sexta-feira, 11 de novembro de 2011

- PAQUITAS - É TÃO BOM, BOM, BOM... MAS NEM TANTO ASSIM... -

Eu já tinha ouvido falar, mas pensei que era lenda, como a palavrinha Download me provou o contrário, lá fui eu conferir como era o mundo colorido das ajudantes da Xuxa.
Eu pensei assim "Vou ler um pouco agora e depois continuo..." O quê? Não consegui parar! E olha que sou péssimo pra livros, eu li uns três até hoje e com esse, quatro, se eu não me engano.
Mas enfim, o livro é de um antigo diretor do finado Xuxa Park, João Henrique Schiller.
Ele é as últimas 8 paquitas que saíram do mundo da Xuxa em 1995 contam tudo o que rolava por trás e pela frente das câmeras. Entre elas, as hoje atrizes Bianca Rinaldi e Juliana Baroni.
Às vezes a leitura é confusa e repetitiva, mas vale muuuuito a pena.

Todos sabem que nos anos 80 e 90, nove entre dez garotas sonhavam em ser paquitas, pelo simples fato de estar perto de Xuxa (inclusive a minha irmã), ou aquilo ser um trampolim para uma carreira de atriz ou cantora.
Mas “O sonho de Paquita” não era um mar de rosas como todos pensam.

Agora com vocês!!!! Uns trechos do livro para entenderem o que estou dizendo:

“...No final de 1993 na Argentina aconteceu um curioso jantar na casa da Xuxa...Marlene ordenou as meninas que comparecessem vestindo calca Lee, camiseta e boné da Arisco.
Foi muito engraçado, nós ficamos desde as 3h da tarde ate as 9h da noite do lado de fora da casa, alias ficaram 7 do lado de fora junto aos seguranças e aos repórteres, somente a Juliana pode participar junto a mesa com os convidados “finíssimos” fazendo um contraste total com sua roupa de “plebéia’.
Tivemos que disputar uma lingüiça com os seguranças para comermos com pão. E tudo isso num um frio insuportável, chegamos a tremer de frio e de fome, além de estarmos do lado de fora da casa, estava caindo uma garoa fina e a grama toda molhada, nos obrigando a dividir um banco de ferro, daqueles de jardim. E a gente ali, só babando com as bandejas cheias de comida com aquele cheirinho…

...Tinha gente no hall do hotel querendo falar com as Paquitas. Era um repórter do Chile. Ninguém queria descer. Eu (Bianca) estava num quarto com a Letícia. Algum instante depois a Ana (Produção) chegou no nosso quarto e disse. - Olha tem um repórter do Jornal...- não sei lá de onde - querendo falar com vocês, pode descer qualquer uma. E só pra da uma palavrinha. A Letícia falou – Ai!!! – estávamos muito cansadas, com sono e não queríamos descer. A Letícia não ia descer. Então eu falei – Eu cheguei agora, não sei falar espanhol ,mas posso tentar. - Ah! Então tá. Não precisa não. Eu vou ver se alguma paquita vai descer comigo. Ela falou na boa. Foi bater no quarto da Cátia e da Ana Paula, e não sei quem desceu. Se ela não conseguisse, nos iríamos descer com certeza...Depois, quando fomos ensaiar no quarto da Xuxa a Marlene chegou pra gente e disse; - É! Ana Gouveia veio me falar que você e a Letícia NÃO QUISERAM DESCER PARA DAR ENTREVISTA, VOCÊ ESTA PENSANDO QUE E QUEM, BIANCA, VOCÊ ACABOU DE ENTRAR E JÁ ESTA COM ESSE ORGULHO TODO, COM ESSA “ METIDES” TODA. Ela veio com tudo, nunca ninguém me colocou o dedo na cara! Nem minha mãe fez isso comigo e a Marlene veio: Você esta pensando o que!. Você aqui tem que fazer o que eu mando. Não e o que você quer, não. - Ué! Eu não fiz nada. Foi ela que falou que agente... - Cala a boca, não quero saber. Isso, ela falando no meio de um montão de gente. Cara! Nessa hora eu pensei – Gente! O QUE E QUE EU ESTOU FAZENDO AQUI, EU QUERO A MINHA MÃE. QUERO VOLTAR PARA São Paulo. Quero ir para a minha casa...”


É engraçado como quando crianças temos a imagem das coisas diferente da realidade.
Já fui a um Show da Xuxa aqui em BH e a uma gravação do Planeta Xuxa no Rio de Janeiro
No show que fui aqui em BH, eu era criança e acreditava mesmo que as paquitas, o You Can Dance, viviam mesmo um mundo de fantasia e perfeição, bem diferente do meu.
Depois fui crescendo, ficando mais velho e ao assistir a gravação do Planeta Xuxa já com as novas paquitas, já percebia que a coisa que era diferente, sem toda aquela fantasia que eu achava existir enquanto assistia os programas pela TV ou pelo show que fui aqui em BH.

Resumindo, o livro é interessante, embora exista coisas que é nítido o exagero do autor em narrar certos acontecimentos. Mesmo que essa obra não seja uma verdade absoluta da profissão de PAQUITA, vale a pena ler o livro.

Pra quem deseja baixar o livro basta clicar aqui

Só fiquem preparados para os erros gritantes de português, não é culpa do autor e sim do João do cafezinho que fez a "tradução" pra internet.

Doug
Nada como Viver
11 de Novembro de 2011