quarta-feira, 7 de abril de 2010

ENTÃO PRONTO! BORA FALAR DE MÚSICA...

Que a gente vive num mundo capitalista, não é novidade pra ninguém. Desde que inventaram o dinheiro, tudo gira em torno dele. Pagamos pra comer, beber e, em breve - não duvidem - vamos pagar pra respirar. Tipo uma taxa pela despoluição do ar cobrada por alguma multinacional detentora da tecnologia de árvores artificiais, que realizam fotossíntese à base de energia elétrica em enormes galpões. Um absurdo!


Mas absurdo mesmo é deixar que esse capitalismo escolha o que você vai ouvir, o nível de música que vai ser executada na rádio.


Hoje, mais cedo, estive visitando o departamento jurídico aqui da empresa, onde estava tocando uma música do grupo Molejo na rádio. Juro que assustei, porque achava que essa banda não existe há anos. Eu, pelo menos, nunca mais tinha ouvido.


Não tenho o hábito de escutar rádio. Só ouço música no PC, quando faço download, compro o CD, ou recebo por indicação de alguém. E quem me conhece, sabe do meu gosto, então só manda coisa boa ao meu ponto de vista. E foi dessa forma que conheci uma das grandes revelações do ano passado: Maria Gadú. Um sucesso! Música boa de ouvir, com conteúdo e voz perfeita, afinada e que não cansa os ouvidos.


Ela, graças ao poder da poderosa Rede Globo, até que esta sendo bem executada nas rádios, mas vários outros talentos continuam escondidos tocando em barzinhos por cachês miseráveis. Música boa em troca de aplausos e couvert. Uma pena.


Um bom exemplo disso, é um cantor aqui de Belo Horizonte, Guilherme Henrique. O cara é um gênio, compõe como poucos, toca uma MPB da melhor qualidade e é dono de uma voz que, não tenho dúvidas, faz inveja na maioria dos artistas que têm músicas entre as mais pedidas nas rádios. Mas de que adianta? Ele não tem grana, nem ninguém que pague o jabá. E isso faz toda a diferença.


Outro exemplo? Estou ouvindo agora o CD "Cídia e Dan - Duetos". Nem todos devem se lembrar, mas eles participaram do programa Fama. O Brasil inteiro assistiu e aplaudiu, mas cadê? Gravaram um disco logo em seguida, mas não tiveram fôlego (R$) pra segurar a onda e permanecer na rádio.


Enquanto isso, quem não tem fonte de download e depende do serviço AM/FM, é obrigado a digerir uns ruídos que alguém decidiu chamar de música. Nada contra o grupo Molejo, tirando as músicas vazias como a antiga Dança da Vassoura com o tema de "Diga aonde você vai, que eu vou varrendo" dentre outras que não tem letra, sem conteúdo algum e ainda o vocalista da banda Anderson Leonardo sem nenhuma técnica vocal, uma voz horrível e irritante... Viva o Jabá! Depois o brasileiro é burro e sem cultura. Não, não é. Ele é apenas reflexo do que escuta, das músicas que o fazem engolir, sem ao menos mostrar outras opções, sem direito de escolha.


Calma nação pagodeira, não estou falando mal do pagode nem do samba, pelo contrario tem muita coisa boa nesse ritmo, como: Revelação, Zeca, dentre outros e não é porque eu sou axezeiro que na Bahia não tem porcaria, claro que tem: É o Tchan, Companhia do Pagode e outros, que ninguém aguenta....


Sorte nossa, usuários de playlists on line, onde cada um escuta o que quer. Viva o download! Viva o MP3 e a liberdade de escolha independente de empresários e jabás. Viva, principalmente a boa música.


Doug
Nada Como Viver!!!
07 de Abril de 2010