domingo, 17 de janeiro de 2010

NÓS E OS OUTROS - A POPULAR FOFOCA


Encontrei agora uma matéria muito interessante na revista VOCÊ/SA sobre a fofoca, escrita por Gutemberg B. de Macêdo que é presidente da Gutemberg Consultores e consultor especializado em outplacement, coaching executivo e career
counseling.
A meu ver, sábias palavras!
Segue alguns trechos.

“A fofoca é o mais desprezível dos vícios; pois, por não poder influenciar o espírito e o caráter dos sábios, rasteja como uma serpente venenosa e refugia-se na alma dos fracos, tolos e ociosos”

"A fofoca é um fator inerente à vida de qualquer sociedade, seja ela primitiva ou desenvolvida. No Brasil, travestida da preocupação com a verdade, a fofoca ganha especial notoriedade. Ela se manifesta através da esperteza de falsos "especialistas" que destilam inveja, ódio, despeito, ciúme, vingança e maldade. São críticos da vida alheia que não conseguem ver nada de positivo na beleza, no sucesso, no talento e na vitória, de outras pessoas, a não ser nos próprios atos. Além deles, há os ociosos, que por nada fazerem, se aprimoram na arte de criar notícias, informações, contrainformações, intrigas e ofensas imaginárias."

"Com a fofoca, pessoas inescrupulosas põem em cheque a reputação de homens ou mulheres e a imagem de organizações, públicas ou privadas. As fofocas contaminam os bons costumes, azedam as relações interpessoais, destroem a eficácia do trabalho de profissionais e o ambiente de trabalho de inúmeras empresas."

"Essas pessoas atacam indistintamente, amigos e inimigos mortais, ricos e pobres, poderosos e fracos, jovens e adultos." Como folhas secas, elas costumam flutuar na superfície. Afinal, os fofoqueiros não são pessoas que gostam de mergulhar nas profundidades à busca de pérolas, mas preferem as superfícies. Aqui, justifica-se a sábia análise de Platão, um dos pais da filosofia grega: “Os sábios falam porque têm algo a dizer; os tolos, porque têm de dizer algo".


"As fofocas, dificilmente, têm propósito construtivo, educativo ou mesmo, corretivo. A razão é muito simples: os fofoqueiros ignoram o momento de encerrar a busca por novas informações; além disso, eles geralmente as modificam e enfeitam antes de transmiti-las, com o propósito de torná-las um salvo-conduto, apto a lhes assegurar vantagens e lucros pessoais, mesmo que não sejam duradouros."

"No mundo empresarial, como em qualquer outra instituição séria, o fofoqueiro, mesmo que desfrute da simpatia e dos aplausos daqueles que o cercam e bajulam, jamais será visto como pessoa confiável. Os elogios que recebe são geralmente hipócritas e destituídos de valor, porque frágeis demais para coibir o efeito negativo do veneno que destilam em suas histórias e fantasias. Quem teria, porventura, a coragem de confidenciar a um indivíduo bisbilhoteiro determinadas informações? Que garantia teria qualquer cidadão de que essas mesmas informações não circulariam pelo mundo afora? Que líder, em sã consciência, promoveria tal indivíduo, sabendo de antemão que ele não inspira confiança e que suas palavras não merecem credibilidade?"

Barry Eigen, registrou essa particularidade ao escrever: "Confiança é a chave. É a crença na lealdade de outra pessoa. É a fé em sua capacidade de pensar e em seu julgamento, sabendo por antecipação que seu comportamento será sempre adequado, em qualquer circunstância. É ter certeza da integridade e da ética do outro, é sentir-se tranqüilo, quando a pessoa assume o comando. Significa ainda, poder contar com ela, tendo a certeza de que as situações difíceis serão tratadas de maneira correta, racional, pronta e eficiente. Enfim, confiar é ter segurança". "









ALGUNS CONSELHOS DE GUTEMBERG PARA LIDAR COM A FOFOCA:

· Fale diretamente, e não pelas costas, com as pessoas que você julga despreparadas. Aja com elas de maneira correta e justa.
· Não fale sobre seus problemas pessoais com aqueles indivíduos que, de antemão, você sabe, geram dúvida quanto à capacidade de ajudá-lo. É preferível chorar sozinho na privacidade de seu quarto a fazê-lo em público, nos ombros da pessoa errada.

· Quando tiver dúvidas em relação a uma pessoa e seus atos, que o afetem direta ou indiretamente, confronte-a corajosamente, mas em particular. Fazê-lo em público significa expor-se e multiplicar as dúvidas existentes.

· Embora seja uma tendência natural, muitas pessoas – sabemos - desejam expressar suas opiniões e versões publicamente. Quando se sentir tentado a fazê-lo, reflita e contenha o ímpeto de se expor desnecessariamente. Diz a sabedoria po

pular: “Em boca fechada, não entra mosquito.”

· Cuidado para não julgar precipitadamente as pessoas e os fatores que as motivam a agir de modo pouco convencional ou duvidoso. A mesma língua ferina, que critica e envenena as ações de outras pessoas, poderá voltar-se contra si mesmo e deixá-lo em apuros como crítico contumaz e insensato.
· Quando se perceber tentado a dar ouvidos a fofoqueiros, mesmo que por brincadeira ou curiosidade, reaja. Sua atitude não poderá jamais encorajar a prática da fofoca entre seus pares e colaboradores. Lembre-se que a maledicência só serve para corromper os bons costumes.

