terça-feira, 28 de setembro de 2010

- ENTREVISTA PARA REDE CATÓLICA EM 2009 -

A pedidos, vou postar aqui em meu blog uma entrevista que dei para Rede Católica no final de 2009.
A galera vem me pedindo isso ah tempos...

Fui entrevistado pela jornalista Soraia Bastos no Recanto Salesiano.
Papo gostoso, ficou massa!!!!

Nat, obrigado pela companhia na entrevista.
Te amo!

Então segue ai na íntegra.



Com 28 anos de idade, Doug, tecladista e vocalista do Ministério de Louvor Frutos do Espírito cedeu uma parte de sua agenda cheia para bater um papo com nossa jornalista Soraia Bastos da Rede Católica onde falou de sua vida pessoal, sua carreira como músico e o seu passado na música como D.J. Permitiu também que invadíssemos sua intimidade.

Por Soraia Bastos:

"Ter feito esse trabalho com Doug, foi maravilhoso. Ele é uma pessoa com um astral super bacana, iluminado e acima de tudo carismático.
Senti-me à-vontade para entrevistá-lo"
(Soraia Bastos)

COMO A MÚSICA TEVE INÍCIO NA SUA VIDA?
Na verdade eu sempre fui apaixonado com música, desde criança. Quando eu fiz 11 anos meu pai me presenteou com um teclado de brinquedo e eu fiquei maluco com aquilo. Foi onde ele me colocou na aula de música e me deu um instrumento profissional.

QUNATO TEMPO DE AULA VOCÊ FEZ?
Estudei durante três meses em uma escola de música, depois saí.

E COM 3 MESES APENAS VOCÊ ADQUIRIU A EXPERIECIA?
Na verdade, eu sempre fui muito curioso, saí da escola sabendo fazer apenas dois acordes, Dó e Sol, (Risos). O resto eu aprendi pesquisando mesmo, olhando em livros de músicas coisas assim. E assim também foi que eu aprendi a tocar violão e outros instrumentos.

E A SUA VIDA NA IGREJA, COMO COMEÇOU?

“Tudo começou há um tempo atrás na ilha do sol, o destino te mandou de volta para o meu cais...” (risos). Bom na verdade quando eu ainda era pequeno, meu pai me forçava a ir a missa com minha irmã no domingo de manhã. Ia por obrigação e achava aquilo um porre. Depois com o tempo fui me acostumando com a idéia, e fui encarando a situação como uma rotina mesmo.

E A MÚSICA NA IGREJA, COMO ACONTCEU?
Como eu te disse, sempre gostei de música, e na igreja do meu bairro, onde eu freqüentava, tinha uma galerinha que tocava violão e cantava. Daí eu comecei a me interessar por aquele movimento. Mas não foi fácil.

POR QUÊ?
Quem coordenava esse grupo era até um vizinho meu. E ele sempre me barrava... Eu ficava naquela coisa louca de querer aprender mais e mais sobre teclado, música, pra entrar nesse grupo e ele sempre me barrando. Até o dia que ele saiu do grupo e a Débora, hoje vocalista da banda Johs assumiu essa coordenação e permitiu a minha entrada.

QUAL ERA A SUA IDADE NESSA ÉPOCA?
Tinha uns 13 anos mais ou menos.

DOUG, EM OFF, VOCÊ ME DISSE DE UM PROBLEMA GIGANTE QUE ENFRENTOU NA IGREJA. VOCÊ DISSE QUE NÃO QUERIA TOCAR NO ASSUNTO, MAS É UMA COISA QUE NÃO TEM COMO. QUERIA SABER DE VOCÊ COMO DRIBLOU TUDO ISSO?

(Com o a cabeça baixa, meio que querendo não responder... depois de uns segundos ele fala) Eu estava muito feliz com tudo que se passava na minha vida. Tinha realizado uma grande vontade minha que era tocar na igreja e isso foi me tirado de forma agressiva, que não vem ao caso. Nessa época, eu estava prestes a receber o CRISMA, que é um dos sacramentos que eu acho mais lindo na igreja, depois de tudo isso, perdi até a vontade de CRISMAR. Crismei depois de muita imposição da minha mãe e de minha catequista Sandra, queria até deixar um beijo pra ela aqui, dizer que eu a amo muito. Mas enfim, depois que Crismei eu abandonei a igreja de vez, fique nove anos sem colocar os pés dentro de uma igreja.

