quinta-feira, 23 de agosto de 2012

-E AI, COMEU?-

Minha lindona Nati, escreveu um texto essa semana em seu face muito bom e eu não tinha como eixar de posta-lo aqui no blog.

Tenho certeza que vale pra muita gente!

Vale a pena ler! Segue na íntegra.



"E ai, comeu?

Por Nati Castro

A nova expressão da moda. Não sei ao certo se ela virou moda antes ou depois do filme que foi lançado, mas odeio essa expressão.

Nada de feminismo, machismo ou qualquer "ismo" extremo, mas a expressão me incomoda pela **vulgarização** das relações.

Relacionar-se já teve algum valor, mas hoje, para minha geração, parece que só números importam, pois na mesa do bar ao responder "comi, nessa semana foram X" quem tiver o maior X é o melhor. E isso se aplica para mulheres também, se quiserem substituam o "comeu" por "deu" e pronto.

Li um tweet interessante há uns dias atrás em que a autora se questionava "quando foi que se tornou cafona ser monogâmico?"

Vejam bem, não estou discutindo aqui valores religiosos, morais ou similares. Para falra a verdade, biologicamente falando, nem sei o grupo exato da espécie humana quanto a estratégias reprodutivas, acho que ninguém sabe. Porque compreendemos até papagaios, mas não nós mesmos.

Mas, voltando ao foco, não me importo nem acho errado você pagar uma prostituta.

Chester Brown até escreve em sua comic como prefere viver entre as prostitutas do que achar um amor. É acredito que seja mais fácil viver assim, porém esbarramos ai num "drama" que de acordo com meu psiquiatra tem se tornado cada vez mais comum: a solidão.

De segunda à sábado você está nas baladas, em sua rotatividade e nos domingos não há ninguém. Nada além de vazio. Ok. Talvez seu gato ou seu cachorro ou canário, um filme na TV e um balde de pipoca, mas nada mais.

Você, então, pensa: "Nossa, ela não tem amigos?" E eu respondo "Os melhores do mundo." mas nem só de amigos vive um humano.

Não, também não acredito em conto de fadas, não quero viver do amor de um príncipe encantado, do qual nem acredito. Porém, uma companhia constante, fiel, parceira e que me agrega qualidades me parece bastante razoável. Entretanto, é como ganhar na loreria hoje em dia.

Meu pai diz que se preocupa com isso. Acho que pais de filhas sofrem mais com isso pelo fato de ver a filha é como "carne de rodízio". Além disso, para meu pai, essa solidão amorosa é castigo. Eu sempre bati o pé que nunca me importei, mas a verdade é que dói.

Meu pai ainda acrescenta que se eu tivesse 20 anos, quando somos mais inconsequentes, talvez eu já estivesse casada, mas que com "quase" 30, estou entrando na idade da razão, e que a razão foge de casamentos. Que agora só nos 40.

Entendam! Eu não quero casar! Não amanhã! Não assim às porradas! Mas minha razão me diz que é ruim ficar só. E meus domingos me afirmam o sentimento.

Cansei da vida de peguetes, aventuras e sem compromisos, mas parece que cansei na hora errada.

Talvez, eu seja o problema, talvez destino exista e eu vá ser a titia "velha dos gatos", porém vejo que meu caso é mais normal do que parece ser.

Enfim, cansei do "E ai, comeu?"



Nati, casa comigo, sua linda!!!

Doug
Nada como Viver!!!
23 de Agosto de 2012