Dias cinzentos e chatos, tornassem em domingos de outono com sol ameno e brisa na janela.
Amigos que estão distante (não importa em que parte do mundo) tocam a campainha quando bate a saudade.
Chuvas de verão para beijos apaixonados daqueles que finalmente se encontram.
Nenhuma criança violada, sem educação de qualidade e muitas tintas pra pintar suas mãos nas paredes das ruas (vandalismo nunca mais!).
Amores não correspondidos apenas em filmes e livros. Essa história de que “João ama
Maria, que ama Pedro, que ama Antônia, que ama Carlos, que ama Lucia...” apenas na ficção, onde ninguém sofre e ninguém se magoa.
Nenhuma lágrima ou vida derramada por conta da violência.
Toda e qualquer pessoa doente encontre a sua cura tomando apenas um copo d’água. De graça, simples e acessível para todo mundo.
Os comerciais contendo “O Ministério da Saúde Adverte” seriam sempre com frases do tipo “Amigos são essenciais para a vida”, “Família é patrimônio para a vida toda”, “só tenha filhos se puder criá-los com decência, respeito e seriedade”, e por ai vai...
Todas as noites estreladas e com lua cheia.
Mais nenhuma hora perdida em engarrafamento.
Ligações entre amigos e amores gratuitas pelo menos uma vez por semana.
Braços que se abrem e se encontram num abraço de perdão.
Somente rabanete, nabo, verdura engordam. Ninguém engorda comendo pizza, chocolate, Coca-Cola e Torta Holandesa.
Rir, brincar, ir ao cinema, teatro, shows, encontrar com os amigos para jogar conversa fora, ter tempo para o amor – coisas tão urgentes quanto encontrar o fim da guerra no Afeganistão.
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Desculpem os que não gostam de mudança, de fantasia, mas aos que não podem me compreender, quero dizer que tem dias, alguns pouquíssimos dias que a gente cansa da realidade, da notícia triste, do tempo perdido na fila do banco, do amigo que está no hospital, do preconceito ignorante das pessoas, da indiferença com a criança no sinal (ou das coisas que fingimos não ver, só pra não ter que regaçar as mangas). Disso tudo, só resta dizer que a única verdade que enxergo é que sempre pensamos (pelo menos EU penso) no que poderia ser diferente, mas sem sofrer (pelo menos eu tenho tentado, rsrsr) e já que existe o pensamento, nada melhor que tentar transformar o que incomoda , o que dói. Mas, numa boa, essa é só a minha versão da vida... quem sabe alguém tem uma melhor...
Doug
Nada como Viver
10 de fevereiro de 2011