quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

- Se... -

Se usar branco atraísse paz, nenhum médico ficaria em depressão...
Se usar amarelo atraísse dinheiro, o pessoal do correio estava rico....
Se usar vermelho resolvesse a vida amorosa, nenhum bombeiro se divorciava...
Não adianta passar a virada de ano de branco e passar o resto do ano nas trevas!
O ano novo que se aproxima não terá nada de novo se nós não tivermos atitudes novas!
Que em 2016 possamos ser melhores pais, melhores maridos, melhores esposas, melhores mães, melhores filhos, melhores cristãos, melhores amigos!
Que em 2016 não venhamos a repetir os erros de 2015!
Que em 2016 possamos abraçar mais, elogiar mais, agradecer mais!
Que em 2016, o Grande Arquiteto do Universo possa ser o centro mais no centro!
Que em 2016 a Graça e as misericórdias do Senhor nos acompanhe!


Doug

Nada Como Viver!!!
30 de Dezembro de 2016

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

- Querido gay bonito, Pára que ´tá feio! -


Quem é “o gay” que vem dominando o imaginário popular?
Depois que a figura da “bichinha” foi ainda mais marginalizada, agora por um verniz politicamente correto, temos um “tipo de gay” que é mais palatável: é jovem e é bonito. Além disso, exibe dentes brancos e barriga trincada em praias europeias, usa roupas de marcas famosas, e radicaliza o conceito de “amor entre iguais” ao namorar uma cópia de si. Sério, que tipo de monstro narcisista estamos criando?

Nada contra a beleza padrão, tenho até amigos que são.
Malhado nunca fui, mas para alguns estou “no padrão” também.
Tudo bem, beleza. A gente faz o que pode. O problema é quando os “belos” usam essa suposta superioridade para diminuir os outros, e o quanto esses outros estimulam isso ao endeusar certos tipos de pessoa.
Afinal, o maior “crime” que um gay pode cometer é tornar-se algoz de seus iguais, já que na viadagem somos todos um.

Altos, baixos, gordos, magros, peludos, lisos, cabeludos, carecas, másculos, afeminados, daddies, twinks, ativos, passivos, gouines, malhados, nerds, mestrandos, doutorandos, casados, promíscuos… Tudo viado, tudo bicha, tudo boiola. Não é assim que todo “homem que gosta de homem” é chamado, não importando rótulos, auto identificação, movimentos sociais, orgulhos e armários?
Não é a homossexualidade, em sua qualidade de estigma social, que nos coloca sob o mesmo arco-íris e abaixo do ideal de masculinidade da sociedade “externa” e que se considera tão “normal”?

O problema da vez foi um comentário de Harry Louis em sua conta do Instagram. Na foto, ele e seu namorado exibiam as barrigas saradas em frente à Torre Eiffel. Ao ser questionado sobre a necessidade disso, baixou o nível falando em gominhos abdominais e chamando os outros de “pão com ovo” e “mal comido” porque né, para Harry é óbvio que uma pessoa gorda deseja ser como ele. E se diz que não, é porque não consegue.

Bicha, menos. Bem menos!

Certamente que Harry já foi alvo de algumas críticas maldosas. Seu passado como ator pornô e a antiga relação com o estilista Marc Jacobs, além do exibicionismo e do consumismo expostos em suas redes sociais já foram alvo do moralismo e talvez até da inveja de nosso “mundinho”. Como esquecer, também, de quando o “ativo bem dotado” virou motivo de chacota porque “deu muita pinta” em uma entrevista?
No fim das contas, se o cara é fútil ou não, se mostra o corpo sem necessidade, se é narcisista, se é pintudo, se é feio ou se é bonito, é tudo problema dele. Segue quem quer, bate palma quem quer. Mesmo não se tratando de uma grande celebridade, se posta algo na internet vai ser julgado pelo tribunal implacável da pós-modernidade, e obviamente que para o “gay padrão” os elementos analisados são esses signos de valor – corpo, dinheiro, pica, barba – tão aplaudidos em nossa cultura. E essa é questão.

#Reflita

Doug
Nada Como Viver!!!
28 de Dezembro de 2015

domingo, 27 de dezembro de 2015

- Casamento de Paulo Gustavo -

Paulo Gustavo poderia ter feito de seu casamento um ato político. E fez.
Fez de seu casamento um ato de covardia.
Uma bandeira que apenas fortalece a idéia de que "gay tem que se dar ao respeito" e de que "o mundo é dos héteros e a gente tem que respeitar".
Casamento que é casamento tem beijo. De língua. Quem não fica a vontade em ver você em um momento de carinho com seu parceiro ou parceira não deveria ser sequer convidado para a celebração desse amor.
É sempre bom lembrar que todos nós, LGBTs, temos responsabilidades.
Somos, sim, bandeiras daquilo que praticamos e acreditamos.
Tudo o que fizermos é, sim, um ato político, querendo ou não.
Aceitar sua posição de "gay de estimação" de héteros, fingindo que você é só um acessório de moda ou de humor sem desejos sexuais pelo seu parceiro ou parceira é desrespeito com todos os outros LGBTs que cercam você.
Digo mais: Quando você é, como o Paulo Gustavo e tantos outros, um gay com visibilidade, você é, sim, um exemplo e tem o poder nas mãos de fazer a diferença para pessoas gays de todo o país e também do mundo.
Por isso, suplicamos: NÃO SEJAM COVARDES!
Botem a cara no sol!
Beijem na boca, sim!
Andem de mãos dadas, sim!
Façam carinho, sim!
Quem não gostar de ver, não merece estar na sua vida.