· Preocupe-se e ocupe-se com aquelas coisas que

contribuem para o desenvolvimento do seu caráter, de sua carreira e de sua companhia. A fofoca, certamente, não tem esses atributos. “Mind your own business” (‘cuide do próprio negócio) – ensinavam os puritanos que fizeram a colonização norte-americana.

· Evite o descontrole emocional diante das pessoas com quem trabalha. As irritações do dia-a-dia não podem afetar as relações de trabalho. Elas pod

em conduzir a desdobramentos comprometedores à imagem de um líder perante sua equipe.

· E, por último, omitir, falsificar ou dar propriedade de seriedade a uma inverdade com a intenção de enganar é também uma forma vergonhosa de mentir. Ela pode até ser considerada “uma mentirinha branca, sem muitas conseqüências” e socialmente aceitável, mas mesmo assim continua sendo uma mentira. E essa qualquer que seja a sua forma, deve ser evitada, se ambicionamos um mundo melhor, mais justo e mais seguro.

É preciso que as pessoas se conscientizem de que o tempo é fator estratégico em suas vidas. Portanto, ocupá-lo com assuntos de menor importância significa perdê-lo. “Diga-me como trata o presente e lhe direi que filósofo você é... Se você li

gar o presente, tudo estará ligado. Se você mantiver o presente livre, então haverá lugar para as outras liberdades. Se você esterilizar o presente, tudo o mais será estéril, vazio. Se você tornar o presente fecundo, tudo o mais será fecundo” (Charles Péguy).









Recebi um e-mail da minha amiga Dani Medeiros esta semana com o seguinte texto:

"Você já percebeu quantas vezes somos vítimas dos comentários inconseqüentes dos outros?
Existem pessoas que só se dirigem a nós com frases maldosas e levianas.
"Soltam o verbo" de forma imprudente, quebrando o silêncio do nosso pequeno mundo com verdadeiros absurdos.
Dão até parecer sobre a nossa vida e os nossos problemas sem nem mesmo terem sido consultados para tal fim. Fazem verdadeiros balanços emocionais, materiais e intelectuais sobre como conduzimos nosso “destino” profetizando nuvens turbulentas de intensa carga negativa para o nosso futuro.
Quer saber de uma coisa?
Para esses absurdos, fique surdo!

Mude de assunto, peça licença sutilmente, dê meio sorriso e se encaminhe para outro espaço físico se puder.
Vá até uma janela, busque a luz, olhe para o céu e recarregue suas baterias.
Você estará ensinando a essas pessoas a se comportarem melhor da próxima vez.
Essa também é uma forma de educar essas criaturas que fazem mau uso das palavras.
Lembre-se: não deixe que nada lhe perturbe.
Não permita que estraguem o seu dia.
A felicidade é uma estrada reta e sem fim.
Esforce-se diariamente para permanecer nela com passadas firmes, autênticas e carregadas de um propósito: viver a sua vida de acordo com as suas idéias e ideais.

Viver é uma arte, alguém já falou isso. Que seja então a arte de transformar ruídos em música para a nossa alma.

Energias Positivas de Saúde, Paz e Amor!"






Há um ditado que diz "o mal é o que sai da boca do homem!"
Um outro diz que "peixe morre é pela boca!"
Pois bem minha querida Dani, penso que a fofoca, assim como a inveja e tantos outros malefícios ainda estão impregnados em nós seres humanos, apesar do grau de evolução que conseguimos alcançar. São instintos e sentimentos muito primitivos mas que ainda são inerentes ao nosso comportamento, à nossa alma.
Cabe a nós todos travarmos uma luta diária contra isso abrindo cada vez mais espaço para a ética em nossos dias.
Além disso, precisamos atentar também para o fato de que essas coisas vem de todo lado.
Se estão ainda dentro de todos nós, podem partir também de pessoas queridas, dos nossos vizinhos e até de pessoas que frequentam nosso círculo de amigos.
Podem vir de qualquer um.
Pessoas que têm ou acham que têm a vida pequena e que procuram se completar observando, criticando, fazendo inferninho e tentando assim atingir a vida dos outros.
Pessoas que têm o prazer de distorcer os fatos para ver a fogueira pegar fogo.
Pessoas que têm o espírito pouco evoluido e sentem prazer com esse tipo de atitude.

Diante disso penso que a primeira atitude a se tomar é alertar e tentar ajudar a pessoa a enxergar e a se distanciar desse tipo de comportamento que não leva a nada. Mostrar a ela que o tempo trará malefícios para a sua própria vida pois mentira tem perna curta e a verdade sempre floresce. Pode demorar mas floresce.
Caso a pessoa resista e insista no erro, me afasto!
Saio de "fininho", à francesa, desapareço!
Sei que é algo impossível mas procuro estar sempre cercado por pessoas que têm boa energia e boas intenções.
É normal termos por perto aqueles lobos que se vestem com pele de cordeiro.
Mas a vida vai ensinando aos que gostam de aprender, e com o tempo vamos descobrindo mais facilmente esses tipos.
É a vida!
Estejamos atentos, de olhos abertos!
Para as fofocas, fico surdo!
Da mesma forma que não permito falarem mal de qualquer amigo meu.
Pelo menos na minha frente.
Me retiro!

Tolos são aqueles que fofocam, que geram intrigas, que distorcem as coisas, que não querem o bem dos outros.
Mais tolos ainda são aqueles que dão ouvidos a esses tipos!
É muita falta do que fazer e total perda de tempo!

Doug
Nada Como Viver!!!
17 de janeiro de 2010