Todo mundo sabe que sou católico, que tenho uma Banda Gospel e da minha fé em Cristo. Não escondo isso de ninguém. Mas quando eu afirmo que a religião, talvez, seja o grande mal do mundo, me atiram mil pedras, falam que eu não sei o que estou falando e blá, blá, blá...
Mas não me importo, ainda sim, continuo pensando da mesma maneira.
Não quero dizer apenas da minha religião que é católica, mas sim de todas.
Uma ambição de poder, um querendo ser mais que o outro.
Assistindo o programa Domingo Espetacular da Record, uma matéria gigante falando de padres pedófilos, que não é novidade. Dentre outros escândalos, de pastores que roubam, pedófilos, enfim, uma infinidade de coisas ligadas a líderes de religiões. Muitas guerras e conflitos são desencadeados por diferenças religiosas, isso quando os conflitos não surgem dentro da mesma religião. O que é um absurdo! Aff. Muita gente deixa de fazer o bem, por ser dessa ou daquela religião.
Fiquei pasmo com uma notícia que li na internet sobre os jogadores do Santos que se recusaram a distribuir ovos de páscoa em uma ONG que cuida de crianças com paralisia cerebral só pelo fato da organização ser ligada ao espiritismo e eles serem evangélicos. Muitas daquelas crianças não sabem nem o que é religião, não sabem nem o que é certo ou errado, mas por preconceitos idiotas e seguimentos banais, foram privadas de um pequeno momento de alegria.
Mas enfim, esse é apenas um desabafo de um cristão que não levanta nenhuma bandeira religiosa e sim a bandeira de CRISTO, que é amor, compreensão, união...
Com tudo isso, começo a enxergar a religião como algo inventado pelo homem, ou até mesmo uma empresa que busca lucros excessivos. Há muito tempo, já se perdeu o seu propósito de unir as pessoas e evangelizar.
Me pergunto, como unir as pessoas e evangelizar, se dentro de uma igreja há exclusão, há preconceitos, há discórdia, há diferenças e muitas outras coisas que afastam as pessoas ao invés de unir?
Eu acredito em DEUS e faço a doação dos meus dons de cantar, tocar, ministrar e palestrar a serviço Dele, e é nesse mesmo DEUS que os evangélicos, acreditam, que os espíritas acreditam e outras várias crenças acreditam. Apenas o que muda no modo de ver é a forma de buscá-lo.
Acabou essa semana o período de Páscoa, de ressurreição, renovação da vida e esperança, o que já se tornou uma data comercial sem significativo religioso.
Confesso que nos últimos dias, eu estava sem muita perspectiva, sem ânimo pra muitas coisas e com um grande dilema: pecar pelo excesso ou pela falta? Até que ponto demonstrar interesse pode parecer insistente e chato? Por outro lado, me calar e deixar acontecer, pode parecer desinteresse? É complicado saber equilibrar as atitudes, principalmente quando não se sabe o que os outros esperam de você. Resolvi agir com naturalidade, mas sem perder o respeito.
Estou de férias com minha banda e com isso durante a Semana Santa, assisti apenas duas missas e fiz uma participação em um show Gospel a convite de uns amigos e não me senti menor por isso. De quinta a Domingo vivi momentos mágicos com minha família, amigos, músicos amigos e comigo mesmo.
Acordei e dormir bem todos os dias!
E não por acaso, até mesmo porque eu não acredito no acaso, durante o trajeto da minha casa para o meu trabalho li a frase: "Cara, fica tranquilo. Estou com você."
E dessa forma minha Páscoa passou a ter o verdadeiro significado de vida nova. Se isso não é DEUS, quem mais pode ser???
Doug
Nada Como Viver!!!
06 de Abril de 2010
