Pois é, estava aqui agora mexendo nos meus arquivos musicais e me deparei com um arquivo dessa mulher que era um grande furacão da música baiana chamada Márcia Freire.
Pude conhecer seu trabalho em 1994 quando conheci de fato a axé music no "Carnabelô", micareta fora de época aqui de BH. Nessa época me recordo que ela liderava a banda Cheiro de Amor e puxava o bloco Belô Pirô, junto dela, tinha também o bom Netinho de antigamente que se lançava em carreira solo e puxava o bloco Come-Queto e Ricardo Chaves que estourava com seu grande sucesso "É o Bicho".
Mas voltando a esse grande ícone da música baiana, que sempre fez ótimas apresentações, sejam elas em carreira solo ou banda. Além de ser uma das figuras marcantes do carnaval da Bahia, está fora da mídia já faz um bom tempo. E ai todos pergunta: por onde anda Márcia Freire?
A soteropolitana, começou a cantar as escondidas dos pais, fazendo apresentações em barzinhos. Em 1985 teve finalmente sua estreia no Carnaval de Salvador, puxando o bloco Free-lance. Depois de mostrar seu potencial, Márcia Freire recebeu o convite pra ser a vocalista da banda Cheiro de Amor, onde permaneceu de 1987 até 1995. Em sua passagem pelo grupo, ela deixou sua marca, sendo sempre lembrada pelos fãs até hoje como um dos maiores símbolos do Cheiro.
Lembrando que nesse período junto dela também passou o grande Serginho, hoje, líder da banda Pimenta N'ativa que arrasta multidões por onde passa.
O ano de 1996 Márcia sai do Cheiro e inicia sua carreira solo. Ela procurava mais independência em seu trabalho. Era hora pra ela de traçar novas metas, novos rumos e continuar uma história marcada por muitas músicas de sucesso, vários discos gravados e um reconhecimento do público, pois, Márcia fazia parte das principais estrelas das comemorações carnavalescas, além de ser bem recebida em qualquer lugar que se apresentasse, dentro ou fora do país.
Márcia sempre foi conhecida como uma artista bastante atenciosa e ligada aos fãs. Foi justamente esse carinho que a fez voltar ao Cheiro em 2001, depois de muitos pedidos de seu grande público que nunca esqueceu a bela história entre Márcia e o Cheiro.
Mas em 2003 esse casamento teve fim, deixando como fruto dois CD's. Márcia então parte novamente para sua carreira solo. É o momento de investir em si novamente e enfrentar as consequências positivas e negativas que as escolhas que se faz na carreira pode trazer.
O tempo passou e ultimamente são nulas as informações sobre essa grande cantora nos meios de comunicação. No site pessoal não há informações atualizadas e no blog não existe datas nos textos que foram postados, sendo impossível ter uma noção do que está acontecendo em sua carreira.
Será que a música e a mídia baiana não deve ao menos o mínimo de reconhecimento e o respeito a alguém que fez parte da sua história e contribuiu para o crescimento de sua cultura? Novas bandas e artista surgem a todo o momento, mas isso não significa que os que deram sua contribuição sejam esquecidos.
Doug
Nada Como Viver!!!
13 de Maio de 2010