Doug
Nada como Viver!!!
27 de Dezembro de 2015

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

- Entre o Bem e o Mal -

É inevitável que apareçam pessoas NEGATIVAS em nosso caminho.
EIS o meu pensamento a respeito dessas pessoas:
Há pessoas do MAL sim.
Pessoas do MAL e pessoas do BEM.
Precisamos atentar para o fato de que muitas das pessoas do MAL nem imaginam que são assim e vão vivendo entre os outros espalhando a semente do que é mal.
PRECISAMOS ESTAR ATENTOS pois esta percepção deve primeiramente ser de CADA UM e assim CADA UM pode SELECIONAR suas companhias, seus amigos.
FIQUE ALERTA PORTANTO.
Sejamos sempre POSITIVOS valorizando o BEM e evoluindo assim para o melhor.
Diante das pessoas do MAL, devemos lhes dar as mãos e apontar para elas o BEM.
PORÉM, diante da sua insistência com o MAL, DEVEMOS (e isso é o correto a ser feito) SEGUIR NOSSO CAMINHO em direção ao positivo.
Façamos a nossa parte SIM, mas diante da insistência do MAL, DEVEMOS deixar essas pessoas pelo caminho e seguir ADIANTE pois o objetivo de todos nós é a EVOLUÇÃO PARA O TUDO MELHOR.
Os que ainda NÃO aprenderam e não querem aprender esta VERDADE agora, UM DIA TERÃO QUE APRENDER.
Até esse dia, estes permanecerão CEGOS para a luz.
Façamos SIM a nossa parte, MAS para os negativos REINCIDENTES, as nossas armas são o desprezo e a indiferença.
Então USE-AS.



Doug
Nada Como Viver!!!
07 de Dezembro 2015

segunda-feira, 25 de maio de 2015

- Casamento de Preta Gil... Quem Pagou??? -

Estou vivendo um fase da minha vida única!!!
Embora eu já venho dividindo o mesmo teto com o amor a minha vida, falta pouco para oficializarmos de vez o nosso casamento.

Hoje, vindo embora pra casa, caminhando e escutando música, eis que começou a tocar em minha Play List uma música antiga de Gilberto Gil e não sei se é por causa desse momento de casório que venho vivendo que liguei a música ao casamento da Preta Gil e ai... um turbilhão de coisas parou sobre minha mente...

Não existem palavras na língua portuguesa para descrever o casamento de Preta Gil. Precisaríamos da precisão zombeteira de Oscar Wilde. Da capacidade de indignação de Eduardo Galeano. Da compreensão do subdesenvolvimento de V.S. Naipaul. Do ouvido apurado e brutal de um Norman Mailer.

Sem um milésimo do talento de nenhum deles, resta focar nos fundamentos do jornalismo: siga o dinheiro.

Quem pagou pelo vestido com trocentas pérolas? A festa para 700 convidados? Os 35 seguranças, os 14 lustres com cristais baccarat, milhares de flores, whisky e champagne? O aluguel da Igreja Nossa Senhora do Carmo, a mais fina da cidade? A descrição é indescritível: “o grande movimento de carros nas ruas estreitas de Santa Teresa causou um nó no trânsito, já que os convidados param em frente à casa para entrar no evento. Alguns ônibus não conseguiram passar e passageiros desceram a rua a pé reclamando.”

Sabemos quem não pagou: o noivo, personal trainer. E sabemos o que não pagou: a carreira de Preta Gil. Vamos ser sinceros: Uma coisa ou outra da carreira dela que salva. Grava discos que ninguém compra, faz shows que ninguém assiste, não emplaca em mídia nenhuma. É a eterna candidata a celebridade. Jamais decolou ou decolará. Pode andar 50 quilômetros por qualquer grande cidade brasileira e não será reconhecida. Resta a figuração boba-da-corte em programas de TV estrelados e dirigidos por seus amigos.

Também sabemos que o casamento não foi pago por seu reality show na internet, “Preta Vai Casar”. A média de audiência de cada vídeo foi perto de 100 mil visualizações. O valor de mil visualizações no YouTube é quase R$ 10,00. Donde que cada vídeo desses vale, no mercado de internet, uns mil reais. Não paga o bolo.

Talvez papai e mamãe, Gil e Flora, empresária do cantor? Espetáculos de desperdício como esse não são raros. Os ricos do Brasil festejam como se o mundo fosse acabar amanhã. Casamento de filha é oportunidade única para se exibir. A nova onda entre os muito ricos é promover festa de debutante para as filhas em Nova York ou Miami. Soube de um banqueiro que tem problemas com a filha adolescente, porque seu helicóptero é o mais simplezinho entre os pais de suas colegas de classe. E por aí vamos.

