segunda-feira, 26 de setembro de 2011

- FILOSOFIA DE BAR / BUTECO -


Butecar: verbo; neologismo derivado da palavra buteco*; ação daquele que se desloca até um estabelecimento para ingerir bebidas alcóolicas, jogar conversa fora, dar risada e sair trocando as pernas.

Ultimamente eu tenho "butecado" bastante, e o melhor, "butecando" na casa dos outros. Ando meio sem paciência pra boates lotadas, abafadas, com música alta, onde ninguém consegue se comunicar direito. Não vejo tanta graça mais em "festinhas fechadas", com as mesmas pessoas, as mesmas bandinhas, o mesmo repertório, bebida liberada e pulseirinhas de identificação.

Como um bom mineiro, tenho dado muito valor à nossa praia: os bares. Porra... Nada melhor numa sexta-feira ou num sábado como esse que passou que reunir um grupo de amigos maneiros, ou até mesmo você e mais uma pessoa (e digamos que essa pessoa pode até ser sua ex namorada que agora se tornou uma grande amiga), assentar numa mesa de bar ou buteco e pedir uma cerveja gelada, ou uma Coca gelada. O barulho da garrafa abrindo é música pros ouvidos. Muito melhor que o batidão das casas noturnas frenéticas. Daí vem o primeiro brinde, o primeiro gole. A primeira de muitas garrafas.

No começo, todo mundo está comportando. Depois da terceira ou quarta rodada, os ânimos começam a se alterar, o tom de voz sobe, as gargalhadas aumentam de intensidade. Aquela banda que estava tocando no canto perto da parede ou o DVD que passa na televisão já não são mais percebidos. E os assuntos são os mais variados possíveis. Discute-se de tudo um pouco: cinema, música, sexo, mulheres, relacionamentos, drogas, violência, política, viagens, vida, morte, amores e desamores. Quer um lugar melhor que um bom bar pra curar dor de amor?

Tenho curtido muito também aquelas reuniãozinhas bem íntimas na casa de amigos, regadas de muitas conversas, bebidas, tira gosto e uma musiquinha de leve ao fundo.

Mas voltando a falar do bar, acho tudo no bar muito fascinante. O barulho das conversas paralelas, o tira-gosto e o cheiro de gordura que vem da cozinha, a cerveja estupidamente gelada, o copo lagoinha que não fica vazio, a mesa perneta, a sinuca, os amigos reunidos.

Se o bar estiver vazio, a gente anima. Se a cerveja estiver quente, a gente dá o grito. Se tá na hora de abaixar as portas, a gente pede a conta e procura outro bar aberto. Sempre tem.

E... Amigo! Desce a saideira e fecha pra gente!


Doug
Nada como Viver!!!
24 de setembro de 2011



*Eu sei que a grafia correta seria "boteco" e não "buteco", mas posso escrever do jeito que eu quero?



OBS: Buteco é bom sim, mas é bom saber quem será a sua companhia, se não pode acabar virando a coisa mais chata do mundo. Fica a dica!