FOI NESSA ÉPOCA QUE VOCÊ SE ASSUMIU COMO D.J.? COMO FOI ESSA MUDANÇA NA SUA VIDA?

Eu tinha 14 anos e estudava em uma escola próxima a minha casa, tinha um tio na época que mexia com som mecânico e toda vez que eu ia a sua casa eu ficava alucinado com a aparelhagem e com as histórias que ele contava. Na escola em que eu estudava, tinha um sonzinho lá e eu convenci a diretora de deixar colocar umas “musiquinhas” no recreio, pronto virei D.J. (cai na gargalhada) Falava com todo mundo que eu fazia som e tal, coisa de criança. Foi quando uma garota na minha sala ia fazer 15 anos, e iria rolar toda aquela pompa e circunstância de festa e tal, e ela estava triste porque o pai dela não estava conseguindo nenhum D.J. pra festa dela. Então minha professora deu a ideia do pai dela conversar comigo, uma vez que eu falava pra todo mundo que eu fazia som e tudo mais. Nesse mesmo dia à noite o telefone da minha casa toca e era essa garota me pedindo pra eu ir à sua casa conversar com o pai dela. Eu não podia ficar feio e fui né... No caminho pensei da seguinte forma: chego lá dou um preço altíssimo e ele não vai querer fechar e eu ainda contínuo sendo o "D.J". da escola (risos). Dito e feito, só que o plano não funcionou, quando eu dei o preço ele simplesmente disse: “Fechado”. Ai eu pensei: agora danou-se, o que eu vou arrumar meu DEUS???? Cheguei em casa e contei pra minha mãe a mina façanha, ela quase me matou. Liguei pro meu tio e contei a história pra ele, ele topou me ajudar, mas como castigo eu não receberia nem um centavo do cachê. Eu achei ótimo, porque na verdade que eu queria mesmo era mandar bala naquele equipamento de som dele.

E COMO VOCÊ FEZ PRA ADMINISTRAR TUDO ISSO?
Faltava um mês pra essa festa, e nos finais de semana eu ia pra casa dele e ele me ensinava o básico, como fazer passagem de uma música pra outra, na época não existia CD ainda, era tudo em vinil. Fiquei esses dias treinando com ele e no dia da festa eu detonei... Daí ele me chamou pra trabalhar com ele. Fui todo empolgado. Mas como felicidade de pobre dura pouca (risos), a sociedade que ele tinha com o outro cara, acabou e eu estava no auge do entusiasmo, foi ai que eu propus a ele da gente montar a nossa própria equipe de som.

FOI NESSE MOMENTO ENTÃO QUE SURGE A STAR SOM?
Sim, eu tinha 15 anos, e não sabia nada da vida ainda, minha única responsabilidade era com estudo. Mas eu tinha muita vontade de fazer as coisas acontecerem. No início era tudo muito bagunçado, era a gente mesmo que fazia tudo, montava, desmontava equipamentos, às vezes algum aparelho estragava no meio de uma apresentação e como não tínhamos outro aparelho pra substituir, meu sócio dava um jeito de consertá-lo ali mesmo na hora. Uma confusão danada (risos)

E OS GRANDES SHOWS COMO D.J. QUANDO FOI?
A gente tocava em muita festinha particular, até que um dia conheci o Henrique, um dos donos da extinta casa noturna Três Lobos. Ele gostou da nossa apresentação e resolveu nos dar uma chance pra fazermos uma apresentação lá no domingo a tarde. E ai as coisas começaram a acontecer.

MAS VOCÊ ERA MENOR DE IDADE NA ÉPOCA, COMO FAZIA PRA ESTAR NESSAS CASAS NOTURNAS, UMA VEZ QUE É PROIBÍDA A ENTRADA DE MENORES?

Era super engraçado isso, porque toda semana eu ia ao Juizado de menor pegar autorização pra poder tocar na noite, no fim o juiz já até deixava as autorizações prontas... (risos) Mas isso só durou um ano, depois completei 16 anos e ai já não precisava mais de autorização.