Mas esse não é só o casamento da filha de um homem rico, de um ex-ministro. É uma reunião de algumas das pessoas mais famosas do Brasil. Algumas muito amadas pelo povão. Outras sem fama, mas perfeitas ilustrações do que é feito o nosso país. Desconhecia o casal Amora Mautner e Arnon Collor de Mello. Ela é filha de Jorge Mautner, ele de Fernando Collor. A poesia alternativa, a tirania alagoense, é tudo a mesma coisa. A arte no Brasil sempre acaba em farsa.

Como se fala sobre reuniões de empresários, “estava lá todo o PIB”. No casamento de Preta Gil estava lá boa parte do PIB cultural brasileiro. Gente que vive “na mídia” e da mídia. No Brasil o capital que importa é a proximidade do poder - midiático, financeiro, e em última instância, estatal.

Por isso é que o Rio continua sendo nossa verdadeira capital. Brasília é um arrabalde aberto de terça a quinta. São Paulo amanhece trabalhando. O Rio é o lugar da fama e do poder. Do dinheiro público, que move as engrenagens da fama e do poder. Ninguém nas nossas artes personifica esta proximidade proveitosa do poder tão bem quanto Gilberto Gil. Conforme sua carreira decaía, se transmutou em ongueiro, político, ministro.

Neste Brasil sem água nem esgoto, homicida, burro, febril de dengue, existe um instrumento perfeitamente legal para artistas tomarem o dinheiro dos impostos e botarem nos próprios bolsos. São as leis de incentivo à cultura. Através delas, empresas deixam de pagar imposto, pegam esse dinheiro e financiam atividades culturais.

Quais empresas? As grandes, e se forem estatais, Petrobras etc., melhor ainda, que fica tudo em casa. Quais atividades culturais? Qualquer uma que o Ministério da Cultura aprovar para “captação”. Gil foi o ministro anos; seu secretário-executivo, Juca Ferreira, é o atual. Pintou uma graninha boa para o próprio Gil, assim que deixou o ministério, claro.

Sob eles, milhões e milhões de reais foram “investidos” pelas empresas amigas nos negócios dos chegados. Porque são isso, negócios, certo? Quando você embolsa dinheiro público para bancar seu show, seu DVD, sua exposição, sua turnê, está fazendo um negócio, e ótimo, porque é sem risco. Se ninguém aparecer para assistir ao filme que você produziu, dane-se, você já ganhou o seu. É o que acontece com 90% dos filmes bancados via lei de incentivo. É uma excrescência e uma propina disfarçada. Compra a cumplicidade da classe artística, que a vende baratinho.

É tentador chamar o casamento de Preta Gil de Baile da Ilha Fiscal. Para os que não conhecem nossa história: foi uma festança perdulária que aconteceu numa ilhota na baía da Guanabara, promovida pelo Império, a última antes da proclamação da República. É fato que o festerê de fazer “cultura” e encher o cofre com dinheiro do contribuinte vai diminuir esse ano.

As verbas de marketing das empresas minguarão em 2015. Temos recessão, desemprego e juros altos, e há de piorar. Lá no Planalto os cofres também secaram. O plano do nosso governo para combater a recessão é aprofundá-la, promovendo um arrocho bilionário, que, triste informar, mal começou.

Então vai ter menos dinheiro nosso correndo para as contas dos convivas do banquete. Ou um pouco menos. Mas não desperdice lágrimas com os ricos e famosos. Quem tem dinheiro no banco verá ele se multiplicar em 2015 como nunca vimos no Brasil, pátria dos juros mais altos do planeta.

Quem é chegado dos poderosos sempre garante suas bocadas. Juca Ferreira está lá no Ministério para garantir que o que tiver de verba, vá para as mãos “certas”. O casamento de Preta pode durar para sempre ou acabar semana que vem, que é o que acontece frequentemente com esses enlaces espetaculosos. O descaramento é para sempre.

Não nos faltam só palavras para descrever o que foi esse casamento de Preta Gil. Nos faltam também escritores. Cadê coragem para encrespar com a filha de Gil, eterno ministro e amigo dos amigos? Nossos autores vivem de cachêzinho em seminário patrocinado pelo governo, de edital do governo, de vender livros para o governo. Não ouvirás questionamento a Gil e companhia por parte dos nossos literatos. Precisaríamos de uma versão tupi de Gore Vidal, um bem-nascido que se especializou em cuspir no próprio berço. Ou Louis Auchincloss, advogado, dinheiro velho, que passou a vida escrevendo sobre dinheiro - e como ele nunca sai das mesmas mãos.

Não temos nada parecido. Pena. Precisamos muito de alguém com o talento e a coragem para tranformar em literatura a seguinte notícia, de dezembro de 2014, semanas antes de Juca Ferreira voltar ao ministério: "o Ministério da Cultura autorizou a captação de R$ 6,5 milhões de reais para a peça Gilberto Gil, o Musical. O valor prevê seis meses de apresentação em São Paulo e seis meses no Rio."

Doug
Nada como Viver!!!
25 de maio de 2015