quarta-feira, 14 de setembro de 2011

-CAMINHANDO E CANTANDO...-

Quando a maioria das roupas começa a não te servir mais, é hora de repensar algumas atitudes. E é exatamente isso que está acontecendo. Esse ócio está acabando comigo. Só faço ficar sentado nessa mesma posição por horas aqui na empresa, e a noite quando não tenho nenhum compromisso deito e durmo cedo. Olho no espelho e vejo refletida ali uma imagem que não tem me agradado em nada.

Por isso estou repensando minhas atitudes. Desde segunda feira, parei de ingerir líquido enquanto almoço, tenho evitado comer sem estar com fome e quando como, procuro algo mais saudável do que as porcarias que eu adoro comer. Estive também em uma academia pra recomeçar minha malhação e já tenho em meus planos começar ainda esse mês.

Mas nem sei o porquê eu to falando sobre isso. O assunto hoje é outro. Só contei do meu passo rumo ao fim do sedentarismo pra quebrar o gelo. Então vamos ao que interessa!

Hoje de manhã fui a uma clínica fazer uma consulta médica que eu já tinha agendado anteriormente, apenas consulta de rotina. Aproveitei o espírito atleta que baixou em mim esses dias e fui a pé mesmo, uma vez que a clínica nem é muito longe de onde eu trabalho. Cheguei lá, apresentei os documentos, fiz a verificação da impressão digital e assentei pra aguardar a minha vez.

Putaqueopariu! Não tem coisa que me tira mais do sério do que esperar. Perda de tempo do caralho. Além da monotonia de uma sala de espera, o sorriso amarelo estilo “apresentadora do Fantástico” ou “modelo do Tentação” que a recepcionista fazia a cada paciente que chegava e a voz de telesexo que ela forçava ao atender cada telefonema, várias outras situações me irritam nessas ocasiões.

Mães que vão consultar e levam crianças, é uma delas. Que inferno! Além de estar puto com tudo aquilo, tenho que agüentar criança chata chorando na mina cabeça, criança correndo pra tudo quanto é lado da Clínica, criança pedindo isso ou aquilo... Se fosse uma clínica pediatra, ou se pelo menos tivesse naquela clínica pediatria, tudo bem, mas uma clínica onde se atende apenas adultos, é foda! Mas tá bom... Pego uma revista, abstraio toda essa situação e tento relevar.

Esqueço aquilo tudo, até o celular de uma senhora gorda que estava do meu lado tocar. Um ringtone cafona no estilo Calypso. Como se não bastasse, a nobre senhora tira o telefone da bolsa e o pluga no fone de ouvido com a mão esquerda e rende um bom papo com alguém que parecia ser sua filha [é, era impossível eu não ouvir a conversa, mesmo sem querer]. Isso também me tira do sério, não só na sala de espera, sabe? O fone de ouvido é uma invenção genial, mas tem o seu momento certo de ser usado. No trânsito é um desses momentos oportunos, onde suas duas mãos estão ocupadas, ou deveriam estar. Tá, eu sei que tempos atrás saiu uma matéria enorme dizendo que o celular causa câncer quando usado direto ao ouvido. Cara, numa boa, pra isso acontecer o telefone tem que derreter de tanto ser usado no mínimo umas 10 vezes e não causará apenas o câncer, no mínimo a LER vira junto. Mas voltando a essa senhora que citei, o que impedia ela de falar ao celular no modo convencional? Nada! E esse tipo de cena é o que eu mais vejo nos ônibus, nas ruas e acreditem, até nas baladas e igrejas.

Acho que esse povo deve imaginar que o uso de um fone de ouvido dá algum tipo de status. Eles devem achar que fone de ouvido é coisa rara e que apenas pessoas importantes e ricas usam. Longe de qualquer tipo de preconceito, acredito que ao contrário, elas estão vendendo uma imagem de cafonice e da pobreza. Não pobreza material, mas pobreza cultural. E mais, estão querendo atingir um status que, pra mim, é brega, numa boa.

Pra minha sorte, antes que a nobre senhora pobre encerrasse sua ligação, eu fui chamado pra consulta. Foi massa, um excelente médico que me reconheceu por me seguir aqui no meu blog. Achei isso fantástico! Respondi algumas perguntas relacionadas a minha visita a clinica, conversamos sobre Redes Sociais, fiz alguns exames rotineiros que não duraram nem 10 minutos e fui liberado.

É por enquanto, aparentemente, não corro o risco de passar dessa pra outra e nem de acontecer nada e muito grave. Menos mal! Assim vou poder continuar escrevendo aqui por um bom tempo. Continuar escrevendo, caminhando e cantando.

E viva a popularização dos celulares, das máquinas digitais e dos fones de ouvido!

Doug
Nada como Viver!!!
14 de Setembro 2011