QUANDO FOI O PRIMEIRO CD DA STAR SOM?
Foi em 98. Tem o nome de Pop 98, uma coisa bem caseira, fiz apenas para distribuir para os meus amigos. Era de música pop remixada.

E O AUGE DA STAR SOM FOI QUANDO?
Foi em 2002, quando eu resolvi fazer uma loucura. Estávamos em uma época em que a axé music estava detonando em BH. A casa Três Lobos era um lugar que e adorava tocar, me sentia em casa lá. Eu já estava com minha equipe toda formada nessa época, com produção, dançarinos, técnica e tudo mais, fazia um média de 15 apresentações no mês e então eu sugeri gravar um CD ao vivo na Três Lobos. Ninguém me apoiou na época, embarquei nessa vigem sozinho. Aluguei um estúdio móvel do meu bolso e marquei com o Henrique duas apresentações, sábado e domingo. Não foi nada divulgado. Gravei o CD que se chama “Agitando Todas” e a coisa bombardeou (nesse momento ele se eleva o tom de voz empolgado). O CD vendeu igual água.

VOCÊ ENTÃO ATINGIU TUDO QUE O SUCESSO PODE OFERECER A UMA PESSOA?
Sim, tive de tudo que o sucesso pode proporcionar. No ano seguinte fui convidado a gravar um novo CD, e pra variar, eu sem tempo pra nada, pra você ter uma ideia, além dessa loucura toda de shows, eu fazia administração, trabalhava durante o dia e fazia shows nas noites, viajava, não dormia direito, era uma maluquice tudo aquilo. Quando eu recebi o convite, eu nem me dei muito pra isso, e a gravadora na época ficou na minha cola pra assinar o contrato. Assinei e fomos buscar uma data pra gravação. E quem disse que achava uma data disponível? Essa data foi marcada e cancelada umas duas ou três vezes, até que o Roger da Sart Studios deu o intimado que a gravação aconteceria no dia 12 de outubro de 2003. Foi outra loucura, porque já tínhamos show marcado em Ouro Preto pra Festa do Doze, minha produção então entrou em contato com os organizadores e conseguiram colocar o meu show pra ter início as 3 da manhã do dia 13 de outubro.

E VOCÊ NÃO SE PERDIA NO MEIO DISSO TUDO?
Eu ficava maluco, mas eu sabia com quem eu trabalhava. A Débora, na época minha produtora era muito cuidadosa com tudo, eu deixava ela tocar o barco e dava carta branca pra ela fazer o que achava que devia. Foi quando do nada eu voltando pra casa depois da aula escutando rádio, escutei na Jovem Pan a chamada da gravação do meu CD na Dakota Mix Club. Até então eu ainda nem tinha noção de repertório e tal. Sentei então com minha produção e com o pessoal da gravadora e passei a listagem do repertório e eles deram OK. Eu tinha exatamente um mês pra montar o novo show, ensaiar e deixar tudo pronto pra gravação. Ai você já viu né?, Mais um grande problema surgindo, quando eu teria tempo pra montar um show, ensaiar e deixar tudo pronto??? (com expressão de assustado)

E QUAL FOI A SUA SAÍDA?
Entreguei nas mão de DEUS (risos), No final deu tudo certo. Quando eu cheguei à Dakota que eu olhei a fila dando volta na tenda e que eu soube que todos os ingressos tinham sido esgotados eu não acreditei... Gravei o CD, dei o melhor de mim. E sai de lá direto para Ouro Preto pra acabar de cumprir a minha agenda daquele dia.

