domingo, 27 de dezembro de 2015

- Casamento de Paulo Gustavo -

Paulo Gustavo poderia ter feito de seu casamento um ato político. E fez.
Fez de seu casamento um ato de covardia.
Uma bandeira que apenas fortalece a idéia de que "gay tem que se dar ao respeito" e de que "o mundo é dos héteros e a gente tem que respeitar".
Casamento que é casamento tem beijo. De língua. Quem não fica a vontade em ver você em um momento de carinho com seu parceiro ou parceira não deveria ser sequer convidado para a celebração desse amor.
É sempre bom lembrar que todos nós, LGBTs, temos responsabilidades.
Somos, sim, bandeiras daquilo que praticamos e acreditamos.
Tudo o que fizermos é, sim, um ato político, querendo ou não.
Aceitar sua posição de "gay de estimação" de héteros, fingindo que você é só um acessório de moda ou de humor sem desejos sexuais pelo seu parceiro ou parceira é desrespeito com todos os outros LGBTs que cercam você.
Digo mais: Quando você é, como o Paulo Gustavo e tantos outros, um gay com visibilidade, você é, sim, um exemplo e tem o poder nas mãos de fazer a diferença para pessoas gays de todo o país e também do mundo.
Por isso, suplicamos: NÃO SEJAM COVARDES!
Botem a cara no sol!
Beijem na boca, sim!
Andem de mãos dadas, sim!
Façam carinho, sim!
Quem não gostar de ver, não merece estar na sua vida.


Doug
Nada como Viver!!!
27 de Dezembro de 2015