começando a viver todas essas loucuras de micaretas.

Me lembro de ter curtido muito aqueles dias de micareta ao som de Netinho, Banda Cheiro de Amor e Asa de Águia.

No ano seguinte, não foi diferente. Lá estava eu novamente na Afonso Pena curtindo o Carnabelô que sempre acontecia no Feriado de Corpus Christi.

O evento sempre crescendo, me lembro que em um ano chegou a ter uns dez trios na avenida, comentei com meus amigos que eu estava me sentindo no Carnaval de Salvador... que pra ser idêntico, só faltava o Acarajé, o Farol da Barra e o Berimbau Matalizado.

Vivi grandes emoções nessa micareta, minha paixão cada vez mais aumentando...

Tenho recordações hilárias do evento como o de um cara que ligou lá em casa no dia seguinte pedindo pra falar com a Loirinha do Carnabelô (que era a minha irmã) e ele teve a má sorte de ter a ligação atendida pelo meu pai. Bom, não preciso nem dizer que a casa caiu, e ficamos esse ano sem curtir o terceiro dia do evento.

Me lembro também de um amigo que ficou translocado de bebida no Carnabelô. Foi hilário!

O Carnabelô chegou a entrar para o calendário turístico de Belo Horizonte, a parte de hotelaria ficava 100% ocupada, restaurantes lotados, gente nas ruas durante os quatro dias de evento. Me lembro que vinha gente do Brasil todo pra curtir a festa.

Mas tudo que é bom acaba e com o Carnabelô não foi diferente, primeiro levaram o evento para o Parque de Exposições de BH. Só ai, já fez o fez com que o evento perdesse um pouco daquele brilho de desfilar com o trio elétrico na avenida. Como se não bastasse, tiraram o evento do Parque de Exposições e levaram para a cidade de Contagem (Cidade metropolitana de Belo Horizonte) e chegaram até a mudar o nome do evento para Carnabelô Contagiante. #Aff



Pronto, esse foi o golpe de misericórdia para matar o evento.

Desde então acabou aquela micareta super comentada e desejada da capital mineira. É claro que como em várias outras cidades, Belo Horizonte, hoje tem uma micareta indor chamada Uai Folia, que pra falar a verdade, nem é em Belo Horizonte, e sim em Santa Luzia, outra cidade metropolitana de BHte.

Dentre o Uai Folia, acontece hoje em Belo Horizonte, vários outros eventos de axé como o Axé Brasil (O maior evento de Axé Muisc do Planeta, depois do Carnaval de Salvador), Cerveja e Cia da Ivete Sangalo, Eletromate com o Tomate e vários outros enventos, chegando a ser quase um por mês. É claro que eu freqüento esse eventos, mas nenhum deles chegam aos pés do tão saudoso CARNABELÔ.

Me lembro de ter escutado uma vez um boato de que o evento voltaria acontecer em Belo Horizonte, mas ficou só no boato mesmo, para nossa tristeza.

“Ê saudade, que bate no meu coração”

Doug
Nada Como Viver!!!
07 de Junho de 2012