E DEPOIS DESSA MARATONA DE GRAVAÇÃO, SUA VIDA ACALMOU?
Que nada, continuamos na correria de sempre, até que recebo uma ligação do Roger dizendo que o CD tinha ficado pronto, mas que tinha um tempo sobrando no CD que e que ele queria colocar o Bônus Track no CD. Lá vamos nós mais uma vez encarar estúdio de madrugada pra gravar. Era até engraçado ver Débora chegando de pantufas no estúdio pra acompanhar a gravação desse bônus. (risos)

E COMO FOI O LANÇAMENTO DO CD?
Da forma mais louca desse mundo, eu na estrada com shows, em BH com meu trabalho pessoal , finalizando meu curso de Administração, Débora me vem com a notícia de que o lançamento do disco seria em Dezembro e aconteceria na Três Lobos. Com duas semanas para o lançamento, recebo outra ligação do Roger dizendo que o CD estava lindo, mas que tava sem capa, precisava marcar comigo pra fazer umas fotos (faz uma expressão de desanimo, cansaço). Respondi a ele: Roger, confio no se gosto, entra em nosso site e escolha a foto que você achar melhor, não tenho a menor condição de agendar fotos agora. Só fui conhecer o CD mesmo no dia do lançamento. Loucura total.

E COMO FICOU DEUS NESSA BAGUNÇA TODA DA SUA VIDA?
Sempre tive DEUS comigo em todos os momentos. O que me aconteceu no passado na igreja, não abalou a minha fé, somente me fez afastar da igreja “tijolo”.

COMO ACONTECEU A SUA PARADA NA MÚSCA?
Depois do lançamento do CD, minha agenda de show duplicou, pois além dos meus shows, eu tinha um compromisso com a gravadora, para divulgação do CD. Daí eu larguei o meu trabalho pessoal, e finalizei o meu curso de administração. Minha vida estava virada de cabeça pra baixo e muitas coisas me levaram a parar.

O QUE POR EXEMPLO?
Um dos maiores fatores foi o falecimento de um amigo meu. Não me deixaram nem participar do velório, me tiraram de dentro do cemitério pra fazer show. Isso mexeu de mais comigo.


E VOCÊ NO MEIO DESSA CORRERIA TODA AINDA TINHA TEMPO PRA TER AMIGOS?
Tempo na verdade eu não tinha não, mas o Fabrício (nesse momento ele faz um silêncio e devia o olhar) era um irmão que eu tinha, me ligava todos os dias, se preocupava comigo, ele sempre cultivava a nossa amizade, sempre a conquistava.

ESSE FATO FOI O FATOR PRINCIPAL DA SUA PARADA ENTÃO?
Um dos, eu precisava me encontrar como ser humano mesmo, pense você: eu um jovem de 24 anos, não sabia o que era festeja com família, amigos, não sabia o que era passar ano novo com minha família, não sabia o que era sentir de perto e curtir acima de tudo uma amizade.

E COMO FOI ESSE SEU DESLIGAMENTO?
Foi uma decisão minha que tomei da noite para o dia. Amanheci numa terça feira e pedi uma reunião com toda a minha equipe de trabalho. Débora agendou para o dia seguinte e anunciei então a minha parada. Ninguém acreditou. Eu estava vivendo o topo da minha carreira, mas eu precisava parar se não, eu não sei o que seria de mim. Pedi Débora que não marcasse mais shows e acabei de cumprir a minha agenda de compromissos.

E QUAL FOI A REAÇÃO DE TODA SUA EQUIPE?
Eles acharam que eu estava ficando louco, conversei muito com meu sócio e ele juntamente com o pessoal da gravadora não concordou com a minha saída, falavam que se eu fizesse isso, seria difícil depois pra eu voltar. Mas eu precisava parar. Fui contra tudo e todos.

E COMO FOI O SEU ÚLTIMO SHOW?
(Ele respira fundo e responde) Finalizei minha carreira no Mineiríssimo, uma casa noturna que tinha em BH, não foi nada divulgado pra mídia a meu pedido, pra todos os presentes, aquele seria apenas mais um show. Apenas minha equipe sabia. Quando eu fui pra entrar no palco, um filme inteiro passou na minha cabeça, comecei o show com um nó na garganta, mas consegui desenvolver numa boa. No final do show peguei minhas coisas e fui embora, já tava tudo acertado. A Star Som continuaria sem mim, um novo D.J. já tinha sido escolhido pra me substituir

DOUG, ROLOU MUITOS BOATOS SOBRE O SEU DESLIGAMENTO DA MÚSICA, COMO VOCÊ ENCARAVA ISSO?
Eu era uma pessoa que vivia muito na mídia, em rádios, TV, Revistas e tal e fiz muito errado em sair sem dar explicação. Abri um leque de duvidas pra todo mundo, e você sabe como é as coisas, o povo fala mesmo (risos). Foram vários boatos: Falaram que eu estava doente, que eu tinha brigado com meu sócio, que eu havia mudado pra outro lugar, que eu estava envolvido com drogas, coisas assim, mas nada disso me incomodava. Eu não tinha cabeça nem pra cobrar esses boatos, preferi largar pra lá. Fui começar a viver a minha vida.

FOI NESSE MOMENTO EM QUE VOCÊ VOLTOU PRA IGREJA?
Não, fiquei ainda um ano mais ou menos, digamos "solto no mundo” (risos), em 2006, eis que bate na porta da minha casa em uma tarde de sábado Patrícia, me convidado a tocar no ministério que ela tocava na igreja do meu bairro chamado Obra Nova. Na hora relutei um pouco, falei que não queria, mas ela insistiu e acabei me cedendo, fui a um ensaio e comecei a tocar.

E QUAL FOI A SUA SENSAÇÃO DE VOLTAR A CASA DO PAI?
O ensaio foi tranquilo, nada de mais, mas quando chegou a hora de entrar na igreja com meu teclado e subir no palco pra tocar, confesso que me deu medo

PORQUE MEDO?
Sabe aquela coisa de gato escaldado?
SIM
Foi mais ou menos isso, a partir dali eu iria reencontrar todos novamente, todos que me apontaram, que me criticaram e que me derrubaram.


DOUG, NA NOSSA CONVERSAR EM OFF VOCÊ FALOU DA MÚSICA SACRAMENTO DA COMUNHÃO, O QUE ELA SIGNIFICOU NA SUA VIDA?
Toquei essa música na primeira missa em que retornei, e apesar de ser um canto de comunhão, ela fala de retorno na casa do “Pai” e marcou a minha volta. Quando a missa terminou, fui até o Santíssimo e pedi perdão a DEUS pela minha ausência e pedi a Ele que se fosse da vontade Dele que eu voltasse a tocar, que Ele me desse força pra encarar todos os obstáculos que surgissem.

E VOCÊ AINDA PASSOU POR MUITAS PROVAÇÕES?
Muita, muita. O Obra Nova acabou depois de alguns meses e eu já sentia o chamado de DEUS em mim, então propus a Patrícia que fundássemos um Ministério pra gente, ela topou e começamos do zero, ela na voz, eu no teclado e o Dedé no violão.

E COMO ESSE MINISTÉRIO FOI RECEBIDO PELA IGREJA?
Com muita crítica, (risos), mas dessa vez com razão (mais risos) a gente era muito ruim, Patrícia, não tinha noção de nada, eu estava vindo de uma vida musical completamente diferente de igreja, o Dedé era uma criança, ele tinha 11 ou 12 anos. Mas ainda sim, fomos perseverantes. Continuamos ensaiando e buscando melhorar sempre mais.

E AS PESSOAS QUE TE APONTAVAM ANTIGAMENTE, QUE TE CRITICAVAM, QUAL FOI A REAÇÃO DELAS PERANTE A SUA PESSOA?
Tem um ditado que diz assim: quem bate esquece, mas quem apanha jamais esquecerá. Aos poucos, essas pessoas foram se reaproximando de mim e hoje me tratam como se nada tivesse acontecido, eu as perdoei de coração.

O NOME FRUTOS DO ESPÍRITO VEIO DE ONDE?
Foi Patrícia que escolheu esse nome e eu achei lindo, pois somos frutos do Espírito Santo tentando levar a palavra de DEUS através da música.

E COMO ESTÁ A BANDA HOJE FRUTOS DO ESPÍRITO?
Temos quatro anos de caminhada, comemoramos na semana passada. E muita coisa mudou. Hoje temos uma banda completa. Já estamos caminhando pra gravação do nosso segundo CD. É claro que sempre temos obstáculos no caminho, mas DEUS é mais e confiamos tudo a Ele.

E COMO COMEÇOU A SUA HISTÓRIA COM A BANDA APÓSTOLOS?
Eu conheço o Fabinho que é tecladista da Apóstolos e ele se acidentou no ano passado e me pediu que eu o substituísse em 7 shows que já estava marcado pra banda. Dei um olhada na agenda da Frutos e vi que dava pra quebrar essa e fui. A primeira vez que eu encontrei todos da banda, foi maravilhoso, fui super bem tratado por eles, um carinho imenso. Foi amor à primeira vista. Fiz esses 7 shows como tecladista e depois começou a rolar os convites pra ministrar os louvores com eles e é uma coisa que eu amo.

BOM, 'TÁ ROLANDO UM BOATO DA GRAVAÇÃO DE UM DVD DA BANDA APÓSTOLOS, E VOCÊ É CONVIDADO DE HONRA, COMO VAI SER ISSO?
Recebi hoje essa notícia, fiquei muito feliz. Mas ainda não tem nada certo. O projeto ainda será planejado e a gravação deve acontecer no ano que vem. Ainda não tenho nada pra falar sobre isso.

DOUG, AGORA FALANDO DA SUA PESSOA, COMO ESTÁ A SUA RELAÇÃO COM DEUS HOJE?
Eu tenho DEUS como um grande amigo e companheiro, hoje eu lidero um grupo de adolescentes na igreja e eu sempre digo a eles que eu converso com DEUS como se estivesse conversando com o meu melhor amigo, bato altos papos com Ele. Simplesmente eu o amo de mais.

VOCÊ É UMA PESSOA SUPER TRANSPARENTE, FALE UM POUCO DESSE SEU LADO
(Meio encabulado, ele responde) Na verdade eu não sei se é bom ou ruim ser transparente assim. Sou muito julgado por isso. Recentemente conheci um cara chamado Leonardo. Identifiquei-me muito com ele e gostei dele de graça e fui muito transparente com ele em relação aos meus sentimentos. Eu penso que nunca devemos deixar pra depois pra expressar o que sentimos e o que pensamos. Se você ama, fale, porque amanhã pode ser tarde, e com isso fui mal interpretado. Acho que as pessoas não estão acostumadas a serem tratadas com amor e carinho.

E DEPOIS QUE ISSO ACONTECEU COMO FICOU A AMIZADE?
A amizade pra mim é como cristal, depois que quebra não tem mais jeito, gosto muito dele, o amo muito, mas agora sempre fico com um pé atrás em tudo que vou falar, meio que pisando em ovos, pois nunca sei a forma de como serei interpretado.

VOCÊ TEM UMA COMUNIDADE NO ORKUT, ONDE ESCREVE MUITAS COISAS, EU ATE ANDEI LENDO VÁRIOS TEXTOS ESCRITOS POR VOCÊ. COMO É ESSA LIGAÇÃO SUA COM O MUNDO VIRTUAL?
Essa comunidade foi criada por um amigo Aurélio e Débora, minha ex-produtora a administra hoje. Eu costumo dizer que essa comunidade é um canal que eu tenho com muito dos meus amigos, pois com esse tempo corrido que eu tenho, acabo às vezes não tendo como dar atenção a eles.

ALÉM DE SUA COMUNIDADE “O DOUG É 10” ANDEI PASSEANDO TAMBÉM PELO SEU PROFILE NO ORKUT, E DE FATO FIQUEI ADMIRADA DE COMO VOCÊ É QUERIDO POR TODOS. QUAL É A SENSAÇÃO DE TER TODO ESSE CARINHO POR SEUS AMIGOS?
Eu só tenho a agradecer a DEUS por tudo. Acho que isso é o resultado de quando você ama e tem um carinho especial pelos amigos. Adoro e faço questão de responder todas as postagens, não só o Orkut, mas também na comunidade.

DOUG, UMA PERGUNTA AGORA PRA GENTE FECHAR O NOSSO PAPO. EXISTE À POSSIBILIDADE DE VOCÊ ASSUMIR DE VEZ A BANDA APÓSTOLOS?
(Com o semblante de surpresa em relação a pergunta ele responde) Amo a banda Apóstolos, mas o meu Ministério é a Frutos, ali é meu lugar. Sempre que eu puder estarei com ele, mas não deixo o meu ministério, pelo menos isso não está nos meus planos por agora.


Doug
Nada Como Viver!!!
28 de Setembro 2016